Calor leva americanos às praias, acelerando fim da quarentena; Alemanha tem falta chuva

Publicado em 25/04/2020 18:39 e atualizado em 25/04/2020 19:40

(Reuters) - Muitos americanos são esperados nas praias do país neste sábado, com um condado da Flórida relaxando suas restrições e a Califórnia se preparando para uma onda de calor, mesmo com novos casos de coronavírus tendo atingido a um número recorde no dia anterior. 

O condado de Volusia, onde fixa a famosa praia de Daytona, abriu lotes de seus parques costeiros neste sábado para visitantes com deficiência, um passo da reabertura em face das restrições que, por enquanto, liberam a praia apenas a quem quer caminhar, surfar, andar de bicicleta ou nadar. 

O passo é justificado pelos esforços bem-sucedidos do condado de suprimir casos de vírus, disse o administrador do condado, George Recktenwald, em uma entrevista coletiva na sexta-feira, embora ele tenha comparado a situação com pisar no freio de um carro em uma ladeira. 

“Estamos começando a tirar o pé do freio, mas não queremos fazer isso com rapidez porque não queremos que a velocidade saia do controle”, disse. “Se você estiver na praia, precisa estar fisicamente ativo. Sem se sentar, tomar sol ou ficar lá com uma geladeira”. 

John Overchuck, 45, vive em uma casa com vista para praia com a mulher e a filha pequena, um pouco ao sul da praia de Daytona, em New Smyrna, e disse que era “cedo demais para fazer isso”. 

“Eu sei que eles têm regras e restrições, mas as pessoas não estão ouvindo. Eu andei na praia 10 minutos atrás e estava lotada. Isso não deveria acontecer”, disse Overchuck, advogado com escritórios na vizinha Orlando. 

Ele teme o retorno de milhares de turistas e jovens celebrando as férias de primavera que, em tempos normais, são atraídos de outros locais dos Estados Unidos e outras praias do condado para Smyrna. 

Alguns já estavam estacionando carros e armando barracas na praia, disse Overchuck. 

“Minha família e eu estamos confinados, mas estão abrindo condomínios, casas alugadas e trazendo pessoas de todos os lugares”, disse. “Quem sabe se eles estão se precavendo? Eu tenho uma criança de três anos. Tenho que pensar nela primeiro”. 

Uma onda de calor levou milhares de californianos às praias abertas em Newport e Huntington, na sexta-feira, apesar de ordens para que ficassem em casa em todo o estado, e grandes aglomerações parecidas são esperadas para este sábado. 

O governador Gavin Newson afirmou que esperava que as praias do estado recebessem “um significativo aumento em volume” devido ao fim de semana muito quente e pediu que aqueles que visitassem a costa respeitassem o distanciamento social. 

As movimentações para aproveitar o calor chegam depois de os Estados Unidos registrarem 36.491 novos casos de COVID-19 na sexta-feira, doença respiratória causada pelo coronavírus, um total diário recorde segundo a contagem da Reuters. 

Mais de 911.000 pessoas no Estados Unidos contraíram COVID-19 e quase 52.000 pessoas morreram, mostra a contagem. 

Georgia, Oklahoma e alguns outros estados tomaram medidas para reabrir suas economias na sexta-feira, apesar da desaprovação do presidente Donald Trump e alertas de especialistas de saúde de que essas medidas poderiam reacender o vírus e causar mais mortes. 

Theo Walker, dono do salão de tatuagens Golden Anchor em Atlanta, disse que colocou em votação entre seus artistas se reabriria o negócio e eles decidiram que sim. Ele os deu equipamentos de proteção e abrirá o negócio novamente no sábado, depois de um primeiro dia “normal” na sexta-feira, embora ele tenha que ter recusado clientes que tentaram entrar em grupos. 

“Em um mundo ideal, adoraríamos apenas esperar em casa até que tudo isso acabasse, mas infelizmente temos contas esperando, e eu não queria que meus artistas sofressem mais”, disse Walker. “Todos decidimos que era hora de voltar a trabalhar”. 

Merkel lamenta falta de chuvas em momento em que Alemanha teme por suas florestas

GUMMERSBACH, Alemanha, April 25 (Reuters) - As florestas da Alemanha, que cobrem um terço do território e são parte tanto das paisagens culturais quanto físicas do país, estão em perigo.

Na celebração anual do "Dia da Árvore" na Alemanha, a chanceler Angela Merkel utilizou sua mensagem semanal em vídeo para alertar para a crescente ameaça das mudanças climáticas.

Os dois últimos verões no país, excepcionalmente quente e secos, enfraqueceram milhões de árvores, afetando as defesas contra os escotilídeos, besouros que podem ser fatais para bosques mais antigos.

E depois de um mês de abril excepcionalmente quente neste ano, ainda a dois meses do verão, um incêndio florestal já teve de ser apagado próximo à cidade de Gummersbach, no oeste do país, nesta semana.

"Já estamos notando nesses dias que não está chovendo o suficiente em muitas áreas da Alemanha", disse Merkel.

Danny Ohnesorge, presidente da Associção da Indústria Madeireira Alemã, disse a uma rádio local que abril registrou apenas 5% das precipitações normais e que, se a seca continuar, árvores podem morrer em massa.

As preocupações têm crescido nos últimos anos em relação ao impacto das mudanças climáticas sobre as paisagens densamente florestadas da Alemanha, cenas de muitos mitos românticos, lendas e contos de fadas.

Há sempre um aumento dos riscos de incêndios florestais na primavera (do Hemisfério Norte), diante das folhas secas e mortas que caem antes de novas plantas crescerem, mas o cenário está particularmente agudo neste ano, disse Mathias Niesar, da equipe estatal de proteção climática e florestal.

"Essa é uma situação extremamente explosiva, em que apenas algumas faíscas --ou uma só faísca-- podem ser suficientes para causar uma catástrofe", afirmou ele à Reuters TV.

Após "21 dias de inferno", governador de Nova York amplia testagem para coronavírus

Andrew Cuomo, governador de Nova York
  • Andrew Cuomo, governador de Nova York 24/03/2020 REUTERS/Mike Segar
 

NOVA YORK (Reuters) - Nova York iniciará neste sábado a realização de testes de anticorpos em trabalhadores dos quatro hospitais mais afetados pela pandemia de coronavírus, além de permitir que farmácias locais coletem amostras para testes de diagnósticos, disse o governador Andrew Cuomo.

A medida é parte de uma iniciativa mais ampla de Cuomo para melhor rastrear a extensão do avanço do vírus pelo Estado, agora que seus 300 laboratórios ampliaram capacidade, com o objetivo de dobrar a produção para 40 mil testes por dia.

O foco renovado à testagem ocorre em um momento em que a crise aparenta estar perdendo força em Nova York, com as hospitalizações por Covid-19, a doença causada pelo vírus, atingindo o menor nível em três semanas, afirmou Cuomo neste sábado, em um briefing diário sobre o tema.

"Vinte e um dias de inferno, e agora retornamos para onde estávamos há 21 dias", disse Cuomo. "A testagem é no que estamos compulsivamente ou obsessivamente focados."

Cuomo afirmou que os testes de anticorpos em quatro hospitais do Estado terão início neste sábado, incluindo o hospital Elmhurst, onde ao menos 13 pacientes morreram por Covid-19 em um intervalo de 24 horas no final do mês passado, o que levou a profundidade da crise ao foco de muitos norte-americanos.

Essa é uma parcela de um programa de testes mais amplo, que envolverá a testagem de enfermeiros, policiais, bombeiros, motoristas de ônibus, funcionários de mercados e outros trabalhadores essenciais, que segundo Cuomo estão "carregando o peso" de manter as pessoas alimentadas e seguras.

Cuomo acrescentou que é importante testar os grupos de trabalhadores "voltados ao público" tanto para a segurança dessas pessoas quanto para a proteção do povo, à medida que Nova York --em coordenação com Estados vizinhos-- começa a estudar quando e como reabrir sua economia.

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Fonte:
Reuters

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