Grendene anuncia retomada gradual da produção a partir de 13 (segunda-feira)

Publicado em 09/04/2020 21:21

SÃO PAULO (Reuters) - A fabricante de calçados Grendene <GRND3.SA> anunciou nesta quinta-feira que fará retomada gradual da produção a partir da próxima segunda-feira.

Em fato relevante, a empresa anunciou que sua unidade em de Farroupilha (RS) retomará as operações de forma parcial no dia 13, com redução de jornada e salários em 50%.

Jás as fábricas no Ceará seguirão em férias coletivas, em Sobral e Crato até dia 26 e, em Fortaleza, até dia 12 de maio.

Na véspera, a fabricante gaúcha de móveis Unicasa <UCAS3.SA> avisou que retomaria suas operações presenciais no dia 13.

Esses são os primeiros movimentos de volta das atividades produtivas, enquanto vários governos regionais estendem medidas de isolamento social para tentar conter a pandemia do coronavírus no Brasil.

GM vai estender o fechamento de fábricas no Brasil por 60 dias

SÃO PAULO (Reuters) - A General Motors planeja manter suas fábricas no Brasil paradas por pelo menos mais 60 dias a partir da segunda-feira, afirmou a companhia nesta quinta-feira, em meio à votação do último grupo de trabalhadores sobre sua proposta de enfrentamento da crise gerada pela epidemia de coronavírus.

As fábricas da GM no Brasil estão fechadas desde 30 de março, quando a companhia deu férias coletivas para os funcionários em meio às medidas de quarentena adotadas por Estados e municípios.

O prazo de paralisação deixa a GM atrás de cronogramas definidos para retomada de trabalhos em fábricas de montadoras europeias, que estão afirmando que pretendem voltar a produzir até o final deste mês. Nos Estados Unidos, montadoras incluindo Fiat Chrysler e Toyota esperam retomar a produção no começo de maio.

A GM não definiu prazo para reabertura de fábrica em outras regiões do mundo.

A montadora norte-americana afirmou que a maioria de seus funcionários no Brasil aceitaram o plano de fechamento das fábricas e redução de salário em até 25%. A base sindical que ainda não decidiu, São José dos Campos (SP), deve terminar a votação na noite desta quinta-feira.

Se a crise do coronavírus não permitir a retomada das fábricas dentro de 60 dias, a GM poderá prorrogar a paralisação para 90 dias, segundo documento visto pela Reuters.

Renault estende parada das fábricas no Brasil até 3 de maio

SÃO PAULO (Reuters) - A Renault anunciou nesta quinta-feira prorrogação na parada de seu complexo fabril no Paraná até 3 de maio, ante prazo anterior em que tinha dado férias coletivas aos funcionários até 14 de abril.

"O sindicado da categoria informou que foi reprovada a possibilidade de colocar em ampla votação pelos colaboradores as medidas de flexibilidade previstas na MP 936, que instituiu o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, mesmo a empresa tendo proposto condições superiores às estabelecidas na medida provisória", afirmou a montadora em comunicado à imprensa.

As quatro fábricas do complexo fabril da Renault em São José dos Pinhais (PR), que emprega cerca de 7.500 funcionários, estão paradas desde 25 de março.

Petrobras hiberna 6 plataformas em 5 campos da Bacia de Campos

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras comunicou em carta a sindicato de petroleiros que irá hibernar seis plataformas de produção de petróleo e gás em cinco campos na Bacia de Campos, como parte das medidas empenhadas para reduzir custos em meio a uma crise do setor de petróleo, conforme o documento visto pela Reuters.

As medidas ocorrem enquanto a companhia busca se adaptar ao novo cenário de preços do petróleo, que sofreram queda de cerca de 50% neste ano, diante de uma retração da demanda por influencia do novo coronavírus e de uma guerra de preços travada por Arábia Saudita e Rússia.

Na carta, datada de quarta-feira, a petroleira estatal reafirmou ver a atual crise da indústria do petróleo como a pior dos últimos 100 anos.

"O cenário de incerteza é tamanho que precisamos ir além e tomar medidas preventivas para redução de desembolso e preservação do nosso caixa, a fim de reforçar a solidez financeira e a resiliência dos nossos negócios", disse a carta.

"Essas medidas incluem parada de algumas unidades de produção, postergação e redução de gastos com pessoal e dividendos, entre outras."

As plataformas a serem hibernadas na Bacia de Campos são Cherne 1 e 2, no campo de Cherne; Namorado 1 e 2, no campo de Namorado; Petrobras-09, nos campos de Congro e Corbina; e Garoupa, no campo de Garoupa, segundo o documento, assinado pela gerente setorial de Relações Sindicais, Marta Garcia.

O comunicado veio após a empresa ter informado neste mês corte de 200 mil barris diários de sua produção e fixado um patamar de 2,07 milhões de barris por dia (bpd) de bombeamento para abril, ante média de 2,394 milhões de bpd registrada no último trimestre de 2019.

Ainda no documento, a Petrobras citou que medidas em curso pela companhia incluem parada de algumas unidades de produção, postergação e redução de gastos com pessoal e dividendos, entre outras.

Entre as instalações que estão sendo hibernadas, além das plataformas em águas rasas, estão ainda campos terrestres, segundo a carta. "Tais plataformas e campos operam com custo de produção mais elevado. No caso das plataformas, em virtude da queda dos preços do petróleo, passaram a ter fluxo de caixa negativo", afirmou.

A Petrobras disse ainda que cada instalação terá seu planejamento próprio de hibernação.

"Tal planejamento inclui, entre outras coisas, análise de risco e serão adotadas as ações necessárias para preservar a segurança das pessoas, do meio ambiente e das instalações. Alguns ativos estão passando por processo de desinvestimento e a hibernação não afetará a continuidade desse processo."

Na carta, a gerente explicou ainda que os empregados das instalações hibernadas terão acesso a todas as alternativas previstas no atual plano de pessoal para gestão do portfólio: realocação interna de acordo com as necessidades da Companhia, Programa de Desligamento Voluntário (PDV) e desligamento por acordo.

Procurada, a Petrobras não comentou o assunto imediatamente.

Plataforma da SBM em campo de Petrobras tem vários casos de Covid-19

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Um "número significativo de tripulantes" a bordo de plataforma de petróleo e gás do tipo FPSO da gigante holandesa de afretamento SBM Offshore testou positivo para Covid-19, informou a companhia em um posicionamento nesta quinta-feira.

Sem identificar o nome da embarcação, que atua em campo da Petrobras, a SBM afirmou que os trabalhadores estão recebendo atenção médica e sendo monitorados de perto, e que mantém contato próximo com as autoridades brasileiras e com a estatal petrolífera "para gerenciar a situação".

"Algumas pessoas já desembarcaram e estão recebendo atendimento médico em terra", disse a SBM, no posicionamento.

"A bordo, medidas preventivas permanecem em vigor --como distanciamento social e reforço das regras para aumentar a higiene dentro do navio."

A SBM frisou que implantou um programa de resposta global, o que inclui o monitoramento das tripulações e o gerenciamento de situações especiais; protocolos foram implementados com relação à prevenção e resposta a incidentes e planos de contingência foram criados.

A SBM relatou o ocorrido após a Reuters entrar em contato para tentar confirmar informação sobre casos de coronavírus em plataforma na Bacia de Campos.

À Reuters, a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) informou que foi comunicada pela Petrobras de que 53 tripulantes de uma plataforma de petróleo na Bacia de Campos foram testados positivo para Covid-19.

Do montante total, a petroleira teria informado à Sesa que 29 tripulantes foram isolados em um hotel na Grande Vitória e estão sendo monitorados. Não há informações sobre os demais tripulantes.

O Estado não tem detalhes sobre as pessoas que foram testadas positivo ou sobre a plataforma onde estavam lotadas.

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Fonte:
Reuters

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