Argentina desafia tribunal dos EUA e deposita pagamento da dívida
Por Jorge Otaola
A Argentina depositou o pagamento de 161 milhões de dólares em juros de bônus junto a uma entidade local nesta terça-feira, disse o ministro da Economia, Axel Kicillof, desafiando o juiz norte-americano Thomas Griesa, que declarou desacato do país na véspera por adotar medidas ilegais para cumprir suas obrigações.
O país sul-americano quer mostrar que consegue honrar sua dívida e que o não pagamento, em julho, aos detentores da dívida reestruturada após o default de 2002 foi resultado de decisões judiciais dos Estados Unidos.
"Ao fazer esse depósito, a Argentina confirma novamente seu comprometimento inquebrantável de cumprir todas as suas obrigações junto aos credores", informou o Ministério em comunicado.
Não ficou claro quantos credores receberão o pagamento de juros antes do prazo de 30 de setembro sem a assistência de intermediários financeiros estrangeiros, o que pode violar as determinações do tribunal dos EUA se eles ajudarem a Argentina.
Se os fundos não chegarem aos credores, um prazo de 30 dias deve ser desencadeado, após o qual o default, que atualmente envolve apenas os bônus Discount, se estenda aos títulos Par.
O banco central depositou o pagamento de juros de seus bônus Par, regidos pela lei internacional, no Nación Fideicomisos após o governo remover o banco que estava encarregado da operação anteriormente, o Bank of New York Mellon, em uma tentativa de contornar as decisões do tribunal dos EUA.
O default de julho da Argentina veio após o juiz Thomas Griesa bloquear no fim de junho o pagamento de juros, ordenando que o país pague totalmente um pequeno grupo de hedge funds norte-americanos que rejeitaram os termos da troca de dívida em 2005 e 2010 antes de fazer o pagamento da dívida reestruturada.
0 comentário
Brasil tem fluxo cambial negativo de US$4,148 bi em setembro, diz BC
Crescimento da América Latina e Caribe deve desacelerar para 1,9% em 2024, afirma Banco Mundial
STOXX 600 fecha em alta com cortes de juros e dados dos EUA em foco
Wall St tem alta antes de ata do Fed e dados de inflação dos EUA
Presidente do Fed de Dallas pede caminho "gradual" em cortes de juros
Wall St abre estável antes de ata do Fed