Brasil passa de 10 mil casos de coronavírus e tem 431 mortes; ministério alerta para aceleração

Publicado em 04/04/2020 16:37 e atualizado em 05/04/2020 11:26

(Reuters) - O Brasil registrou 1.222 novos casos de coronavírus, neste domingo, e chegou a um total de 10.278, com 431 mortes provocadas pela Covid-19, um aumento de 72 óbitos em relação à véspera, informou o Ministério da Saúde.

A marca de 10 mil casos foi atingida no mesmo dia que o ministério alertou que o Distrito Federal e os Estados de São Paulo, Ceará , Rio de Janeiro e Amazonas podem estar na transição da fase de epidemia localizada para a situação de aceleração descontrolada.

"Esses são os Estados que estamos percebendo que devem fazer essa transição para um aumento maior no número de casos nas próximas semanas", disse o secretário-executivo do ministério, João Gabbardo, em entrevista coletiva.

Segundo ele, os primeiros Estados a se aproximarem do segundo nível na escala da epidemia são aqueles que têm uma relação maior de viagens internacionais, mas outras unidades da federação futuramente também devem avançar.

Gabbardo citou especificamente os Estados do Sul, que devem sofrer com a chegada do inverno.

O aumento diário de casos registrados neste sábado representa o maior número absoluto desde o início do surto no Brasil, mas em termos percentuais ficou em 13%, abaixo do crescimento de 15% registrado na véspera.

Em relação às mortes, o aumento percentual foi de 20%, repetindo o número da sexta-feira.

Segundo o ministério, com os números atualizados neste sábado o Brasil aparece como o 16º país no mundo com mais casos confirmados do novo coronavírus e em 14º em números de mortes.

No total, mais de 1,1 milhão de pessoas tiveram a doença confirmada no mundo, das quais quase 63 mil morreram, de acordo com a pasta.

Os Estados Unidos são o país com o maior número de casos, com mais de 270 mil, enquanto a Espanha é a nação que tem o maior número de óbitos até o momento, com mais de 7.100, segundo levantamento da Reuters. (https://graphics.reuters.com/CHINA-HEALTH-MAP/0100B59S43G/index.html)

Entre os Estados brasileiros, São Paulo continua sendo o epicentro de casos no país, com 4.466 registros e 260 mortes, à frente do Rio de Janeiro, que contabiliza 1.246 casos e 58 óbitos.

A Região Sudeste concentra 61,2% dos casos no país, enquanto o Nordeste tem 16%, o Sul, 11,1%, o Centro-Oeste, 6,6%, e o Norte, 5,1%.

Diretor do Butantan afirma que Brasil está só no começo da epidemia

O diretor do Instituto Butantan e membro do Comitê de Contingência do Coronavírus, Dimas Covas, disse hoje (3), que o tamanho da epidemia de covid-19 no país será percebido já nas próximas semanas.

“Nas duas ou três semanas vamos conhecer exatamente o tamanho dessa epidemia. Estamos no começo dela e vamos saber [nessas próximas semanas] se vamos encontrar um Everest [montanha de maior altitude do mundo] ou um monte mais suave”, disse ele.

Número diário de mortes por coronavírus na França diminui para 441

PARIS (Reuters) - Um total de 441 pessoas morreram de infecções por coronavírus na França nas últimas 24 horas, ante 588 no dia anterior, disse o diretor do Ministério da Saúde neste sábado.

O número de mortos em hospitais e asilos franceses desde o início do surto agora é de 7.560, disse Jérôme Salomon em entrevista coletiva.

O número total de casos de coronavírus na França ficou em 68.605 neste sábado, um aumento de 6,6% em comparação com o dia anterior.

Salomon acrescentou que 28.143 pessoas estavam no hospital por infecção da Covid-19, sendo que havia 6.838 casos graves em unidades de terapia intensiva. Nas últimas 24 horas, 502 novos casos foram admitidos em terapia intensiva, em comparação com 641 no dia anterior e 729 na quinta-feira.

"O número de pessoas que se recuperaram também está aumentando rapidamente, porque temos 15.438 pessoas que saíram do hospital curadas e milhares de outras que ficaram confinadas em casa e também se recuperaram", disse Salomon.

Espanha vê desaceleração em número de mortos por coronavírus

MADRI (Reuters) - A Espanha relatou mais mortes causadas pelo novo coronavírus nesta sexta-feira, mas a quantidade de pessoas que sucumbiu de quinta para sexta foi menor do que a do dia anterior.

Ampliando o maior número de mortos da doença depois da vizinha europeia Itália, 932 pessoas morreram em 24 horas na Espanha, o que elevou o total a 10.935, informou o Ministério da Saúde.

Foi a primeira vez em mais de uma semana que a cifra diminuiu em relação ao dia anterior.

Na quinta-feira, 950 novas mortes foram computadas.

Mais casos novos também foram registrados, mas o índice de infecções recuou. Com 117.710 casos, a Espanha agora só tem menos infectados do que os Estados Unidos, que têm uma população sete vezes maior.

O primeiro-ministro, Pedro Sánchez, impôs um dos isolamentos mais rigorosos da Europa, só permitindo que empregados de setores essenciais saiam para trabalhar.

Bares, restaurantes e lojas estão fechados.

Os espanhóis estão confinados desde 14 de março, e o ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, disse na noite de quinta-feira que Sánchez decidirá nos próximos dias se prolongará o prazo.

A região ao redor da capital Madri teve mais infecções e mortes do que qualquer outra do país – mais de 4.400 pessoas já morreram, mostraram dados nesta sexta-feira.

Os hospitais mal estão dando conta, e mais pessoas estão morrendo nas casas de repouso da área, que abrigam cerca de 50 mil pessoas na faixa etária mais vulnerável.

Os necrotérios estão sobrecarregados, o que levou as autoridades regionais a montarem a terceira instalação improvisada em uma pista de patinação no gelo próxima da capital nesta sexta-feira, adaptando o espaço de 1.800 metros quadrados para receber corpos.

Registro diário de mortes e casos de coronavírus na Itália se estabiliza com 766 novos óbitos

ROMA (Reuters) - O número de mortos pelo surto de coronavírus na Itália aumentou em 766 para 14.681 óbitos, informou a Agência de Proteção Civil do país nesta sexta-feira, um crescimento pouco acima das 760 fatalidades registradas no dia anterior.

O número de novos casos teve leve queda, com 4.585 infecções, ante 4.668 anteriormente, elevando o número total de infecções desde o surgimento do surto, em 21 de fevereiro, para 119.827.

A sexta-feira foi o quinto dia consecutivo em que o número de novos casos permaneceu num intervalo entre 4.050 e 4.782, confirmando as esperanças do governo de que a epidemia atingiu seu pico, antes de um esperado declínio no futuro próximo.

A Itália atingiu um pico diário de 6.557 novos casos em 21 de março.

O número diário de mortos esteve entre 727 e 766 nos últimos três dias, abaixo dos 837 de terça-feira e do pico de 919 na sexta-feira da semana passada.

Dos originalmente infectados em todo o país, cerca de 19.758 haviam se recuperado totalmente nesta sexta-feira, ante 18.278 no dia anterior. Havia 4.068 pessoas em terapia intensiva, acima das 4.053 anteriores.

A Itália registrou mais mortes do que em qualquer outro lugar do mundo e responde por mais de um quarto de todas as mortes globais pelo vírus.

Na região da Lombardia, epicentro do surto, o número de mortes diárias foi um pouco menor do que no dia anterior, chegando a 351, contra 367 na quinta-feira, mas novas infecções aumentaram para 1.455, contra 1.292.

Itália tem 1ª redução de pacientes em UTIs por coronavírus

O número de pacientes em unidades de terapia intensiva (UTIs) diminuiu pela primeira vez na Itália desde a explosão da pandemia de coronavírus no país, há mais de um mês, anunciou a Proteção Civil neste sábado, 4. De acordo com o chefe da Proteção Civil, Angelo Borrelli, o total de doentes de covid-19 em UTIs nos hospitais italianos voltou a ficar abaixo de 4 mil (3.994, na véspera havia 4.068).

"É uma notícia importante, porque permite aos nossos hospitais respirarem. É a primeira vez que este número cai desde que administramos esta crise", explicou Borrelli.

A queda foi detectada em particular na Lombardia (norte), a região mais afetada, onde os hospitais estão lotados, com 1.326 pessoas em UTIs, ou seja, 50 a menos do que na véspera.

O país também registrou 681 novas mortes pelo coronavírus nas últimas 24 horas, no menor número nos últimos nove dias - em 25 de março, registrou 683 mortes -, ainda que elevando para 15.362 o total de vítimas na pandemia.

O dado representa um recuo de 10% na comparação com o dia anterior.

"Esse número de mortes está em diminuição constante. Quero lembrar que em 27 de março alcançamos um teto, com cerca de 1 000 mortos", destacou Borrelli.

Foram ainda registrados 4.805 novos casos de infecção, o que eleva o número total de pessoas infectadas desde o início da pandemia para 124.632.

Há ainda 20.996 pessoas que se recuperaram da covid-19.

Estado de Nova York registra mais de 600 mortos em um dia por coronavírus

NOVA YORK (Reuters) - Doenças relacionadas ao coronavírus mataram 630 pessoas no último dia no Estado de Nova York, disse o governador Andrew Cuomo nestO novo coronavírus já matou 3.565 pessoas no Estado e a situação é particularmente preocupante em Long Island, a leste da cidade de Nova York, onde o número de casos "é como um incêndio se espalhando", declarou Cuomo em entrevista coletiva.

Especialistas em saúde calculam que Nova York pode estar a cerca de uma semana do pior ponto da crise de saúde que matou cerca de 60.000 pessoas em todo o mundo.

"Ainda não estamos no ápice, estamos nos aproximando... Nossa leitura das projeções é que estamos em algum lugar na faixa de sete dias", disse Cuomo.

"Faz apenas 30 dias desde o nosso primeiro caso", afirmou ele. "Parece uma vida inteira."

Os Estados Unidos têm o maior número mundial de casos conhecidos de Covid-19, a doença respiratória semelhante à gripe causada pelo coronavírus.

Os especialistas médicos da Casa Branca previram que entre 100.000 e 240.000 norte-americanos podem ser mortos na pandemia, mesmo que as ordens de ficar em casa sejam seguidas.

Casos de coronavírus na Austrália ficam estáveis; navios de cruzeiro são enviados para casa

MELBOURNE (Reuters) - A Austrália relatou uma queda sustentada de novas infecções por coronavírus e conduziu a maior operação marítima em tempo de paz no Porto de Sydney neste sábado, reabastecendo navios de cruzeiro estrangeiros antes de expulsá-los das águas locais.

Os casos confirmados aumentaram 198 no período de 24 horas até a tarde de sábado, elevando o total nacional para 5.548, mostraram dados do Ministério da Saúde. O número de mortes por Covid-19, a doença respiratória causada pelo vírus, aumentou para 30.

Isso manteve a nova taxa diária de infecções do país em cerca de 5%, significativamente abaixo dos aumentos de 25% a 30% registrados há duas semanas, mas as autoridades enfatizaram que ainda é muito cedo para declarar vitória.

"O que eu realmente advertiria contra é pensar que passamos por isso completamente, porque definitivamente não conseguimos", disse o vice-diretor de saúde Paul Kelly, em uma entrevista na televisão.

"Nós realmente temos que ser muito vigilantes agora."

A Austrália impôs um distanciamento social rigoroso, incluindo a limitação de reuniões públicas a apenas duas pessoas. Fronteiras estaduais, cafés, clubes, parques e academias foram fechados. Vários Estados também deram à polícia o poder de aplicar as regras por meio de pesadas multas e até penas de prisão.

Reino Unido se prepara para longo isolamento; número de mortos sobe para 4.313

LONDRES (Reuters) - O Reino Unido não deverá suspender suas rigorosas regras de isolamento até o final de maio, quando a disseminação do coronavírus deve começar a desacelerar, disse um importante conselheiro do governo neste sábado, quando o número de mortos subiu para 4.313.

O governo colocou o Reino Unido em um isolamento generalizado, fechando bares, restaurantes e quase todas as lojas, enquanto ordena que as pessoas fiquem em casa, a menos que seja absolutamente essencial se aventurar.

O pedido foi projetado para conter a disseminação do Covid-19 no país, que tem quase 42.000 casos confirmados. Mas alguns especialistas começaram a questionar se o fechamento da economia custará mais vidas no longo prazo.

"Queremos mudar para uma situação em que, pelo menos até o final de maio, possamos substituir algumas medidas menos intensivas, mais baseadas em tecnologia e testes, pelo bloqueio completo que temos agora", disse Neil Ferguson, professor de biologia matemática no Imperial College London, disse à BBC Radio.

O número de mortos na Grã-Bretanha pelo coronavírus aumentou em 20%, para 4.313 na tarde de sexta-feira, com 708 novas mortes registradas, informou o Ministério da Saúde. Isso comparado a um aumento de 23% na quinta-feira.

Autoridades indianas alertam para ampliação de isolamento por Covid-19

MUMBAI (Reuters) - O número de novos casos confirmados de coronavírus no sul da Ásia se aproximou de 6.000 neste sábado, mesmo com fortes restrições de movimento em algumas cidades, o que fez autoridades advertirem que os isolamentos podem ser ampliados em uma tentativa de conter a pandemia.

"Se as pessoas não obedecerem seriamente às regras e os casos continuarem aumentando, talvez não haja outra opção a não ser estender o isolamento", disse à Reuters Rajesh Tope, ministro da Saúde do Estado de Maharashtra, que inclui o centro financeiro de Mumbai.

"Pode ser estendido em Mumbai e nas áreas urbanas de Maharashtra por duas semanas."

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, disse nesta semana que o país retirará o isolamento planejado por três semanas de forma gradual. A Índia foi a mais atingida pela doença no sul da Ásia, com cerca de 2.902 casos, dos quais 68 morreram.

Maharashtra confirmou 516 casos de Covid-19 - a doença causada pelo coronavírus - e 26 pessoas morreram.

Embora o governo planeje revisar o isolamento, previsto para terminar em 14 de abril, três autoridades de alto escalão disseram à Reuters que isso dependerá de uma avaliação da situação em cada Estado, e os isolamentos e restrições serão ampliados nos distritos onde a disseminação de casos de coronavírus for contínua.

Coreia do Sul prorroga distanciamento social para atingir 50 casos diários de coronavírus

SEUL (Reuters) - A Coreia do Sul disse neste sábado que estenderá sua intensa campanha de distanciamento social programada para terminar na segunda-feira por mais duas semanas, numa tentativa de reduzir a taxa de infecções por coronavírus para cerca de 50 por dia.

O país conseguiu em grande parte controlar a maior epidemia da Ásia fora da China, com cerca de 100 ou menos novos casos diários. Mas surtos menores em igrejas, hospitais e asilos, assim como infecções entre os viajantes, continuam a surgir.

Esta semana, o governo avaliou se deveria prorrogar uma política intensiva de 15 dias implementada em 21 de março, sob a qual as instalações de alto risco foram obrigadas a fechar e as reuniões religiosas, esportivas e de entretenimento foram proibidas.

Mas é muito cedo para aliviar, disse o ministro da Saúde, Park Neung-hoo, citando um recente aumento de casos importados e pequenas infecções de grupos que também levaram o governo a cancelar a reabertura de escolas na próxima semana.

"Nosso objetivo é ser capaz de controlar as infecções de uma maneira que nosso sistema médico e de saúde, incluindo pessoal e leitos, possam lidar com elas nos níveis habituais", disse Park em uma entrevista após reunião do governo sobre o coronavírus.

"Se o número cair para 50 ou menos, o tratamento estável dos pacientes, incluindo os doentes graves, será possível sem muita pressão no sistema".

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Fonte:
Reuters

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