Coronavírus: mortos chegam a 80 na China; há casos confirmados em 14 países

Publicado em 27/01/2020 06:06

A TV estatal chinesa CGTN divulgou na noite deste domingo, 26, dados atualizados sobre as contaminações por coronavírus. Na China, são 2.761 casos confirmados, sendo que 80 pessoas morreram. Há ainda 5.794 casos suspeitos sob supervisão.

Ainda segunda a CGTN, 51 pessoas diagnosticadas com coronavírus foram curadas.

O número de casos confirmados fora da China também aumentaram neste domingo. Foram confirmadas infecções na Tailândia (7), Japão (3), Coreia do Sul (3), Estados Unidos (4), Vietnã (2), Cingapura (4), Malásia (3), Nepal (1), França (3) e Austrália (4). (POR ESTADÃO CONTEÚDO 26/01/2020).

Embaixada do Brasil em Manila confirma suspeita de brasileiros com coronavírus

(Reuters) - A embaixada brasileira em Manila, nas Filipinas, confirmou notícia de que há brasileiros naquele país com suspeita de terem contraído o novo coronavírus, informou o Ministério de Relações Exteriores neste domingo.

Citando informações de portais de notícias filipinos, o MRE diz que seriam um casal e uma criança de dez anos com histórico de viagem recente à região foco na China, mas que o diagnóstico ainda não foi confirmado.

A família estaria num hospital de Palawan, a cerca de 800km da capital, Manila.

O coronavírus já matou 56 pessoas e contaminou outras 2 mil na China, e autoridades de saúde ao redor do mundo correm para evitar uma pandemia, depois que alguns casos foram relatados em países como Tailândia, Austrália, Estados Unidos e França. 

A maioria dos casos aconteceu em Wuhan, na região central da China, onde se acredita que o vírus tenha se originado em um mercado que comercializava ilegalmente animais silvestres.

Coronavírus sofre mutação e se fortalece; casos em Pequim e Xangai

PEQUIM/XANGAI (Reuters) - A capacidade de se espalhar do novo coronavírus está se fortalecendo, e as infecções podem continuar a crescer, afirmou a Comissão Nacional de Saúde da China neste domingo, com mais de 2.000 pessoas no país infectadas e 56 mortas pela doença. 

Autoridades de saúde ao redor do mundo correm para evitar uma pandemia, depois que alguns casos de infecções foram relatados fora da China, como Tailândia, Austrália, Estados Unidos e França. 

O prefeito de Wuhan, epicentro do surto, disse que esperava mais 1.000 novos pacientes na cidade, que está acelerando a construção de hospitais especiais. 

O novo coronavírus gerou alarme porque ainda não se sabe muito sobre ele, como o quão perigoso é ou quão fácil se espalha entre as pessoas. Pode causar pneumonia, o que foi fatal em alguns casos. 

O ministro da Comissão Nacional de Saúde da China, Ma Xiaowei, afirmou que o período de incubação do vírus pode variar de um a 14 dias, período em que a infecção pode acontecer, o que não era o caso com a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS).

A SARS foi um coronavírus originado na China e que matou quase 800 pessoas ao redor do mundo em 2002 e 2003. 

"Segundo informações clínicas recentes, a habilidade de se espalhar do vírus parece estar ficando mais forte", afirmou Ma a repórteres.

A Organização Mundial de Saúde não caracterizou o surto como uma emergência de saúde global, mas alguns especialistas questionam se a China pode conter a epidemia. 

Oficiais de saúde em Orange County, na Califórnia, relataram um terceiro caso registrado nos Estados Unidos, em um viajante de Wuhan, que estava isolado e em boa condição. 

No sábado, o Canadá declarou seu primeiro caso “presumível” em um residente que havia retornado de Wuhan. A Austrália confirmou seus quatro primeiros casos.

Não houve mortes relatadas fora da China. 

No domingo, a China proibiu temporariamente em todo o país a venda de animais silvestres em mercados, restaurantes e plataformas de comércio eletrônico. Animais selvagens e caçados, muitas vezes empacotados juntos em mercados chineses, têm sido considerados incubadoras que permitem ao vírus evoluir e pular a barreira das espécies para os seres humanos. 

O Departamento de Estado norte-americano afirmou que irá realocar os funcionários de seu consulado em Wuhan para os Estados Unidos, e o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe disse que seu governo estava trabalhando com a China para organizar um voo que levasse cidadãos japonesas de Wuhan de volta ao país.

CANCELAMENTOS, FALTA DE SEGURANÇA

Autoridades de saúde em Pequim pediram que as pessoas não apertassem as mãos das outras, mas que se cumprimentassem com o tradicional gesto da mão em concha. O conselho foi enviado em uma mensagem de texto para usuários de celulares na cidade na manhã de domingo. 

Pequim também adiou a reabertura das escolas e universidade da cidade, depois do feriado do Ano Novo Lunar, afirmou a rádio estatal. Hong Kong já havia adiado a reabertura de suas escolas para 17 de fevereiro. 

A China tem exigido transparência na administração da crise, depois que uma tentativa de acobertá-la destruiu a confiança do público, mas oficiais em Wuhan têm sido criticados pela maneira como estão lidando com o surto. 

Ilustrando a extensão da perturbação à vida na China, o total de passageiros em viagens caiu quase 29% no sábado, o primeiro dia do Ano Novo Lunar, em relação a um ano antes, com passageiros aéreos em queda de 42%, afirmou um oficial do Ministério do Transporte.

China estende duração de feriado para tentar conter propagação do coronavírus

São Paulo - A China ampliou a duração do feriado do ano-novo lunar em três dias, para que as pessoas evitem, ou ao menos adiem, viagens de retorno para casa. O objetivo é tentar conter o surto de coronavírus, que já deixou 80 mortos e tinha 2.744 casos confirmados no domingo, 26.

Dezenas de milhões de chineses viajaram para suas cidades natais ou fizeram turismo durante o feriado, que começou na sexta-feira, 24, e acabaria na quinta-feira, 30. Agora, o país seguirá parado até o domingo, 2. A reabertura das escolas após as festividades foram suspensas por tempo indeterminado.

Mais de 30 mil pessoas que tiveram contato com pacientes infectados estão em observação na China, segundo o governo. Também há registros da doença nos Estados Unidos, no Canadá, na Austrália, na França e em diversos países asiáticos.

O presidente chinês, Xi Jinping, qualificou a situação como grave e disse que o governo está fazendo esforços para restringir viagens e aglomerações, enquanto despacha equipes médicas para Wuhan, a cidade onde o surto começou.

 

 

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Fonte:
Reuters/Agencia Estado

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