Petróleo cai com alívio de temores sobre oferta após Trump dar prazo de 50 dias à Rússia

Publicado em 15/07/2025 17:01 e atualizado em 15/07/2025 17:35

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Por Stephanie Kelly

NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo caíram menos de 1% nesta terça-feira, após o presidente dos EUA, Donald Trump, estabelecer um prazo de 50 dias para que a Rússia encerre a guerra na Ucrânia e evite sanções, o que reduziu preocupações sobre uma possível interrupção imediata na oferta.

Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em queda de US$0,5, ou 0,7%, a US$68,71 por barril. Os futuros do petróleo bruto dos EUA (WTI) US$0,46, ou 0,7%, a US$66,52.

"O foco tem estado em Donald Trump. Havia algum temor de que ele pudesse atacar a Rússia com sanções imediatamente e agora ele deu mais 50 dias", disse o analista de commodities do UBS, Giovanni Staunovo. "Esses temores sobre um aperto adicional iminente no mercado se dissiparam. Essa é a principal história."

Os preços do petróleo subiram com as possíveis sanções, mas depois devolveram os ganhos, já que o prazo de 50 dias aumentou as esperanças de que as sanções poderiam ser evitadas.

Caso as sanções propostas sejam implementadas, "isso mudaria drasticamente as perspectivas do mercado de petróleo", disseram os analistas do ING em uma nota.

"A China, a Índia e a Turquia são os maiores compradores do petróleo bruto russo. Eles precisariam pesar os benefícios de comprar petróleo bruto russo com desconto contra o custo de suas exportações para os EUA", disse o ING.

Trump anunciou novas armas para a Ucrânia na segunda-feira e disse no sábado que imporia uma tarifa de 30% sobre a maioria das importações da União Europeia e do México a partir de 1º de agosto, somando-se a advertências semelhantes feitas a outros países.

As tarifas aumentam o risco de um crescimento econômico mais lento, o que poderia reduzir a demanda global por combustível e diminuir os preços do petróleo.

(Reportagem de Stephanie Kelly em Nova York; reportagens adicionais de Anna Hirtenstein em Londres, Anjana Anil em Bengaluru e Sudarshan Varadhan em Cingapura)

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Fonte:
Reuters

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