Brasil vive "crise de imagem" às vésperas da Copa
Para quem acompanha o que acontece no Brasil pela imprensa internacional, a sensação dos últimos meses pode ser a de que a sorte conspira contra o país às vésperas da Copa do Mundo.
Seria de se esperar que as notícias sobre os atrasos nas obras do Mundial ou os protestos anti-Copa fossem rodar o globo, mas recentemente tornou-se comum ler nos jornais de Londres, Madri ou Nova York sobre mazelas brasileiras que antes passariam desapercebidas aos olhos estrangeiros - de conflitos nas favelas do Rio ao surto de dengue no Nordeste; das denúncias de obras superfaturadas nos rincões do país ao risco de falta d'água em São Paulo.
"Agora quase todos os dias tem matéria sobre o Brasil nos jornais daqui - e realmente chama a atenção o fato de a grande maioria delas ser negativa", diz Daniel Buarque, jornalista e autor do livro Brazil, um país do presente: A imagem internacional do "país do futuro" (Ed. Alameda), que está na Grã-Bretanha pesquisando sobre a cobertura internacional da Copa.
Recentemente, o Financial Times comparou a presidente Dilma Rousseff ao grupo de comediantes irmãos Marx; a revista Economist sugeriu que o problema da falta de crescimento da produtividade no Brasil teria causas culturais e o New York Times (NYT) destacou a grande quantidade de obras abandonadas e superfaturadas no país.
Fora do campo econômico, o espanhol El País anunciou que o Brasil estaria vivendo uma "crise de segurança" e o tabloide britânico Daily Mirror definiu Manaus como "um buraco dos infernos tomado pelo crime".
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