Brasil tem 114 mortes por coronavírus; Mandetta pede que pessoas fiquem em casa e diz que será movido pela ciência

Publicado em 28/03/2020 15:00 e atualizado em 29/03/2020 03:58

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil tem 114 mortes provocadas pelo Covid-19, doença causada pelo coronavírus, com 22 novos óbitos registrados nas últimas 24 horas, e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, recomendou neste sábado que as pessoas fiquem em casa e afirmou que a atuação do ministério será movida pela ciência.

De acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados em entrevista coletiva neste sábado, o Brasil tem 3.904 casos confirmados de infecção por coronavírus, ante 3.417 na véspera.

Inicialmente a pasta informou que o número de mortes era de 111, mas posteriormente o dado foi corrigido pelo ministério. O ministério informou também que o índice de letalidade do Covid-19 no país é de 2,9%.

"Vamos nos mover pela ciência e pela parte técnica, com planejamento", garantiu Mandetta na entrevista coletiva.

Após uma semana em que o presidente Jair Bolsonaro defendeu enfaticamente a retomada de atividades como as de escolas e o comércio, fechados por medidas de restrição de circulação adotadas por governadores e prefeitos, Mandetta recomendou que as pessoas fiquem em casa e defendeu que haja uma articulação entre União, Estados e municípios na adoção de medidas para conter o avanço do vírus daqui para frente.

O ministro disse que o isolamento das pessoas têm permitido que leitos de terapia intensiva geralmente usados para traumas causados por acidentes de trânsito fiquem disponíveis para pacientes com Covid-19.

"Mais uma razão para a gente diminuir bastante a circulação de pessoas", afirmou Mandetta, que também disse que o isolamento dá tempo para que o sistema de saúde se organize para o momento de pico da epidemia, como por exemplo garantindo que equipamentos de proteção individual cheguem para os profissionais da saúde.

"Mais uma razão para a gente ficar em casa parado para que os equipamentos cheguem às mãos de quem precisa", disse. "Esse vírus ataca o sistema da saúde, e ataca o sistema da sociedade como um todo."

Mandetta também alertou para os riscos do uso indiscriminado da cloroquina, medicamento indicado para malária e doenças autoimunes como lúpus, no tratamento de Covid-19. Bolsonaro tem se referido frequentemente à cloroquina como uma alternativa de tratamento, embora os estudos sobre a eficácia do remédio contra o coronavírus estejam ainda em fase preliminar, como disse o ministro neste sábado.

"Cloroquina não é panaceia", disse Mandetta, apontando que o remédio pode ter contraindicações e afetar órgãos vitais do organismo, como o fígado. "Podemos ter mais mortes pelo mau uso do medicamento do que pela própria virose."

Mandetta disse que o Ministério da Saúde está trabalhando junto com o Ministério da Economia e com secretários estaduais de Saúde para que exista uma articulação em relação às medidas de restrição de circulação.

Embora tenha dito que Bolsonaro está "certíssimo" em manifestar sua preocupação com a possibilidade de pessoas morrerem por causa de uma crise econômica gerada pelas restrições, Mandetta não descartou a possibilidade de ser necessária a adoção de um lockdown total para conter a epidemia.

"O lockdown pode vir a ser necessário", afirmou, ao mesmo tempo que defendeu que os gestores locais arbitrem as medidas necessárias a cada momento.

Mandetta voltou a afirmar que permanecerá no cargo, em meio a atritos entre as recomendações do ministério e a retórica pública de Bolsonaro em relação à pandemia. O presidente já se referiu mais de uma vez ao Covid-19 como uma "gripezinha".

"Volto a repetir: vou ficar aqui junto com vocês enquanto o presidente permitir, enquanto eu tiver saúde... Ou (até) a hora que não for mais necessário estarmos aqui", garantiu.

"Os mesmos que fazem carreata vão ficar em casa", diz Mandetta (Estadão Conteúdo)

Em discurso contundente pela manutenção das medidas de isolamento para conter o avanço da covid-19, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, se posicionou contra carreatas que ocorreram em diversos Estados do País pela flexibilização da quarentena e a retomada de atividades econômicas. O ministro afirmou que o novo coronavírus entrou no Brasil através da elite econômica e que é preciso preservar o sistema de saúde brasileiro neste momento para garantir atendimento a todos.

"Fazer movimento assimétrico de efeito manada... Daqui a duas semanas, três semanas, os mesmos que falam 'vamos fazer carreata' vão ser os mesmos que vão ficar em casa. Não é hora", declarou Mandetta durante coletiva de imprensa nesta sábado, 28, para atualizar dados sobre a epidemia no País.

Ontem, o presidente Jair Bolsonaro chegou a classificar o movimento de pessoas que saíram às ruas de carro para protestar contra a quarentena como "fantástico" e disse que governadores e prefeitos deveriam prestar atenção.

"Essa doença entrou pela elite do Brasil, elite econômica. Aqui em Brasília, os casos são quase todos no Plano Piloto e no Lago Sul, não chegou na periferia do sistema. Como no Rio de Janeiro, a Barra da Tijuca, o Leblon, ainda não chegou, está começando a entrar nas comunidades", alertou Mandetta neste sábado.

Ele disse que, no momento, os minutos valem horas para combater a propagação do vírus, que já contaminou mais de 3 mil brasileiros e matou 114, segundo a última atualização feita na tarde de hoje. Mandetta afirmou, ainda, que é preciso poupar o sistema de saúde porque os profissionais ainda não possuem materiais adequados em quantidade suficiente. Se médicos e enfermeiros se contaminarem, o ministro afirma que não haverá pessoas para usar os equipamentos e atender as pessoas.

"Agora vai ter que poupar o sistema de saúde. Não é hora de sobrecarregar o sistema, seja em nome do que for. É hora de aguardar, vamos ver como essa semana vai se comportar e nós vamos ter essa semana a discussão dentro da saúde para achar os parâmetros."

Cloroquina

Ainda na contramão do discurso de Bolsonaro, Mandetta falou que o uso da cloroquina, ainda em estudo como medicamento de combate ao novo coronavírus, não tem comprovação científica. "Cloroquina não é panaceia. Não é o remédio que veio para salvar a humanidade", disse.

De acordo com o ministro, há vários medicamentos em estudo e a cloroquina só tem sido usada para casos graves da covid-19. Do contrário, pode causar arritmia cardíaca e sobrecarregar o fígado.

"Se sairmos com a caixa desse medicamento falando 'pode tomar', nós podemos ter mais mortes por mau uso de medicamento do que pela própria virose. Então, não façam isso. Esse medicamento tem a sua indicação para lúpus, artrite rematóide e malária, claramente colocado ali", enfatizou.

Na última semana, durante reunião com os países que compõem o G20, o presidente Jair Bolsonaro levou uma caixa de hidroxicloroquina e falou sobre os benefícios do fármaco. Depois, em conversa com jornalistas, Bolsonaro disse que ouviu falar que o remédio tem sua eficácia "100% comprovada".

 

90% das vítimas fatais por Covid-19 tinham acima de 60 anos, diz Ministério (Estadão Conteúdo)

O Ministério de Saúde divulgou neste sábado, 28, o perfil dos óbitos por Covid-19, transmitido pelo novo coronavírus. Segundo os dados, 90% das vítimas fatais tinham acima de 60 anos Ainda, 84% apresentaram pelo menos um fator de risco. Entre eles, cardiopatia, diabetes e pneumopatia.

Até o momento 61,4% das pessoas que vieram a óbito foram homens, 62 casos. Já mulheres representam 38,6%, com 39 casos. O maior número de óbitos foram registrados na última quinta-feira, 26, quando 14 pessoas morreram.

Até as 15h deste sábado, 28, quando os dados apresentados foram fechados, 15.140 pessoas estavam hospitalizadas por conta da Covid-19. Deste, 569 foram confirmados com a doença.

 

Coronavírus já está confirmado em pelo menos quatro favelas do rio

O coronavírus continua se espalhando por favelas do Rio de Janeiro. Depois do caso confirmado pela prefeitura na Cidade de Deus (zona oeste), no balanço atualizado pela administração municipal até as 18h de sexta-feira (27) foram anunciados dois casos em Manguinhos, um em Parada de Lucas (ambas comunidades da zona norte) e um no Vidigal (favela da zona sul).

Ao todo, existem 431 casos confirmados de covid-19 no município do Rio, a maioria deles na Barra da Tijuca (60), seguida por Leblon (42), Ipanema (33) e Copacabana (31), todos na zona sul. Ao todo, 63 bairros têm casos registrados de covid-19. De quinta para sexta-feira, foram confirmados 63 novos casos. A média de idade dos pacientes com a doença confirmada é de 47,9 anos. Estão internados em UTI da rede municipal 22 pacientes.

Considerando que não estão sendo feitos testes em massa e muitas vítimas do coronavírus não apresentam sintomas graves e por isso não procuram a rede de saúde, a prefeitura estima que o número real de casos até o dia 24 seja de 4.471. O número de casos em favelas, nesse caso, também seria muito maior.

 

Hospital abre inquérito para apurar negligência em caso de morte por covid-19

O Hopital Rio Mar, na Barra da Tijuca, na zona oeste, abriu inquérito administrativo para apurar a morte de um homem de 60 anos infectado pelo novo coronavírus, que denunciou ter sido abandonado pelos profissionais da unidade. Em áudios gravados quando estava na UTI do hospital - que pertence à Rede D’Or -, Jorge José González Sebá disse que médicos e enfermeiros o abandonaram no local por terem medo de se contaminar com o vírus

"Me deixaram sem informação, isolado, como se fosse um bicho. Eu me esgoelo, grito, chamo as pessoas. Ninguém atende. Tenho dificuldade até para urinar", denunciou. Ele também alegou que teria passado 48 horas isolado no leito, sem nenhum tipo de atendimento - como limpeza ou troca de fraldas, por exemplo. Diabético, González foi internado no sábado, 21; seu corpo foi cremado nesta quinta-feira, 26.

González era cônsul honorário do Suriname no Rio. Além disso, era capitão reformado do Exército. Tinha mulher e três filhos. A Barra da Tijuca é o bairro do Rio com o maior número de casos de coronavírus, segundo o balanço de ontem da Prefeitura. São 60, de um total de 431 na cidade.

Paraguai estende para duas semanas quarentena obrigatória para frear expansão do coronavírus

ASSUNÇÃO (Reuters) - O Paraguai anunciou neste sábado que estenderá as medidas de isolamento para evitar a expansão do coronavírus até 12 de abril, embora tenha acrescentado duas exceções que buscam dar respiro à população diante da paralisação da atividade econômica.

O governo foi criticado principalmente por associações de médicos e profissionais da saúde depois de uma mensagem confusa de alguns de seus ministros na noite de sexta-feira sobre a duração das medidas e as concessões que fariam.

“Depois de escutar os argumentos de todos os setores, decidi manter o isolamento total até 12 de abril. Peço um esforço a mais para todos! Continuemos solidários com nosso sistema de saúde”, disse o presidente Mario Abdo, pelo Twitter.

O assessor da Presidência Hernán Hutteman explicou que as duas novas exceções habilitam empregadores a realizar acordos para o pagamento de salários a empregados e fornecedores, e ao Ministério da Educação e Ciência a convocar funcionários que entreguem alimento a famílias pobres.

O Paraguai foi um dos primeiros países do continente a aplicar medidas restritivas para evitar a propagação do vírus. Em 11 de março, suspendeu as atividades em instituições educativas e eventos de aglomerações em massa, e uma semana depois decretou o isolamento total da população, com exceção para quem realiza trabalhos essenciais e que precisem se abastecer.

Merkel agradece alemães que cumpriram orientações e isolamento deve continuar até pelo menos 20 de abril

FRANKFURT (Reuters) - Os alemães têm, no geral, cumprido as orientações para evitar a disseminação do coronavírus, afirmou a chanceler, Angela Merkel, neste sábado, com os casos do país continuando a crescer e seu chefe de gabinete afirmando que a quarentena não será afrouxada antes de 20 de abril.

“Quando vejo que quase todo mundo completamente modificou seu comportamento, como a grande maioria de vocês realmente evitou contato desnecessário, precisamente porque pode também conter o risco de infecção, quero simplesmente dizer: obrigado, obrigado do fundo do meu coração”, afirmou Merkel, em seu podcast semanal.

O número de casos confirmados de coronavírus na Alemanha subiu para 48.582 - crescimento de 6.294 em relação ao dia anterior - e 325 pessoas morreram pela doença, estatísticas do Instituto Robert Koch de doenças infecciosas mostraram neste sábado.

A Alemanha fechou escolas, lojas, restaurantes, parques e instalações esportivas, e muitas empresas pararam a produção para ajudar a diminuir o ritmo da disseminação.

Para mitigar os efeitos econômicos do isolamento, a Alemanha fechou um pacote de estímulo de 750 bilhões de euros e introduziu medidas que envolvem flexibilizar regras de insolvência e uma moratória em pagamentos de aluguéis sob certas circunstâncias.

Canadá impedirá que passageiros doentes embarquem em voos domésticos e trens intermunicipais

WINNIPEG, Canadá (Reuters) - O Canadá não permitirá que ninguém que manifeste sintomas de Covid-19 embarque em voos domésticos ou trens intermunicipais, afirmou o primeiro-ministro, Justin Trudeau, neste sábado.

O governo de Trudeau tem pedido há tempos que canadenses sentindo-se doentes fiquem em casa, mas afirmou a repórteres em sua entrevista coletiva diária que a Transport Canada agora formalizou regras de viagens, com os casos crescendo com regularidade.

As restrições serão colocadas em ação na segunda-feira, ao meio-dia.

Questionado sobre como a triagem seria diferente, Trudeau afirmou que o governo forneceria novas ferramentas para companhias aéreas e ferroviárias, mas não entrou em detalhes.

Mesmo checagens avançadas não oferecem “garantias” que pessoas doentes não embarcarão, porque os sintomas podem ser escondidos, disse Howard Njoo, vice-chefe de saúde pública do Canadá, em outra entrevista coletiva.

O Canadá tem 5.153 casos de coronavírus e 55 mortes, afirmaram autoridades de saúde. Embora o número de casos esteja subindo, a taxa de crescimento em British Columbia, província na costa do Pacífico onde a transmissão sustentada foi relatada pela primeira vez, parece estar diminuindo, afirmou a chefe de Saúde Pública, Theresa Tam.

“Há sinais de esperança”, disse ela a repórteres em Ottawa.

Presidente mexicano endurece postura e pede que pessoas fiquem em casa para conter pandemia

CIDADE DO MÉXOC0 (Reuters) - O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, pediu nesta sexta-feira que as pessoas fiquem em casa para evitar uma “avassaladora” disseminação do coronavírus, tomando sua posição mais forte até o momento contra a pandemia que matou mais de 27.000 pessoas ao redor do mundo e infectou quase 600 mil.

“Precisamos ficar em nossas casas, precisamos manter uma distância saudável”, disse López Obrador em um vídeo de 14 minutos no YouTube, alertando que o sistema de saúde pode não ser capaz de lidar com um surto intenso de casos, embora o México, até agora, tenha registrado menos casos que outros países.

Autoridades sanitárias mexicanas relataram 717 casos de coronavírus, na sexta-feira, de 585 um dia antes. O país registrou 12 mortes pela doença até agora.

“Se não ficarmos dentro de casa, o número de infecções pode disparar, e isso saturaria nossos hospitais”, disse. “Seria avassalador.”

López Obrador também reconheceu que o impacto econômico de um grande surto seria pior no longo prazo se as empresas não enviassem seus funcionários para casa, mudando de tom após avisar anteriormente que o fechamento dos negócios causaria mais danos do que o vírus.

“Eu sei que isso significará custos, mas podemos perder mais. Sem prevenção, a economia pode cair mais”, disse.

O México entrou em recessão ano passado, e sua economia fragilizada foi um dos fatores que levou a popularidade do presidente para baixo de 50% pela primeira vez em uma pesquisa publicada na sexta-feira.

Itália registra 889 mortes por coronavírus em um dia, total chega a 10.023

MILÃO (Reuters) - O número de mortes pela epidemia de coronavírus na Itália subiu em 889, disse a Agência de Proteção Civil neste sábado, o segundo maior aumento diário desde o início do surto no dia 21 de fevereiro.

O número total de mortos na Itália atingiu 10.023, de longe o país com maior número de mortes por coronavírus no mundo.

O maior aumento diário de mortos na Itália foi registrado na sexta-feira, quando 919 pessoas morreram. Antes disso, aconteceram 712 mortes na quinta-feira, 683 na quarta, 743 na terça e 602 na segunda.

O número total de casos confirmados na Itália subiu no sábado para 92.472, ante 86.498.

A Itália tem o segundo maior número de casos no mundo, atrás dos Estados Unidos. O país superou o número de infectados da China na sexta.

Na Itália, 12.384 pessoas infectadas se recuperaram no sábado, comparado com as 10.950 no dia anterior. Um total de 3.856 pessoas estavam em cuidados intensivos, contra dado anterior de 3.732.

Reino Unido terá feito bom trabalho se morrerem menos de 20 mil por coronavírus, diz diretor do Serviço Nacional de Saúde

LONDRES (Reuters) - O Reino Unido terá feito um bom trabalho se passar pela crise do coronavírus com menos de 20 mil mortes, afirmou o diretor médico do Serviço Nacional de Saúde (NHS), Stephen Powis, neste sábado.

Questionado se esperava que o Reino Unido não estivesse na mesma trajetória de outros países, como a Itália, Powis disse: “Se conseguirmos manter as mortes abaixo de 20 mil, teremos feito um bom trabalho nesta pandemia”.

“Se for menos de 20 mil... isso seria um bom resultado, embora cada morte seja uma tragédia, mas não podemos ser complacentes sobre isso”, disse Powis, em uma entrevista coletiva em Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro, ao lado do secretário de Comércio, Alok Sharma.

Ele disse que o NHS tem trabalhado muito duro para aumentar a capacidade de tratamento intensivo além dos 4 mil leitos que normalmente possui.

Acrescentou que o NHS estava preparando salas de cirurgia e áreas de recuperação para tratar dos pacientes críticos. Afirmou que isso estava acontecendo em hospitais de Londres, quase duplicando suas capacidades, embora ainda não tivesse sido usado para tratar pacientes.

“No momento, estou confiante que a capacidade existe”, disse Powis. “Ainda não atingimos a capacidade.”

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Fonte:
Reuters/Estadão Conteúdo

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