Itália tem toque de recolher por coronavírus e cresce alerta global
Os alertas mundiais sobre coronavírus entraram em um novo patamar nas últimas 48 horas, com mais relatos fora da China, toques de recolher e fechamento de fronteira. "O Covid-19 (nome técnico do novo coronavírus) já põe em risco a economia mundial", disse no domingo Kristalina Georgieva, chefe do Fundo Monetário Internacional, na reunião do G-20.
O presidente chinês, Xi Jinping, admitiu que o país vive sua maior crise sanitária desde 1949, quando se iniciou o regime comunista, e considerou que houve "deficiências" no combate inicial. O vírus, relatado no fim de dezembro em Wuhan, já causou 2.445 mortes e contaminou 78 mil.
No entanto, o ritmo de avanço nos relatos diminuiu na China - e passou a preocupar mais em outros países. A Coreia do Sul, com 602 casos de contágio, é quem mais preocupa. E o presidente, Moon Jae-in, considera que os "próximos dias serão essenciais para o controle".
Além disso, frente à multiplicação de casos no Irã, que já teve 8 mortes, Turquia, Jordânia, Paquistão e Afeganistão fecharam fronteiras e restringiram suas viagens.
A Itália decretou toque de recolher em 11 municípios em que casos de coronavírus foram confirmados - afetando cerca de 60 mil pessoas.
O famoso carnaval de Veneza foi cancelado na tentativa de impedir a propagação do vírus. O número de diagnosticados com coronavírus no país é de 152 - foram reladas três mortes.
Autoridades da região norte, onde se concentram os casos, decidiram fechar escolas, museus, teatros, cinemas. Até mesmo a catedral de Milão - o célebre Duomo - foi fechada.
França, Suíça e Áustria informaram estar em alerta com a situação no país vizinho. O ministro da Saúde francês, Olivier Veran, considera "muito provável" que surjam mais casos no país
Futuro
Um estudo do Imperial College de Londres, recém-divulgado, estima que "dois terços dos infectados com o coronavírus na China não foram detectados antes de deixar o país".
A Organização Mundial da Saúde (OMS), por sua vez, passou a ver "com cuidado" relatos envolvendo pessoas que não estiveram na China. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Quinta pessoa morre por coronavírus no norte da Itália, diz autoridade
ROMA (Reuters) - Uma quinta pessoa infectada com o coronavírus morreu na Itália, informou nesta segunda-feira o chefe da agência de Proteção Civil, com mais de 200 casos informados no norte do país desde sexta-feira.
A mídia italiana informou que o paciente morto tinha 88 anos e vinha da região da Lombardia. As outras quatro pessoas que morreram devido à doença também eram idosas e ao menos três delas sofriam de sérios problemas de saúde.
Novos casos de coronavírus aumentam na Itália, Coreia e Irã, mas China tem queda
PEQUIM/SEUL (Reuters) - Itália, Coreia do Sul e Irã relataram aumento acentuado nas infecções por coronavírus nesta segunda-feira, provocando preocupação da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas a China relaxou algumas restrições a viagens, inclusive em Pequim, já que taxa de novas infecções lá diminuiu.
O vírus colocou cidades chinesas em isolamento, interrompeu o tráfego aéreo e bloqueou as cadeias de suprimentos globais, de carros e peças a smartphones.
A onda de casos fora da China continental provocou quedas acentuadas nos mercados globais de ações e nos futuros Wall Street, enquanto os investidores buscam ativos seguros. O ouro atingiu a máxima de sete anos, o petróleo caiu quase 4% e o won coreano caiu para o nível mais baixo desde agosto.
Mas o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, alertou para não tirar conclusões precipitadas sobre o impacto na economia global ou nas cadeias de suprimentos, dizendo que era muito cedo para saber.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse não ter mais um processo para declarar uma pandemia, mas que o surto de coronavírus continua sendo uma emergência internacional.
"Estamos especialmente preocupados com o rápido aumento de casos no... Irã, Itália e República da Coreia", disse o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva na Suécia, por meio de um link de vídeo de Genebra.
A Coreia do Sul registrou 231 novos casos, totalizando 833. Muitos estão em sua quarta maior cidade, Daegu, que ficou mais isolada com a Asian Airlines e a Korean Air suspendendo voos para lá até o próximo mês.
O Irã, que anunciou seus dois primeiros casos na quarta-feira passada, afirmou ter 43 casos confirmados e oito mortes. A maioria das infecções ocorreu na cidade sagrada muçulmana xiita de Qom.
Mais casos apareceram do Oriente Médio, Bahrein e Iraque relataram seus primeiros casos e o Kuwait registrou três casos envolvendo pessoas que estiveram no Irã.
Arábia Saudita, Kuwait, Iraque, Turquia, Paquistão e Afeganistão impuseram restrições a viagens e imigração do Irã. O Afeganistão também relatou seu primeiro caso, disseram autoridades.
A OMS vem dizendo há semanas que teme que a doença atinja países com sistemas de saúde fracos.
O maior surto da Europa está na Itália, com cerca de 150 infecções - em comparação com apenas três antes da sexta-feira - e uma quinta morte.
Mas houve algum alívio para a China, já que mais de 20 jurisdições, incluindo Pequim e Xangai, não informaram nenhuma nova infecção, melhor resultado desde que o surto começou.
Excluindo a província central de Hubei, centro do surto, a China continental informou 11 novos casos, menor quantidade desde que a autoridade nacional de saúde começou a publicar dados diários em 20 de janeiro.
O coronavírus infectou quase 77 mil pessoas e matou mais de 2.500 na China.
No geral, a China informou 409 novos casos, contra 648 um dia antes, levando o número total de infecções a 7.150 em 23 de fevereiro. O número de mortos subiu em 150, para 2.592.
0 comentário
Importação de diesel pelo Brasil no ano salta com menor oferta e consumo aquecido, diz StoneX
Reunião do Copom de janeiro deve ter duas das nove diretorias vagas, dizem fontes
Vice-primeiro-ministro da China faz videochamada com secretário do Tesouro e representante comercial dos EUA
Gastos dos consumidores dos EUA desaceleram em setembro
Wall Street avança com dados de inflação aumentando apostas em corte de juros pelo Fed
Argentina busca retorno ao mercado global e anuncia leilão de título em dólares