Presidente de Taiwan consegue reeleição com vitória esmagadora, em recado para a China
TAIPÉ (Reuters) - A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, conquistou a reeleição com uma vitória esmagadora neste sábado, em uma mensagem dura para a China, que tem tentado fazer com que a ilha aceite o governo chinês por meio de ameaças militares e ofertas de estímulos econômicos.
A China e os distúrbios antigovernamentais em Hong Kong, cidade governada pela China, ocuparam o centro do palco na campanha em Taiwan.
Tsai defendeu Taiwan como um farol de esperança para os manifestantes da ex-colônia britânica e rejeitou firmemente a oferta de Pequim a Taiwan com base no modelo "um país, dois sistemas".
A China reivindica Taiwan como seu território sagrado, a ser tomado à força, se necessário -- uma ameaça reiterada pelo presidente chinês, Xi Jinping, no ano passado, embora tenha dito que preferia uma solução pacífica.
O modelo "um país, dois sistemas", que proporciona um alto grau de autonomia, da mesma forma que Pequim adota em Hong Kong, nunca foi popular em Taiwan e é ainda menos agora, depois dos meses de protestos em Hong Kong.
A China se tornou ainda mais impopular em Taiwan no período que antecedeu a eleição, ao enviar duas vezes seu mais novo porta-aviões para o sensível Estreito de Taiwan, o que foi denunciado pelo governo taiwanês como um esforço de intimidação militar.
"Esperamos que as autoridades de Pequim entendam que uma Taiwan democrática, com um governo escolhido pelo povo, não cederá a ameaças e intimidações", disse Tsai a repórteres após a vitória.
Pequim precisa entender a vontade do povo de Taiwan e que apenas o povo de Taiwan pode decidir seu futuro, acrescentou.
Tsai derrotou seu principal oponente, Han Kuo-yu, do partido Kuomintang, que favorece laços estreitos com a China, por mais de 2,6 milhões de votos de um total de 8,2 milhões -- o maior comparecimento em uma eleição presidencial direta desde a primeira vez que uma votação do tipo foi realizada, em 1996.
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