Taxas de juros sobem no Brasil em novembro em comparação a outubro
BRASÍLIA (Reuters) - O crescimento do mercado de crédito brasileiro acelerou no mês passado, em meio ao novo ciclo de aperto monetário, ao mesmo tempo em que o spread bancário recuou sobre outubro.
Segundo informou o Banco Central nesta segunda-feira, o estoque total de crédito no Brasil subiu 1,3 por cento em novembro ante outubro, chegando a 2,963 trilhões de reais, ou 58 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). O movimento foi o segundo mais intenso do ano, perdendo apenas para a alta mensal de 1,35 por cento vista em setembro.
Em novembro, o spread bancário --diferença entre o custo de captação do banco e a taxa efetivamente cobrada ao tomador final-- recuou a 21,2 pontos percentuais no segmento de recursos livres, sobre 21,4 pontos percentuais vistos em outubro.
No crédito total, incluindo os recursos direcionados, o spread médio ficou em 12,6 pontos percentuais, abaixo dos 12,8 pontos percentuais vistos em outubro.
"Houve saldo menor das modalidades com taxas mais elevadas, como no cheque especial, e isso influenciou o spread", explicou o chefe do departamento Econômico do BC, Tulio Maciel.
No final de outubro, o BC deu início ao atual ciclo de aperto monetário, que já levou a Selic aos atuais 11,75 por cento ano ao ano, para combater a inflação elevada.
A autoridade monetária já indicou que deve continuar elevando a taxa básica de juros no curto prazo para fazer a inflação convergir para o centro da meta de inflação até o fim de 2016.
Ainda segundo o BC, a inadimplência no mercado de crédito brasileiro no segmento de recursos livres ficou em 4,9 por cento em novembro, menor em relação a outubro, quando registrou 5 por cento. Levando em consideração os recursos totais, a inadimplência ficou estável em 3 por cento.
Já a taxa média de juros no segmento de recursos livres fechou novembro em 33 por cento, superior aos 32,9 por cento em outubro. No segmento das pessoas físicas, a taxa ficou em 44,2 por cento, a maior da série histórica do BC de março de 2011.
No crédito total, os juros médios ficaram em 21,3 por cento em no mês passado, estáveis frente a outubro.
(Por Luciana Otoni)
0 comentário
Dólar recua com otimismo por tramitação do pacote fiscal e ajustes pré-Copom
STOXX 600 encerra série de oito dias de ganhos com decisão do BCE em foco
Ibovespa avança com IPCA e fiscal em foco e Lula no radar
Nasdaq supera pares de Wall St com impulso de tecnologia; dados de inflação em foco
Comissão do Senado aprova três indicados de Lula para diretoria do BC
Dólar recua com maior otimismo do mercado por tramitação do pacote fiscal no Congresso