G20 injeta US$ 5 trilhões na economia para conter coronavírus

Publicado em 26/03/2020 15:53
Grupo de países ricos anuncia apoio fiscal ousado e em larga escala

Os líderes do G20 reuniram-se hoje (26), por videoconferência, para discutir as ações para atenuar os impactos sociais e econômicos da pandemia de covid-19. De acordo com comunicado conjunto, os países estão injetando mais de US$ 5 trilhões na economia global, em políticas fiscais direcionadas, medidas econômicas e esquemas de garantia.

A reunião foi organizada pela Arábia Saudita, que está na presidência rotativa do grupo dos 20 países mais ricos do mundo. O presidente Jair Bolsonaro participou da videoconferência.

O grupo informou que vai continuar realizando um apoio fiscal ousado e em larga escala. “Estamos adotando medidas imediatas e vigorosas para apoiar nossas economias; proteger trabalhadores, empresas - especialmente micro, pequenas e médias empresas - e os setores mais afetados; e amparar os vulneráveis por meio de uma proteção social adequada”, diz o comunicado.

Entre outras ações, os países do G20 vão acompanhar os riscos de dívida em países de baixa renda devido à pandemia e pedir que seus ministros de Finanças e os bancos centrais trabalhem com as organizações internacionais para fornecer a assistência financeira internacional apropriada.

“Apoiamos as medidas extraordinárias adotadas pelos bancos centrais. Os bancos centrais agiram para apoiar o fluxo de crédito para as famílias e empresas, promover a estabilidade financeira e aumentar a liquidez nos mercados globais”, diz o comunicado.

Bolsonaro defende empregos e uso da hidroxicloroquina contra coronavírus

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro levou à cúpula virtual do G20, nesta quinta-feira, o mesmo discurso que tem defendido internamente no combate ao coronavírus, de defender a saúde das pessoas mas também os empregos, e levantou mais uma vez o uso da hidroxicloroquina como tratamento para Covid-19, mesmo sem pesquisas conclusivas.

"O presidente concentrou-se em falar da necessidade de proteger a saúde das pessoas e ao mesmo tempo proteger os empregos, pensando prioritariamente nas pessoas mais vulneráveis. Falou do avanço das pesquisas, no Brasil, nos Estados Unidos e em outros lugares, sobre o tratamento com hidroxicloroquina", disse à Reuters uma fonte diplomática.

Em fotos distribuídas pelo Palácio do Planalto, Bolsonaro aparece com uma das versões do medicamento usado contra malária, produzido por um laboratório brasileiro, na mesa a sua frente. Em outra, enquanto está falando, segura a caixa do medicamento.

Bolsonaro tem sido criticado por falar constantemente no uso da hidroxicloroquina para tratar o coronavírus, apesar da falta de resultados conclusivos. Depois da fala do presidente norte-americano, Donald Trump, dizendo que algumas pesquisas na área eram promissoras, Bolsonaro repetiu a informação, o que ajudou a promover uma corrida às farmácias atrás dos medicamentos.

Na quarta-feira, o Ministério da Saúde decidiu abrir um estudo nacional e anunciou que vai adotar a cloroquina no tratamento de casos graves de infecção pelo novo coronavírus, mas ressaltou que o medicamento não deve ser usado fora de ambientes hospitalares.

O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, disse que a intenção é deixar o medicamento à disposição dos médicos para o caso de decidirem usar em pacientes graves, com determinadas condições, que possam responder ao medicamento.

De acordo com a fonte diplomática, a reunião do G20 concentrou-se em encontrar meios de cooperação e de como os países devem agir para enfrentar a epidemia, mas também deixar os fluxos de comércio abertos e manter as cadeias de suprimento.

Em comunicado conjunto após o encontro, o G20 disse que fará "o que for preciso" para superar a crise do coronavírus e que vai injetar 5 trilhões de dólares na economia global através de medidas nacionais como parte de seus esforços para diminuir o impacto da doença.

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Fonte:
Agência Brasil / Reuters

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