Em Chicago, milho fecha com forte alta puxando soja e trigo
Nem mesmo os dados negativos sobre a criação de emprego nos EUA - que derrubou o petróleo, o euro e outros ativos, como o café, por exemplo - foi capaz de pressionar os grãos.
Segundo analistas, esse avanço é reflexo de uma demanda aquecida pelas commodities norte-americana, principalmente o milho. Hoje, os números de exportações semanais divulgado hoje pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) apontou vendas acima das expectativas para o cereal.
"Se você fala de países como China participando das compras das exportações, nem que sejam só rumores, assusta um pouco tendo em vista pelo que eles consomem de soja. Se eles tiverem o mesmo apetite pelo milho, é um informação importante para o produtor", diz o analista de mercado Glauco Monte, da FCStone.
O mercado de grãos também se focou nas preocupações com as condições climáticas dos Estados Unidos. Segundo Flávio Oliveira, analista de mercado da Terra Futuros, a previsão para os próximos cinco dias é de clima mais quente e seco, caracterísiticas que poderiam prejudicar o bom desenvolvimento das plantações.
"O mercado de grãos se descolou do macro e o que importa agora são as temperaturas que serão registradas no cinturão de produção norte-americano e até quando dura esse padrão climático", explicou Oliveira.
Na próxima segunda-feira, o USDA divulga mais um relatório de acompanhamento de safra e as expectativas são de que o índice de lavouras em boas ou excelentes condições apresente um recuo. Caso isso se confirme, as cotações acabam encontrando mais um fator de suporte.
Veja como ficaram as cotações no fechamento da Bolsa de Chicago: