Vice-presidente dos EUA diz que tarifas continuam até China anunciar mudanças

Publicado em 17/11/2018 11:03
(Por Jonathan Barrett, Tom Westbrook, Charlotte Greenfield, Philip Wen/Reuters)

PORT MORESBY (Reuters) - Os Estados Unidos não vão recuar na sua disputa comercial com a China e podem até mesmo dobrar as suas tarifas se o gigante asiático não aceitar as demandas norte-americanas, disse o vice-presidente do país, Mike Pence, neste sábado.

Em um discurso duro durante a cúpula da Apec, associação de países da Ásia e do Pacífico para a cooperação econômica, na Papua Nova Guiné, Pence desafiou a China em relação a comércio e segurança na região.

"Nós tomamos ação decisiva para lidar com o nosso desequilíbrio com a China", declarou Pence. "Colocamos tarifas sobre 250 bilhões de dólares em bens chineses, e podemos mais do que dobrar esse número."

"Os Estados Unidos não vão mudar a sua rota até que a China mude."

O alerta drástico não será provavelmente bem recebido nos mercados financeiros, que esperavam por um abrandamento da disputa e talvez até algum acordo na reunião do G20 neste mês na Argentina.

O presidente Donald Trump, que não foi à reunião da Apec, deve se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, na Argentina.

A advertência de Pence neste sábado contrastou com as declarações feitas por Trump na sexta-feira, quando disse que não pode impor mais tarifas depois que a China enviou aos Estados Unidos uma lista de medidas que estava disposta a tomar para resolver as tensões comerciais.

Primeiro-ministro da Austrália pede que líderes globais rejeitem protecionismo

PORT MORESBY (Reuters) - Os líderes globais devem promover o livre comércio, disse neste sábado o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison.

Falando na cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), em Papua Nova Guiné, Morrison pediu aos líderes que adotem o livre comércio aberto, rejeitando o protecionismo.

"O teste para nós agora, para todos nós, é defender os valores econômicos em que acreditamos. E mostrar como eles funcionam, para demonstrar isso", disse Morrison.

"Eles tiraram centenas e milhões de pessoas da pobreza, já que os principais valores econômicos básicos levaram a políticas e atingirem esses objetivos."

Presidente da China diz que o crescimento mundial é ofuscado por protecionismo

PORT MORESBY (Reuters) - O presidente da China, Xi Jinping, alertou neste sábado que a sombra do protecionismo e do unilateralismo está pairando sobre o crescimento global, unindo-se a outros líderes da Ásia-Pacífico para pedir o livre comércio.

"Aquele que escolhe fechar a porta só vai se isolar do resto do mundo e perder sua direção", disse Xi durante uma cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) na Papua Nova Guiné.

Mais cedo, o primeiro-ministro da Malásia, Mahathir Mohamad, disse que os países precisam reavaliar a globalização e a integração econômica, porque isso está deixando algumas pessoas para trás e alimentando a desigualdade.

Presidente da China pretende visitar Coreia do Norte em 2019, segundo Coreia do Sul

SEUL (Reuters) - O presidente da China, Xi Jinping, pretende visitar a Coreia do Norte no ano que vem, depois de convidado por Kim Jong Un, líder norte-coreano, disse o gabinete presidencial da Coreia do Sul neste sábado.

O presidente chinês disse ao colega sul-coreano, Moon Jae-in, que ele iria "arrumar tempo" para visitar a Coreia do Norte no ano que vem, segundo Kim Eui-kyeom, porta-voz do gabinete presidencial sul-coreano, após reunião entre os dois presidentes.

O encontro ocorreu durante a reunião da APEC, associação de países da Ásia e do Pacífico para a cooperação econômica, em Papua Nova Guiné.

Segundo o porta-voz, o presidente da China também desejava visitar a Coreia do Sul em 2019.

(Por Ju-min Park e Soyoung Kim)

Presidente do Irã prevê aumento do comércio com Iraque apesar de sanções dos EUA

DUBAI (Reuters) - O Irã e o Iraque podem aumentar o seu comércio bilateral anual de 12 bilhões de dólares para 20 bilhões, disse neste sábado o presidente iraniano, Hassan Rouhani, apesar das preocupações sobre o impacto econômico das sanções norte-americanas.

Os comentários de Rouhani, feitos durante visita do presidente do Iraque, Barham Salih, se dão duas semanas depois de os Estados Unidos retomarem as sanções econômicas contra o Irã.

"Com esforços bilaterais, podemos aumentar esse número (do comércio entre os dois países) para 20 bilhões (de dólares) num futuro próximo", disse Rouhani em declarações transmitidas pela TV estatal iraniana.

"Conversamos sobre comércio em eletricidade, gás, produtos petrolíferos e atividades de exploração e extração de petróleo", afirmou Rouhani.

Autoridades iraquianas disseram à Reuters na semana passada que o Iraque tinha concordado em vender alimentos em troca de fornecimento de gás e de energia iranianos.

Autoridades do comércio iraniano negaram que qualquer esquema de alimentos para gás possa ser estabelecido, já que o Irã é um exportador líquido de alimentos para o Iraque.

Banco central da Argentina pode abandonar piso de juros já em 3 de dezembro, dizem fontes

Por Scott Squires e Gabriel Burin

BUENOS AIRES (Reuters) - O banco central da Argentina poderia eliminar o piso de sua taxa de juros de referência já no dia 3 de dezembro, se verificar que as expectativas de inflação caem por dois meses consecutivos, disseram duas fontes do banco central nesta sexta-feira.

Anteriormente, o banco disse que manteria sua taxa de juros em 60 por cento até dezembro, mas não fixou uma data ou termos para ajustar a taxa, atualmente a mais alta do mundo.

As fontes disseram que o banco iria eliminar o piso da taxa, se economistas reduzissem suas expectativas de inflação na pesquisa do banco central deste mês.

A agência oficial de estatísticas da Argentina divulgou uma queda na taxa de inflação do país para 5,4 por cento em outubro, ante 6,5 por cento em setembro.

A última pesquisa do banco central prevê que a inflação poderia atingir 47,5 por cento no fim do ano.

As fontes do banco central, falando em um briefing acompanhado pela Reuters e pela Bloomberg, também disseram que detalhes sobre um acordo ampliado de swap com a China seria anunciado na cúpula do Grupo dos 20 no fim deste mês.

A Argentina implementou uma política monetária de aperto desde que uma corrida contra o peso mais cedo neste ano forçou a Argentina a aumentar a taxa de juros e procurar fontes externas de financiamento, incluindo um acordo de financiamento de 56,3 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o maior da história do Fundo.

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Fonte:
Reuters

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