Milho da B3 acumula queda de 2% na semana, mas fecha maio subindo até 3,6%
A sexta-feira (31) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 58,21 e R$ 68,90, acumulando perdas semanais, mas registrando ganhos ao longo do mês.
O vencimento julho/24 foi cotado à R$ 58,21 com desvalorização de 0,83%, o setembro/24 valeu R$ 61,46 com perda de 0,57%, o novembro/24 foi negociado por R$ 65,10 com baixa de 0,55% e o janeiro/25 teve valor de R$ 68,90 com queda de 0,30%.
No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram recuos de 2% para o julho/24, de 2,16% para o setembro/24, de 1,12% para o novembro/24 e de 0,28% para o janeiro/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (24).
Já ao longo do mês de maio, o milho da B3 acumulou valorização de 2,41% para o maio/24, de 0,62% para o julho/24, de 3,29% para o setembro/24, de 3,55% para o novembro/24 e de 3,61% para o janeiro/25, em comparação ao fechamento do último 30 de abril.
Na visão do Analista do Itaú BBA, Francisco Queiroz, o momento atual tem sido de pressão nas cotações do milho tanto no cenário internacional quanto no nacional. Porém, as projeções apontam uma melhora nos preços para os médio e longo prazos.
Queiroz explica que neste momento os preços sentem a pressão do avanço do plantio da safra dos Estados Unidos e do início dos trabalhos de colheita da segunda safra brasileira.
O analista destaca, no entanto, que a curva das projeções indica melhora nas cotações próximo da virada de 2024 para 2025 diante de um quadro de oferta e demanda mundiais mais favorável pelo ponto de vista dos preços.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais quedas do que altas neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações em Castro/PR e Rio do Sul/SC, enquanto as desvalorizações apareceram nas praças de Ubiratã/PR, Sorriso/MT, Maracaju/MS, Campo Grande/MS e Itapetininga/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
A análise da SAFRAS & Mercado destaca que, o mercado brasileiro de milho registrou um mês de maio de forte retenção nas intenções de venda por parte dos produtores, o que contribuiu para uma elevação nas cotações.
“Em vários estados, mas principalmente no Paraná e em São Paulo o produtor especulou com o clima, diante das perspectivas de falta de chuvas para a safrinha em regiões como o Centro-Oeste e o Sudeste, segurando as ofertas. A perspectiva de uma retomada do câmbio, ainda que não tenha trazido grandes reflexos nas exportações de milho, também foi um fator que ajudou a sustentar os preços do cereal”, aponta a Safras Consultoria.
“Na ponta compradora, por outro lado, o comportamento seguiu bastante calmo, o que deixou a comercialização interna de milho bastante travada. Por mais que possa haver alguma perda na safrinha, os consumidores entendem que a entrada da safrinha contribuirá para atender a demanda e acreditam que a maior oferta será um fator para queda nas cotações do milho”, acrescenta a SAFRAS.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro finalizaram as atividades desta sexta-feira contabilizando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT), acumulando também recuos semanal e mensal.
O vencimento julho/24 foi cotado à US$ 4,46 com queda de 2,50 pontos, o setembro/24 valeu US$ 4,54 com perda de 3,75 pontos, o dezembro/24 foi negociado por US$ 4,67 com baixa de 4,00 pontos e o março/25 teve valor de US$ 4,79 com desvalorização de 4,50 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (30), de 0,56% para o julho/24, de 0,82% para o setembro/24, de 0,85% para o dezembro/24 e de 0,93% para o março/25.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram desvalorizações de 3,98% par ao julho/24, de 4,32% para o setembro/24, de 4,35% para o dezembro/24 e de 4,15% para o março/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (24).
Já ao longo do mês de maio, o milho da CBOT acumulou baixas de 0,11% para o julho/24, de 0,38% para o setembro/24, de 0,53% para o dezembro/24 e de 3,91% para o março/25, além de alta de 3,07% para o maio/24, em comparação com o fechamento do último 30 de abril.
Segundo informações da Agrinvest, os contratos futuros do milho em Chicago fecharam a semana em queda acompanhando as movimentações baixistas registradas para as cotações da soja e do trigo.
“Com a redução recente na produção de trigo já precificada pelo mercado, associada à redução nas tarifas de exportação da Rússia e o bom andamento da safra de trigo dos EUA, o mercado encontrou alguns fundamentos baixistas para realizar uma correção”, explica a Agrinvest.
Os analistas da consultoria ainda acrescentam o papel de pressão do rápido plantio e desenvolvimento da safra de milho 2024/25 dos Estados Unidos como outro fator de queda para os preços do cereal em Chicago.
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