Petroleo brent tem maior recuo semanal em 1 ano com temores sobre coronavírus

Publicado em 24/01/2020 20:10

NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo recuaram mais de 2% nesta sexta-feira, com o Brent registrando seu maior declínio semanal em mais de um ano, diante de temores de que o coronavírus se espalhe ainda mais pela China, segunda maior consumidora de petróleo do mundo, e afete as demandas por viagens e pela commodity.

O vírus, que já matou 26 pessoas e infectou mais de 800, desencadeou a suspensão dos serviços de transporte público em dez cidades chinesas. Além disso, casos também foram detectados em diversos outros países da Ásia, na França e nos Estados Unidos.

O petróleo Brent fechou em queda de 1,35 dólar, ou 2,18%, a 60,69 dólares por barril. O valor de referência global recuou 6,4% nesta semana, maior perda semanal desde 21 de dezembro de 2018.

Já o petróleo dos EUA cedeu 1,40 dólar, ou 2,52%, e terminou o dia cotado a 54,19 dólares o barril. O "benchmark" norte-americano perdeu 7,4% na semana, maior retração desde 19 de julho do ano passado.

"Tudo diz respeito ao coronavírus a todo momento, e nós não estamos recebendo sinais de que as coisas estejam melhorando", disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group em Chicago.

Autoridades sanitárias temem que as taxas de infecção possam acelerar ainda mais neste fim de semana, durante o Ano Novo Lunar, período em que milhões de chineses viajam.

Petróleo fecha em forte queda e WTI tem maior recuo semanal desde maio (Agencia Estado)

São Paulo - O petróleo fechou em forte queda nesta sexta-feira, 24, e o WTI registrou a maior perda semanal desde maio de 2019, em meio à cautela provocada pela disseminação do surto de coronavírus. O vírus já afeta mais de 903 pessoas, com dois casos confirmados nos Estados Unidos e outros dois na França, e causou 26 mortes até o momento.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para março caiu 2,52%, a US$ 54,19 o barril, com queda semanal de 7,49%, o maior recuo no período desde 31 de maio. O contrato do Brent para o mesmo mês recuou 2,18%, a US$ 60,69 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), e cedeu 6,41% na semana.

A confirmação de um novo caso de coronavírus nos EUA e um suposto terceiro, assim como a identificação de dois infectados na França, ampliaram a cautela entre investidores com o surto de coronavírus, apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) não considerar o caso como emergência de saúde pública.

Na avaliação do Commerzbank, é preciso estar preparado para "surpresas negativas" quando se trata da demanda chinesa pela commodity, uma vez que o governo tem isolado cidades na província de Hubei, onde ocorreram as mortes ligadas ao coronavírus.

"O impacto disso é ainda maior porque as restrições estão sendo impostas durante a temporada de viagens mais movimentadas para os chineses", apontam os analistas, em referência ao feriado Ano-Novo Lunar.

A atenção dada pelo mercado de petróleo ao tema sinaliza que os investidores têm se concentrado mais em eventos macro do que em fundamentos, destaca o ING Economics. "A queda no preço resultante do vírus mais do que compensa os ganhos observados após as interrupções no fornecimento de petróleo da Líbia", aponta.

Nesta sexta, também foi informado que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA subiu 3 na semana até 24 janeiro, a 676, informou hoje a Baker Hughes, companhia que presta serviços no setor.

Etanol hidratado cai 0,33% e anidro cede 0,57% nas usinas paulistas na semana

São Paulo, 24 - O valor do etanol hidratado nas usinas paulistas caiu 0,33% na semana de 20 a 24 de janeiro ante a anterior, de R$ 2,0687 para R$ 2,0618, em média, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq). O combustível continua acima dos R$ 2/litro e nos maiores patamares nominais da série histórica, que começou em novembro de 2002.

O preço tinha avançado nas quatro semanas anteriores. Já o valor do anidro recuou 0,57% no período, também após quatro semanas consecutivas de alta, de R$ 2,2675 para R$ 2,2545 o litro, em média.

ANP: etanol sobe em 22 Estados e no DF; preço médio avança 0,19% no País

São Paulo - São Paulo - Os preços médios do etanol hidratado subiram em 22 Estados e no Distrito Federal na semana de 19 a 25 de janeiro, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. O biocombustível caiu nos Estados de São Paulo, Santa Catarina e Pará. Não houve comparação no Amapá, por falta de cotação.

Na média dos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol subiu 0,19% na semana ante a anterior, de R$ 3,241 para R$ 3,247. Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, houve queda de 0,39% no período e a cotação média do hidratado variou de R$ 3,073 para R$ 3,061 o litro. A maior alta semanal, de 2,97%, foi no Amazonas e a maior queda, de 0,63%, em Santa Catarina.

Na comparação mensal, os preços do etanol subiram em 25 Estados e no Distrito Federal e recuaram apenas em Rondônia. Na média brasileira, o preço do biocombustível pesquisado pela ANP acumulou alta mensal de 3,05%.

O preço mínimo registrado na semana passada para o etanol em um posto foi de R$ 2,69 o litro, em Mato Grosso, e o menor preço médio estadual, de R$ 3,061, foi registrado em São Paulo. O preço máximo individual, de R$ 5,049 o litro, foi registrado em um posto do Rio de Janeiro. O Rio Grande do Sul registrou o maior preço médio, de R$ 4,333 o litro.

Etanol x gasolina

Na semana terminada em 25 de janeiro, os preços médios do etanol eram mais vantajosos ante os da gasolina em apenas três Estados brasileiros: Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo. Foi a terceira semana consecutiva em que isso aconteceu. O levantamento da ANP, compilado pelo AE-Taxas, considera que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.
Em Mato Grosso, o hidratado é vendido, em média, por 65,92% do preço da gasolina, em Minas Gerais a 68,74%, e em São Paulo a paridade ficou em 69,58%.
Na média dos postos pesquisados no País, a paridade é de 70,68% entre os preços médios de etanol e gasolina. A gasolina foi mais vantajosa no Rio Grande do Sul, com a paridade de 91,07% para o preço do etanol.

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Fonte:
Reuters/Agencia Estado

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