Vírus na China pode impactar preços do petróleo em US$3 por barril, diz Goldman

Publicado em 22/01/2020 08:55

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(Reuters) - O Goldman Sachs projetou que uma potencial queda na demanda por petróleo da China, maior consumidor global, devido à disseminação de um novo coronavírus no país pode impactar negativamente os preços do petróleo em cerca de 3 dólares por barril, em contraste com preocupações com alta dos preços devido a potenciais interrupções no fornecimento no Oriente Médio.

A disseminação do vírus começou na cidade de Wuhan, em Hubei, no centro da China, e se espalhou para o resto do país, com 440 casos confirmados e nove mortes até agora. Ele também se espalhou para os Estados Unidos, Tailândia, Coréia do Sul, Japão e Taiwan.

O novo vírus, que autoridades de saúde disseram que pode ser transmitido de pessoa para pessoa, preocupou os mercados financeiros, uma vez que os investidores recordaram a epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) em 2002-2003, também um surto de coronavírus que começou na China e matou quase 800 pessoas em todo o mundo.

"Traduzindo o impacto estimado do SARS sobre a demanda em volumes de 2020 apontaria para um choque negativo potencial de 260.000 barris por dia na demanda global por petróleo", disse o Goldman em nota com data de 21 de janeiro.

A estimativa inclui uma perda de 170.000 barris por dia em demanda por combustível de aviação, acrescentou.

O banco espera que os mercados de combustível de aviação sejam os mais atingidos se o surto levar a uma queda nas viagens aéreas regionais.

Embora uma resposta pelo lado da oferta de produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) possa limitar qualquer impacto desse choque sobre os fundamentos do mercado, incertezas podem levar a uma queda inicial maior nos preços, acrescentou Goldman.

Os preços do petróleo Brent, referência internacional, estão atualmente abaixo de 65 dólares por barril, enquanto o petróleo norte-americano está em cerca de 58 dólares por barril.

(Reportagem de Asha Sistla e Sumita Layek em Bangalore)

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Fonte:
Reuters

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