S&P 500 escorrega após teste de medicamento contra coronavírus; petróleo tem rali

Publicado em 23/04/2020 20:20

NOVA YORK (Reuters) - O S&P 500 encerrou o dia em ligeiro recuo nesta quinta-feira, após um relato de que um medicamento antiviral experimental para o coronavírus havia fracassado em seu primeiro ensaio clínico científico, diminuindo o otimismo anterior de que o impacto do vírus no mercado de trabalho estava próximo de um fim.

Todos os três principais índices de ações dos Estados Unidos recuaram de ganhos superiores a 1% depois que o Financial Times informou que um estudo chinês mostrou que o medicamento remdesivir, da Gilead Science, não melhorou a condição dos pacientes nem reduziu a presença do patógeno na corrente sanguínea.

A Gilead afirmou que os resultados do estudo foram inconclusivos, já que foram encerrados precocemente.

Na última sexta-feira, Wall Street viveu um rali em parte por causa de um relato de que os pacientes com Covid-19, em um estudo separado, tinham respondido positivamente ao remdesivir.

A sensibilidade do mercado às notícias relacionadas aos tratamentos médicos relacionados ao coronavírus reflete o desespero dos investidores por qualquer indicação de quando a economia global poderá voltar ao normal.

"A esperança da semana passada era que a Gilead pudesse tirar o medo de morrer da mesa, o que resultaria em uma recuperação muito mais rápida, mais limpa e mais rápida. Se isso é menos provável hoje do que ontem, é perfeitamente razoável o mercado ter vendido", disse David Katz, diretor de investimentos da Matrix Asset Advisors.

As ações subiram no início da sessão, depois que os dados que mostram as solicitações semanais dos benefícios do auxílio-desemprego, nos EUA, caírem para 4,43 milhões, de um número revisado de 5,24 milhões da semana anterior.

No entanto, os números ainda eram surpreendentes, elevando o total nas últimas cinco semanas para um recorde de 26 milhões e encerrando com todos os empregos criados desde a crise financeira.

O Dow Jones subiu 0,17%, terminando em 23.515,26 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 0,05%, terminando em 2.797,8 pontos. O Nasdaq Composite caiu 0,01%, para 8.494,75 pontos.

Preços do petróleo têm rali em meio à aceleração de cortes de bombeamento

NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo voltaram a subir nesta quinta-feira, ampliando a recuperação depois de grandes países produtores da commodity afirmarem que vão acelerar os cortes planejados de bombeamento para combater a queda dramática de demanda devido à pandemia do novo coronavírus.

As cotações do petróleo estão em uma das semanas mais tumultuadas da história. O valor de referência dos Estados Unidos fechou a -37,63 dólares por barril na segunda-feira, na pior liquidação do contrato em todos os tempos. Já o petróleo Brent, "benchmark" internacional, atingiu uma mínima de duas décadas na terça-feira, antes de se recupear.

Desde o início do ano, ambos já perderam mais de dois terços de seus valores. A demanda global por combustíveis apresenta queda de cerca de 30% em abril, e a oferta vai superar a demanda nos próximos meses devido à pandemia.

Nesta quinta-feira, o Brent avançou 0,96 dólar, ou 4,7%, e fechou cotado a 21,33 dólares por barril, enquanto o WTI teve alta de 2,72 dólares, ou 19,7%, e terminou o dia a 16,50 dólares o barril.

"Estamos vendo, dentro da indústria norte-americana, uma reação real a esses preços super baixos. Isso está criando algumas brechas para que os preços se recuperem um pouco", disse John Kilduff, sócio do fundo de hedge Again Capital em Nova York.

Ele se refere ao declínio no número de sondas de petróleo em atividade nos EUA, cuja contagem atingiu o menor nível desde 2016, e à redução de 100 mil barris por dia (bpd) na produção da commodity no país na semana passada, para 12,2 milhões de bpd.

"Mas ainda é difícil ficar animado com preços que estão pouco acima dos 15 dólares", ponderou Kilduff.

O Kuweit disse nesta quinta-feira que iniciou os cortes de oferta ao mercado internacional antes mesmo do dia 1º de maio, quando um acordo da Opep+ entra em vigor. Já a Rússia estuda opções para reduzir o bombeamento, e pode chegar até mesmo a queimar seu próprio petróleo, segundo fontes.

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Fonte:
Reuters

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