Milho salta quase 4% na B3 com mercado físico dando suporte nesta 3ªfeira

Publicado em 28/11/2023 16:47
Chicago teve leves perdas

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A terça-feira (28) chega ao final com os preços futuros do milho disparando quase 4% na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações subiram e flutuaram na faixa entre R$ 68,30 e R$ 73,43. 

O vencimento janeiro/24 foi cotado à R$ 68,30 com valorização de 3,88%, o março/24 valeu R$ 72,70 com ganho de 3,80%, o maio/24 foi negociado por R$ 73,43 com alta de 3,83% e o julho/24 teve valor de R$ 71,25 com elevação de 2,95%. 

Na visão do Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os preços do milho seguem baratos no Brasil, o que não deixa espaço para novas quedas no mercado. 

“A B3 já andou perto dos R$ 75,00 para maio/24 e junho/24 e hoje está ao redor dos R$ 72,00, então tem fôlego para melhorar mais um pouco. O mercado é exportador e ainda é um período que temos demanda no mercado interno no setor de ração para a virada do ano e no etanol de milho”, explica Brandalizze. 

Em seu reporte diário, a Angrinvest apontou que as altas da B3 foram reflexão das movimentações positivas no mercado físico brasileiro. 

“Com produtores restringindo as ofertas disponíveis do cereal, ao mesmo tempo em que os compradores estão subindo a régua das indicações para favorecer a originação”, explica a consultoria. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também subiu neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não identificou desvalorização em nenhuma das praças, mas percebeu valorizações em Nonai/RS, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Itiquira/MT, Sorriso/MT, São Gabriel do Oeste/MS, Cândido Mota/SP e Porto Santos/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira 

O Analista da Céleres Consultoria, Anderson Galvão, acredita que 2024 deverá ser um ano de preços mais favoráveis para o milho brasileiro. Um dos fatores que podem ajudar a sustentar essas cotações no próximo ano é a queda de produção na safra brasileira diante dos desafios climáticos que surgem no país. 

Mercado Externo 

Já na Bolsa de Chicago (CBOT), a terça-feira chegou ao final com leves recuos para os preços internacionais do milho futuro.  

O vencimento dezembro/23 foi cotado à US$ 4,51 com desvalorização de 4,00 pontos, o março/24 valeu US$ 4,73 com baixa de 1,75 pontos, o maio/24 foi negociado por US$ 4,86 com perda de 0,75 pontos e o julho/24 teve valor de US$ 4,95 com queda de 0,25 pontos. 

Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (27), 0,88% para o dezembro/23, de 0,42% para o março/24 e de 0,20% para o julho/24, além de estabilidade para o maio/24. 

“O milho está sendo negociado em baixa hoje com a pressão contínua da liquidação de ontem, enquanto o mercado se prepara para uma grande colheita recorde de milho nos EUA, de 15,2 bilhões de bushels”, disse o boletim informativo Grain Market Insider da Stewart-Peterson Inc, conforme informou o site internacional Successful Farming. 

A análise da Agrinvest acrescenta que, “embora o ritmo das exportações americanas de milho esteja melhor este ano em relação ao ano passado, a safra também foi muito maior, o que gera um impasse para a valorização do grão”. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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