Ibovespa tem sessão de ajustes com Bradesco como destaque negativo

Publicado em 30/04/2020 11:52 e atualizado em 30/04/2020 12:33

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Por Peter Frontini

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa registrava sessão de ajustes nesta quinta-feira, justificada pela alta de mais de 10% dos três pregões anteriores, também acompanhando movimento negativo de bolsas do exterior e com ações do Bradesco se destacando negativamente após divulgação de resultados.

Às 11:35, o Ibovespa caía 1,73 %, a 81.730,04 pontos. O volume financeiro era de 6,2 bilhões de reais.

Na véspera, o índice avançou 2,3%, encerrando os negócios no melhor patamar desde 11 de março, acima de 83 mil pontos.

Para analistas da Levante Investimentos, apesar do cenário amplo continuar positivo, esta quinta-feira é marcada por uma "comunhão de pequenos fatores que vão ser responsáveis por derrubar a bolsa", citando o aumento no desemprego, os resultados financeiros do Bradesco, o feriado de sexta-feira e um movimento de realização de lucros, comum após os três dias de desempenho positivo.

A taxa de desemprego do Brasil terminou o primeiro trimestre em 12,2%, com 12,85 milhões de desempregados no país, em um movimento sazonal, mas que já apresenta os primeiros sinais do impacto do coronavírus sobre o mercado de trabalho. [nAQN02H2IH

O secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar, estimou nesta quinta-feira que a taxa de desemprego no país pode até dobrar por conta dos impactos da crise do coronavírus na economia.

"No Brasil a gente já estava com taxa de desemprego elevado. Presume-se que esse desemprego anterior possa aumentar entre 50% a 100% do que era a taxa anterior", afirmou ele, em live promovida pelo banco Credit Suisse.

Em Wall Street, índices também recuavam diante dos dados ruins de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA. Os pedidos iniciais totalizaram 3,839 milhões em dado ajustado sazonalmente para a semana encerrada em 25 de abril, informou o governo.

Nesta manhã, o índice S&P 500 recuava 0,6%, enquanto o Dow Jones perdia 0,5%.

DESTAQUES

- BRADESCO PN desabava 5,8% na ponta negativa do índice. O banco informou que fechará mais de 300 agências este ano, após divulgar queda de quase 40% no lucro líquido recorrente em relação ao ano anterior, abaixo da estimativa média de analistas. No setor, ITAÚ UNIBANCO PN recuava 2,2% e SANTANDER BR UNT caía 4,6%.

- MULTIPLAN ON caía 5%. A empresa reportou que o lucro líquido do primeiro trimestre quase dobrou sobre o mesmo período do ano passado, impulsionada por forte desempenho de vendas até meados de março. Em teleconferência, executivos citaram preocupação com desemprego, que deve tirar poder de compra dos consumidores nos próximos meses.

- SUZANO ON ganhava 2,7%, como um dos poucos destaques positivos do índice. A sessão era positiva para o setor de papel e celulose, com KLABIN UNT avançando 3,8%.

- WEG ON perdia 2,4%, após afirmar que espera queda na demanda por produtos de ciclo curto nos próximos meses.

-PETROBRAS PN valorizava-se 0,8%, enquanto PETROBRAS ON subia 0,4%, mesmo após acumular mais de 14% de alta esta semana. O Conselho de Administração da empresa aprovou um novo modelo de gestão para a Assistência Multidisciplinar de Saúde (AMS) aos funcionários, que deve economizar pelo menos 6,2 bilhões de reais em dez anos (a valor presente).

S&P 500 e Dow recuam após dados sombrios de pedidos de auxílio-desemprego

(Reuters) - Os índices acionários S&P 500 e Dow Jones caíam nesta quinta-feira, depois que um relatório sombrio de auxílio-desemprego nos Estados Unidos ofuscou o forte mês para as bolsas de valores em todo o mundo, mas balanços trimestrais encorajadores de Facebook e Tesla limitavam as perdas do Nasdaq.

Nove dos 11 principais setores do S&P 500 caíam, mas os declínios eram liderados pelos setores imobiliário, de serviços públicos e de consumo básico, considerados defensivos, sugerindo que o clima ainda estava a favor do risco.

O dramático estímulo monetário e fiscal dos EUA e esperanças de um renascimento da atividade empresarial --à medida que os Estados reabrem a economia-- impulsionaram um rali em Wall Street em abril, colocando o S&P 500 a caminho de seu melhor mês desde 1974.

Mas analistas alertam para outra liquidação, já que os dados econômicos sublinham a extensão do dano já causado pela pandemia, com investidores também cautelosos sobre o ritmo de uma recuperação após a iminente recessão.

Nesta quinta-feira, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 3,84 milhões na semana encerrada em 25 de abril, um dia após dados confirmarem a maior contração da economia norte-americana no primeiro trimestre desde a Grande Recessão.

Às 12h18, o Dow Jones caía 0,93%, a 24.403,96 pontos; O S&P 500 cedia 0,57%, a 2.922,86 pontos. E o Nasdaq perdia 0,1%, a 8.905,70 pontos.

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Fonte:
Reuters

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