Milho: B3 fecha 2ª feira com novas altas, corrigindo baixas acumuladas dos últimos meses
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A segunda-feira (4) foi mais um dia de altas para os preços do milho negociados na B3, a terceira sessão consecutiva de altas para os preços do cereal. Os primeiros três contratos subiram de 0,8% a 1,9%, levando o março a R$ 62,15 e o julho a R$ 57,50 por saca. Os contratos mais distantes, referentes ao segundo semestre, ainda recuaram e terminaram o dia perdendo mais de 1%.
"Os contratos futuros da B3 voltam a subir nesta segunda-feira, a terceira alta consecutiva. O milho caiu muito nos últimos dias, ajustando aos níveis da exportação. Acabou que os basis os futuros ficaram atrativos. Além disso, o clima para abril se mostra mais seco para boa parte do Brasil, muito parecido com o padrão 2015/16, que foi ano de El Niño", explica o time da Agrinvest Commodities.
Um dos principais focos do mercado agora é, de fato, o cenário climático em que a conclusão do plantio e o desenvolvimento da segunda safra de milho irá se dar. Os modelos climáticos, segundo explica Francisco de Assis Diniz, meteorologista e consultor em clima, indicam que a semana será marcada por fortes chuvas em áreas da região Matopiba e também em Minas Gerais, com as temperaturas ainda altas.
Além da safrinha em andamento, o mercado também monitora a colheita da safra de verão e a chegada da nova oferta ao mercado. São cerca de 65% da área dedicada à primeira safra do cereal já colhida e deve assumir um ritmo ainda mais intenso nos próximos dias, segundo explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.
"Com isso, o mercado seguirá na calmaria e com pouco espaço para alterações. A maior parte do milho está sendo encaminhado para as mãos do setor de ração neste momento", afirma o consultor.
BOLSA DE CHICAGO
Na Bolsa de Chicago, o dia também foi positivo e os futuros do cereal encerraramo dia com altas de mais de 5 pontos - ou 1% - entre os contratos mais negociados. O maio terminou o pregão com US$ 4,30 e o julho com US$ 4,41 por bushel.
Segundo explicam analistas internacionais, as altas vêm acompanhadas de uma recompra de posições por parte dos fundos, que seguem ainda bastante vendidos entre os grãos e cereais.
"O milho e a soja estão se beneficiando das compras baratas após fortes quedas de preços na semana passada, mas parece faltar solidez e convicção ao movimento. O cenário ainda é de pressão diante das ofertas sul-americanas. A oferta mundial de milho também parece grande e a questão é se o milho de Chicago conseguirá manter o nível de US$ 4 esta semana", explica Matt Ammermann, gerente de risco de commodities da StoneX à Reutes Internacional nesta segunda-feira.
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