Manifestantes ocupam a Avenida Paulista para protestar contra Dilma

Publicado em 01/11/2014 14:29 e atualizado em 02/11/2014 06:56
em veja.com (+ análise de Reinaldo Azevedo)

Um protesto contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff reúne manifestantes na Avenida Paulista. Por causa disso, o tráfego da via, nos dois sentidos, está interditado, de acordo com a CET, na altura do Masp. A expectativa é que eles caminhem em direção ao Ibirapuera. Os gritos ouvidos por lá são: "fora PT", "fora Cuba" e "fora Venezuela". Entre os discursos que chegam do carro de som está o do poeta Rubens de Souza Fernandes, de 75 anos. "a verdadeira corrupção é o PT e sua corja, liderada por Lula", diz.

 

 

PROTESTO EM SP – Como a imprensa ridiculariza e distorce um protesto simplesmente por não concordar com ele. Em horas assim, a isenção e a objetividade que se danem!

Protesto contra Dilma na Paulista e em favor da auditoria nas eleições (Eduardo Anizelli/Folhapress)

Protesto contra Dilma na Paulista e em favor da auditoria nas eleições (Eduardo Anizelli/Folhapress)

Nesta tarde, houve dois protestos em São Paulo. Um deles reuniu, segundo a PM, pelo menos 2.500 pessoas na Avenida Paulista — e não mil, como está no UOL. A outra, uns 200, no Largo da Batata. Ambas foram convocadas pelo Facebook. O primeiro cobra uma auditoria na eleição presidencial de 2014 e pede o impeachment de Dilma; a segunda, pela enésima vez, culpa o governador Geraldo Alckmin pela crise hídrica em São Paulo. Não funcionou no primeiro turno, não funcionou no segundo turno, tenta-se agora o terceiro turno. Não está funcionando de novo… Mas sigamos.

A esmagadora maioria das pessoas que se manifestavam na Avenida Paulista cobrava a auditoria e defendia o impeachment de Dilma na suposição de que ela conhecida a roubalheira na Petrobras, conforme afirmou à Polícia Federal e ao Ministério Público o doleiro Alberto Youssef. Nem é necessário demonstrar — mas, se for preciso, demonstro com facilidade — que a imprensa paulistana trata com simpatia todos os protestos das esquerdas, as marchas em favor da maconha e até os black blocs. Alguns de seus defensores são alçados à condição de intelectuais. Já um protesto que não é organizado por “progressistas”, bem, aí cumpre ridicularizar as pessoas, transformá-las numa caricatura, enxovalhá-las, reduzi-las à condição de golpistas.

Vamos lá: a esmagadora maioria dos cartazes da Paulista trata de uma suposta fraude na eleição, pede a auditoria na eleição  e defende o impeachment (dada aquela suposição, claro!, que tem de ser comprovada). Um senhor, no entanto — e ainda que houvesse 10, 20 ou 100 —, pede uma intervenção militar. A prova de que é “avis rara” no protesto é que foi, ora vejam!, entrevistado pela Folha e pelo Estadão, que, milagrosamente, publicam quase a mesma matéria, com diferenças que estão apenas no detalhe. Seu nome é Sérgio Salgi, tem 46 anos e é investigador de polícia. E por que ele foi achado pelos repórteres dos dois jornais? Porque carregava um cartaz “SOS Forças Armadas”. Bastou esse cartaz para que a Folha Online desse o seguinte título: “Ato em SP pede impeachment de Dilma e intervenção militar”. Se algum maluco estivesse na passeata cobrando ajuda aos marcianos, o título poderia ser: “Ato em SP pede impeachment de Dilma e intervenção dos ETs”.

Não é a primeira vez que isso acontece. Em 2007, embora fossem outras as circunstâncias, surgiu o “Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros”, que ficou conhecido como “Cansei”. Seus promotores foram impiedosamente ridicularizados pela imprensa e por personalidades púbicas a serviço do PT. Foram tachados de representantes da “elite branca”. A notícia do mensalão tinha menos de dois anos, o escândalo dos aloprados, menos de um, mas uma simples manifestação de protesto foi tratada como coisa de golpistas.

O Globo Online também noticia o protesto em São Paulo. O repórter não entrevistou o policial Sérgio Salgi, mas encontrou outra maneira de enxovalhar os que protestavam. Transcrevo: “O protesto reúne muitas senhoras de guarda-chuva, em razão do sol forte. Algumas levaram seus cachorrinhos de estimação para o protesto”.

Manifestações das esquerdas, como vocês sabem, contam com uma palavra que a imprensa adora: “ativistas” — não sei o que é isso; deve-se ser o oposto complementar dos “passivistas”… Já um ato que é inequivocamente caracterizado como “de direita”, bem, esse conta com “senhoras de guarda-chuva”… Sabem como são as dondocas: não querem se pelar ao sol. Entre as 2.500 pessoas, contavam-se nos dedos os tais guarda-chuvas. Ah, claro! Elas também levavam seus cachorrinhos, entendem? É evidente que o destaque dado a esses lateralidades busca desmoralizar o protesto.

O cantor e compositor Lobão se manifestou em favor da recontagem dos votos e disse o óbvio: não se tratava de um movimento em favor da volta do regime militar.

Boçalidades
Não que boçalidades reais, de fato, não tenham sido ditas. Foram. A ser verdade o que relatam Estadão, Folha e Globo, o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro (PSC-RJ), filho de Jair Bolsonaro (PP-RJ), afirmou o seguinte:
“Ele [seu pai] teria fuzilado Dilma Rousseff se fosse candidato esse ano. Ele tem vontade de ser candidato mesmo que tenha de mudar de partido”. E emendou: “Dizia na minha campanha: voto no Marcola, mas não em Dilma. Pelo menos ele tem palavra”.

A ser isso mesmo, trata-se de uma notável coleção de bobagens. Evidentemente, o “fuzilado” de sua fala é uma metáfora. Mas quem se importa? Quando fala em votar até “em Marcola”, procura deixar claro o quanto repudia Dilma, não seu apreço pelo bandido. Mas quem se importa? Quem não quer que seu discurso seja confundido não fala essas tolices. O ânimo para transformar os manifestantes em golpistas já é evidente. Quando se oferece o pretexto, tudo fica mais fácil.

No Brasil, é permitido marchar em favor da maconha. A venda e o consumo de maconha são ilegais. Manifestantes são tratados como bibelôs.

No Brasil, é permitido marchar em favor do aborto. O aborto, com as exceções conhecidas, é ilegal. Manifestantes são tratados como pensadores.

No Brasil, é permitido marchar em favor de corruptos condenados pelo Supremo. Manifestantes são tratados como ideólogos.

No Brasil, é permitido marchar em favor da recontagem dos votos e, sim, em favor do impeachment. O Artigo 5º da Constituição garante tudo isso. Não obstante, manifestantes são tratados como pessoas ridículas e golpistas.

Nota final, que traduz um sequestro moral: os esquerdistas, sempre adulados pelos jornalistas, querem controle social da mídia e mecanismos de censura, ainda que oblíquos. 

Mas que isto também fique claro: os que estão decididos a dizer “não” terão de enfrentar, inclusive, as brigadas da desqualificação da imprensa, que sempre ficam muito satisfeitas quando alguém como Eduardo Bolsonaro fala aquelas besteiras. Fica parecendo que elas têm razão.

Por Reinaldo Azevedo

 

Na FOLHA: Manifestação contra Dilma reúne 2,5 mil em São Paulo

Seis dias após a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), cerca de 2.500 pessoas foram às ruas de São Paulo neste sábado (1º) para protestar contra o resultado das urnas e o governo da petista.

O ato convocado por meio das redes sociais começou na avenida Paulista, em frente ao MASP (Museu de Arte de São Paulo), por volta das 14h.

"Boa tarde, reaças", cumprimentou ao microfone o empresário Paulo Martins, que foi candidato a deputado federal pelo PSC neste ano no Paraná. "É inegável que o PT constrói uma ditadura no país", acrescentou, sob fortes aplausos do grupo, que depois seguiu em caminhada.

Por volta das 16h30, os manifestantes tomaram a avenida Brigadeiro Luís Antônio, pela qual caminharam em direção ao parque Ibirapuera.

Com uma bandeira do Brasil sobre os ombros, o cantor Lobão defendeu a recontagem dos votos das eleições presidenciais e negou que o movimento tenha como propósito dar um novo golpe militar no país. "Não tem ninguém aqui golpista", disse ao microfone.

A caminhada foi marcada também por provocações entre simpatizantes da esquerda e da direita. Na avenida Paulista, alguns moradores de prédios da região estenderam nas janelas camisetas vermelhas e bandeira da campanha à reeleição da presidente.

"Vai para Cuba", gritaram os manifestantes em resposta. Eles fecharam uma das faixas da avenida, onde vendedores ambulantes ofereciam camisetas dizendo "impeachment já".

Além de pedirem o impeachment da petista, parte dos manifestantes defende um novo golpe militar no país.

"É necessária a volta do militarismo. O que vocês chamam de democracia é esse governo que está aí?", criticou o investigador de polícia Sérgio Salgi, 46, que carregava cartaz com o pedido "SOS Forças Armadas".

Os manifestantes diziam que o resultado das eleições deste ano de ser a "maior fraude da história" e o PT de ser "o câncer do Brasil". "Pé na bunda dela [presidente], o Brasil não é a Venezuela", gritaram.

Sob aplausos, o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), foi apresentado ao microfone como "alguém de uma família que vem lutando muito pelo Brasil".

Em discurso, o parlamentar disse que, se seu pai fosse candidato a presidente, ele teria "fuzilado" a presidente. Segundo ele, Jair Bolsonaro será candidato em 2018 "mesmo que tenha de mudar de partido".

"Eu voto no Marcola, mas não voto na Dilma, porque pelo menos o Marcola tem palavra", disse, em referência a Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, um dos chefes da facção criminosa PCC.

A manifestação foi acompanhada pela Polícia Militar e pela chamada "Tropa do Braço", escalada para eventos de rua.

No microfone, o perito Ricardo Molina também acusou ter havido fraude no resultado das eleições presidenciais deste ano. "As urnas foram fraudadas, qualquer um que não seja analfabeto sabe disso", criticou.

Ao final da caminhada, por volta de 17h30, já próximo ao Monumento às Bandeiras, houve uma ameaça de racha entre favoráveis e contrários à intervenção militar.

Alguns manifestantes que participaram da concentração na avenida Paulista subiram em um segundo carro de som, que aguardava próximo ao parque Ibirapuera, e iniciaram uma discussão com o primeiro veículo, que participou de toda a caminhada.

"Vocês estão querendo desviar, isso é sacanagem, aqui não tem político", disse um manifestante no segundo carro.

"Ninguém é a favor de golpe", respondeu Lobão, no primeiro carro.

Ao fim, após uma rápida discussão, chegaram a um acordo e seguiram juntos com o movimento. "Todos aqui se respeitam, nós só queremos o bem do Brasil. Não podemos aceitar discórdia", pediu Paulo Martins.

O vice-presidente nacional do PSDB e ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman, disse neste sábado (1º) que nem a sigla nem a direção da campanha do senador Aécio Neves (MG) incentivam, organizam ou dão suporte às manifestações contra a presidente Dilma.

Para Goldman, um dos críticos mais duros do PT no partido, seria uma "irresponsabilidade" compactuar com esse tipo de ato. Ele afirma que o país está com os ânimos inflamados. "Até por conta do tipo de campanha, muito suja, muito pesada, que o PT fez primeiro contra a Marina Silva (PSB) e depois contra o Aécio. Mas nem isso justifica um pedido de impeachment da presidente", avaliou.

Ele ressaltou ainda que, apesar de o partido ter pedido uma auditoria especial no TSE sobre a apuração dos votos, não há indício de fraude eleitoral. "Apenas uma constatação de que o acompanhamento de todo esse processo é deficiente e pode ser melhorado", afirmou.

  André Monteiro/Folhapress  
Protesto contra crise da água reúne manifestantes em Pinheiros
Protesto contra crise da água reúne manifestantes em Pinheiros

CONTRA ALCKMIN

Também neste sábado, cerca de 300 manifestantes realizaram protesto no largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, contra a crise de água no Estado.

O ato "Alckmin, cadê a água?" começou por volta das 15h com cerca de 200 pessoas que se concentraram ao lado da entrada da estação Faria Lima, da linha 4-amarela do metrô.

Os manifestantes começaram a marcha ocupando a avenida Brigadeiro Faria Lima no sentido Pinheiros.

O ato reuniu jovens e integrantes de movimentos de esquerda como o Juntos, do PSOL, militantes do PSTU, do Território Livre, do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) e da Anel (Assembleia Nacional de Estudantes-Livre), entre outros.

Eles criticavam a postura do governo estadual em relação à gestão da crise da água. "Alckmin privatizou a Sabesp e acabou com a nossa água. Viemos aqui na Sabesp dar um recado: se a água acabar, SP vai parar. Vamos devolver o volume morto pra eles e pressionar a Dilma [Pena, presidente da Sabesp] tucana a entregar nossa água", disse Thiago Aguiar, do Juntos, movimento estudantil ligado ao PSOL.

Os manifestantes carregavam cartazes e bandeiras. Uma das faixas dizia: "Alckmin molhou a mão do banqueiro e secou a Cantareira". Em outras, defendiam a estatização da Sabesp. Também cantaram versos de protesto, como "a Sabesp só dá lucro pro patrão e falta água na casa do peão".

"Esse ato é da juventude e dos trabalhadores unidos que não se conformam com a falsa polarização de PT e PSDB. As mentiras de Alckmin são tão sórdidas quanto as de Dilma", disse um manifestante que não quis se identificar.

PELO PAÍS

Também houve protestos contra a presidente Dilma neste sábado em Curitba e em Manaus.

Na capital paranaense, segundo a PM, cerca de cem pessoas marcharam até a sede do governo, administrado pelo tucano Beto Richa.

Os manifestantes pintaram o rosto com listras pretas ou verde e amarelas, e carregavam cartazes com frases como "impeachment já", "fora PT" e "90% do PIB não elegeu a Dilma".

Alguns pediam a recontagem dos votos do pleito do último domingo.

Em Manaus, cerca de 50 pessoas estão concentradas em frente ao Teatro Amazonas.

 

Governo

Dilma-2015: agora sem marqueteiro para disfarçar

A presidente reeleita terá de mudar os rumos da economia, destravar os investimentos e enfrentar desdobramentos do petrolão no Congresso

Laryssa Borges, de Brasília
seja quem for seu escolhido para ditar os rumos da economia brasileira na nova equipe ministerial, é certo que 2015 será um ano duro para a presidente Dilma Rousseff. Reeleita numa eleição acirrada e com estreita margem de votos, Dilma terá pela frente um cenário econômico desalentador, que a obrigará a tomar medidas impopulares e acalmar o mercado financeiro. Paralelamente, a menos que inicie um movimento conciliatório – e ele dê certo – nos próximos dois meses, terá dificuldades na interlocução com o Congresso Nacional, que por si só já estará alvoroçado com as denúncias do petrolão.

"A democracia brasileira vai passar por um teste de estresse, com muita disputa, uma polarização bastante intensa. Tudo conspira para que presidente tenha grandes dificuldades no Congresso, na economia e no atendimento aos anseios da sociedade", afirma o professor Carlos Pereira, da Escola de Administração Pública da FGV.

O ponto mais sensível do futuro governo é a economia. Sob efeito de uma persistente pressão inflacionária – 6,75% nos últimos doze meses e longe do centro da meta de 4,5% – o novo governo terá pela frente o desafio de reverter o baixo crescimento econômico, melhorar a condução da política fiscal para diminuir a dívida pública, estancar a crise de desconfiança dos investidores e passar credibilidade suficiente para evitar que o Brasil perca o grau de investimento recebido em 2008.

“O mais importante problema que vamos enfrentar daqui para frente diz respeito à questão fiscal. Crescimento e a inflação são itens preocupantes, mas se não arrumar a área fiscal, as demais questão passam a não ser eficazes”, diz o doutor em economia Flávio Basílio, da Universidade de Brasília (UnB). “O fiscal também é importante para garantir o grau de investimento da economia brasileira, para auxiliar o Banco Central no combate à inflação e também acaba reduzindo os juros futuros, que é uma variável relevante para a decisão sobre os investimentos do país”, completa.

Ainda no campo econômico, a presidente reeleita terá mais bombas para desarmar: o inevitável reajuste no preço dos combustíveis e o risco de problemas na oferta de energia elétrica em 2015 caso persista a escassez de chuvas. Por temer impactos no desempenho eleitoral da presidente Dilma, o governo postergou para depois do segundo turno o reajuste no preço da gasolina, desidratando o caixa da Petrobras, já que a estatal tem de importar parte do combustível que vende por não produzir nem refinar toda a gasolina exigida pelos consumidores brasileiros. Como os preços do mercado doméstico estão defasados em relação aos do mercado internacional, o prejuízo recaiu sobre o caixa da petroleira.

“Existem dúvidas se ela vai ser capaz de reequilibrar as contas públicas, porque o governo foi negligente com a macroeconômica em todo o primeiro mandato. Não temos crescimento econômico e estamos em recessão técnica. Somado a isso, o escândalo da Petrobras e o depoimento do doleiro Youssef, que mencionou diretamente tanto ela quanto o ex-presidente Lula, pode colocar grande parte do governo em suspeição e fragilizar naturalmente o novo mandato da presidente Dilma", diz Carlos Pereira, da FGV.

No setor elétrico, contribuem para a formação de mais um campo minado o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, o aumento da necessidade das térmicas, que têm energia mais cara, e a inescapável dependência das chuvas. No mais, Dilma terá de rever as nomeações políticas – boa parte das indicações na Eletrobras e em subsidiárias são feitas pelo PMDB – e provavelmente substituir o atual ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, enfraquecido após ter sido citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como uma das autoridades que receberam propina do petrolão.

Além do impacto na imagem da Petrobras, a maior empresa pública brasileira, os mais emblemáticos efeitos do esquema de corrupção na estatal deverão começar a ser sentidos no próximo ano e também entram na lista de tempestades a serem administradas pela presidente Dilma Rousseff. Com a esperada homologação da delação premiada do doleiro Alberto Youssef, os nomes de deputados e senadores citados tanto por ele quanto pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa deverão vir a público, comprometendo próceres do PT, PMDB e PP e abrindo espaço para o esfacelamento da base aliada da petista reeleita. A própria Dilma e o antecessor no cargo, Luiz Inácio Lula da Silva, também poderão ter sérios problemas com o Judiciário no desenrolar do caso.

A diferença é que, a partir do próximo ano, as artimanhas do marqueteiro João Santana poderão não ser suficientes.

 

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Fonte:
veja.com

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3 comentários

  • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

    Sr. João Olivi, desculpe-me a insistência no tema “Urna Eletrônica”, mas cada vez fico mais preocupado, pois as noticias não são boas.

    A empresa, Diebold, responsável pela fabricação das urnas eletrônicas usadas no Brasil, 450 mil urnas, foi condenada pelo Departamento de Justiça dos EUA a pagar multa de US$ 50 milhões nos Estados Unidos, por subornar funcionários na Rússsia, Indonésia e na China.

    O procurador federal, Steven Dettelbach, citou que as leis dos EUA são aplicáveis independentemente do país onde atuem e façam negócios as empresas do país. Acrescentou que a Diebold está sendo punida por ter, de certa forma, “um padrão mundial de conduta criminosa”.

    Como um bom matuto: “Mato a cobra e mostro o pau”!

    http://sergiorochareporter.com.br/eua-multa-empresa-fabricante-de-urnas-eletronicas-brasileiras-por-fraude-e-corrupcao/

    Diante de “novos fatos”, formulo outra pergunta:

    O QUÊ FAZER DIANTE DESTE QUADRO DE DENÚNCIAS ?

    ....”E VAMOS EM FRENTE” ! ! !....

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  • Telmo Heinen Formosa - GO

    Tadinha da Dilma, segundo o "The Economist" ela deixou uma "Herança Maldita"... para si mesma!

    A revista destaca, ainda, a proposta de diálogo feita por Dilma, mas afirma que 16 anos de poder para um único partido é ruim para qualquer democracia. “Largamente conhecida como obstinada, a senhora Rousseff insiste que aprendeu a ouvir e a mudar. Esperamos que ele esteja falando sério.”

    O link da matéria está aqui:

    http://coturnonoturno.blogspot.com.br/2014/10/the-economist-dilma-deixou-uma-heranca.html

    O link da matéria em ingLês está aqui:

    http://www.economist.com/news/leaders/21629384-after-her-narrow-victory-divided-country-president-must-heed-opponents-well?fsrc=nlw%7Chig%7C30-10-2014%7CLA

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  • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

    Sr. João Olivi, o assunto em voga na mídia, o pedido de auditoria das eleições feito pelo PSDB ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), traz à luz “realidades ... como nunca antes na história deste país”.

    A história não se reescreve, são os fatos ocorridos que a determina.

    Qual o princípio de todos os atos e fatos ocorridos durante o governo petista? Não é a MENTIRA?

    Em Outubro de 2013, o professor de computação da UNB, Diego Aranha, em depoimento à Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, disse sobre a fraude do sigilo do voto no software da urna eletrônica: “...é claro que uma base de código desse tamanho, com uma vulnerabilidade tão infantil, não teria apenas essa vulnerabilidade...”

    São palavras de um técnico, não de um político ou de um integrante de um partido político. Você pode assistir ao vídeo no Youtube, se quiser. É uma parte do registro da história e, não de história recontada!

    O QUÊ FAZER, DIANTE DE TANTAS INCERTEZAS ?

    ....”E VAMOS EM FRENTE” ! ! !....

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