"Prêmio de escassez" do Brent avança para máxima desde 2013 com forte alta do petróleo
![]()
Por Alex Lawler
LONDRES (Reuters) - A estrutura dos contratos futuros do petróleo Brent está mostrando um "prêmio de escassez" que se ampliou à máxima desde 2013 nesta semana, um sinal do mercado apertado sustentando a recuperação do petróleo em meio a uma crise energética mais ampla, à medida que as economias se recuperam da pandemia da Covid-19.
O prêmio do contrato imediato do petróleo Brent para o preço de dezembro de 2022 ficou em 8,13 dólares o barril nesta sexta-feira, após atingir 8,30 dólares na segunda-feira. O valor da segunda-feira foi a máxima desde 2013, segundo dados da Refinitiv Eikon.
Um dos principais fatores que sustentam os preços tem sido a relutância da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, conhecida como Opep+, em facilitar as liberações de oferta mais rapidamente, diante de cortes feitos durante a pior fase da pandemia.
Carsten Fritsch, analista do Commerzbank, disse que o aumento nos preços ocorreu devido a um mercado apertado, conforme indicado pela curva de 12 meses e o prêmio pelo qual o contrato futuro do primeiro mês está sendo negociado em relação ao segundo.
"Prêmios tão altos para entregas de petróleo de curto prazo apontam para um estreitamento agudo de oferta, causado por uma demanda robusta e oferta limitada", disse ele.
"Enquanto a Opep+ parecer pouco disposta a se opor a isso, expandindo sua produção de petróleo em maior medida, é improvável que isso mude e os preços do petróleo provavelmente continuarão subindo."
A cotação do Brent subiu mais de 60% este ano e atingiu 85 dólares pela primeira vez desde 2018 nesta sexta-feira. Além da restrição Opep+, os preços recordes do gás na Europa, que estimularam uma mudança da demanda para o petróleo para geração de energia, também impulsionaram a forte alta.
0 comentário
Amplo suprimento de petróleo protege China de interrupção na Venezuela, por enquanto
Petróleo registra perda semanal por preocupações com excesso de oferta
Petrobras eleva em 30% consumo de óleo vegetal em 2025 para coprocessamento em refinarias
UE e G7 avaliam proibição de serviços marítimos para exportações de petróleo da Rússia e fim do teto de preços
Petróleo sobe com expectativas de corte na taxa de juros do Fed
Petróleo sobe após EUA e Rússia não chegarem a acordo para acabar com guerra na Ucrânia