Petróleo registra perda semanal por preocupações com excesso de oferta
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Por Arathy Somasekhar
HOUSTON, 12 Dez (Reuters) - Os preços do petróleo fecharam em queda nesta sexta-feira, marcando um declínio semanal de 4%, já que o excesso de oferta e um possível acordo de paz entre Rússia e Ucrânia superaram as preocupações sobre qualquer impacto da apreensão de um navio petroleiro perto da Venezuela pelos Estados Unidos.
Os contratos futuros do petróleo Brent caíram 0,26% para fechar a US$61,12 por barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate dos EUA caiu 0,28%, para fechar a US$57,44.
Ambos os índices de referência caíram cerca de 1,5% na quinta-feira e recuaram mais de 4% esta semana.
"O mercado continua a ser pressionado pela situação da oferta de petróleo... por outro lado, o mercado de petróleo está ignorando a tensão entre EUA e Venezuela", disse Andrew Lipow, presidente da Lipow Oil Associates.
Os EUA apreenderam um navio petroleiro sancionado na costa da Venezuela, disse o presidente Donald Trump na quarta-feira. Os EUA estão se preparando para interceptar mais navios que transportam petróleo venezuelano após a apreensão de um petroleiro nesta semana, disseram seis fontes próximas ao assunto na quinta-feira.
Os comerciantes e analistas em grande parte ignoraram as preocupações sobre o impacto da apreensão do petroleiro, apontando para a ampla oferta nos mercados.
As previsões da Agência Internacional de Energia publicadas na quinta-feira indicaram que a oferta global de petróleo excederá a demanda em 3,84 milhões de barris por dia no próximo ano - um volume equivalente a quase 4% da demanda mundial.
Dados de relatório da Opep, também publicado na quinta-feira, indicaram que a oferta mundial de petróleo se aproximará da demanda em 2026, em contraste com a opinião da IEA, na sigla em inglês.
Alguns fatores de apoio aos preços permanecem, incluindo o aumento das tensões entre os EUA e a Venezuela e os ataques de drones ucranianos a uma plataforma de petróleo russa no Mar Cáspio, disse Janiv Shah, analista da Rystad Energy.
(Reportagem de Seher Dareen em Londres, Yuka Obayashi em Tóquio e Siyi Liu em Cingapura)
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