"Haverá momento para flexibilização em SP a partir do dia 1º", afirma Doria

Publicado em 20/05/2020 14:12 e atualizado em 20/05/2020 14:48

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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quarta-feira, 20, em entrevista à rádio Jovem Pan que haverá flexibilização da quarentena no Estado a partir de 1º de junho "em fases escalonadas, cuidadosas, zelosas", feitas juntamente com o setor privado. Doria pontuou, contudo, que este momento não vai ocorrer agora. "Até 31 de maio, é a fase mais difícil, mais dura e mais drástica do coronavírus, não apenas para São Paulo, mas para o Brasil. O número de mortos, infelizmente, tende a crescer, e o número de pessoas infectadas também", afirmou o tucano.

Doria não mencionou a possibilidade de estender as orientações de restrição de circulação de pessoas e de fechamento de comércios e atividades considerados não essenciais para além de 31 de maio, que é o prazo atual da administração paulista para as medidas de estímulo ao isolamento social como forma de conter a propagação da covid-19.

Com o intuito de levar a taxa de isolamento da população para acima de 50%, o prefeito da capital paulista, Bruno Covas (PSDB), decretou a antecipação dos feriados de Corpus Christi e do Dia da Consciência Negra para esta quarta (20) e quinta-feira (21). Além disso, tramita na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), em regime de urgência, projeto de lei do governo estadual para antecipar o feriado do Dia da Revolução Constitucionalista de 9 de julho para a próxima segunda-feira, dia 25. A proposta deve ser aprovada nesta quinta pelo plenário da Casa.

"Esse feriado prolongado não é para passear, não é para festejar, não é um período para lazer. É um período em que as pessoas devem ficar em casa. Evitar viagens, evitar contatos, ficar em casa, protegidos", destacou Doria.

Questionado sobre a real chance de um bloqueio total à circulação de pessoas, conhecido como "lockdown", o governador afirmou que a criação de um feriado estendido é "exatamente" uma tentativa de evitar a medida mais "extrema".

Segundo ele, a ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) no Estado é de 88%, "acima da faixa de segurança de 70%".

Sobre a reunião, nesta quinta, de governadores com o presidente Jair Bolsonaro, Doria disse que levará uma "mensagem de paz, harmonia e entendimento". "Levaremos uma mensagem de paz para que possamos ter um ministro da Saúde que seja médico, um profissional, um cientista, comprometido com a saúde dos fatos. Não com ideologia, mas com a defesa da ciência. Paz para fornecer material necessário aos Estados: EPIs, respiradores e leitos em associação com o setor privado."

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Fonte:
Estadão Conteúdo

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1 comentário

  • Geraldo Emanuel Prizon Coromandel - MG

    Será coincidência?,... Depois que Bolsonaro finalmente conseguiu liberar o uso precoce da cloroquina, o Governador do Rio, Wilson Witzel, mudou seu protocolo de saúde e o Governador de São Paulo já cogita em flexibilizar a partir do dia 1º de junho... será que estão com receosos com comparações estatísticas de mortes entre estados daqui para frente..

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Geraldo, não consigo me expressar mostrando as canalhices desses párias da sociedade. Mas, se o Sr. tiver um tempo assista esse link de uma conterrânea sua ... https://www.youtube.com/watch?v=xR9fvPQJe3U

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    • Tiago Gomes Goiânia - GO

      Geraldo, independente do que ocorrer, a narrativa do presidente no pós-epidemia já está pronta. A culpa do desastre econômico é e será dos governadores... e a cloroquina (remédio do presidente) foi responsável por salvar milhares de vidas.

      O que de fato vai ocorrer pouco importa, no mais caberá aos fanáticos e cegos seguidores replicarem essas duas narrativas em redes sociais e fazer dela uma "verdade". Esse é o novo Brasil, em que dados, ciência e fatos pouco importam e o que importa são criar narrativas.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Sr. TIAGO, acabo de assistir a uma reprise do Jornal Nacional de 2016 onde a Globo divulga e aconselha o uso do antiviral Cloroquina contra o virus da ZICA... O remedio foi transformado em pouco tempo, por motivos politicos, no pior veneno existente no mundo... Ha algum tempo deixei de ser seguidor do Bolsonaro, entretanto nao me sinto escravizado pelo medo de dizer a verdade e combater a falsidade dos argumentos que querem utilizar.

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    • Tiago Gomes Goiânia - GO

      Sr. Carlos a cloroquina é utilizada no Brasil praticamente desde o inicio da até então epidemia para remediar os efeitos do coronavirus. Ela tem sim seu valor conforme a situação do paciente, mas convenhamos sabemos muito bem o que a por trás de Bolsonaro ( contra as evidências) querer o uso de cabo a rabo desse remédio.

      Tão somente vincular seu nome ao seu remédio, como o remédio do Bolsonaro, e se capitalizar politicamente e sinceramente, em face a nossa ignorância ele alcançará seu objetivo.

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Vejo com surpresa que, às vezes, o Sr. Tiago tem uns lampejos de sanidade quando afirma: ... em face a nossa ignorância... PARABÉNS! ... ... ... Você ignora que "faltava uma recomendação do Ministério da Saúde" ... ... Leia devagar... "O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (20) as orientações para ampliar o acesso de pacientes com COVID-19 ao tratamento medicamentoso precoce, ou seja, no primeiros dias de sintomas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O documento traz a classificação dos sinais e sintomas da doença, que pode variar de leve a grave; e a orientação para prescrição a pacientes adultos de dois medicamentos associados à azitromicina: a cloroquina e o sulfato de hidroxicloroquina. A escolha do melhor tratamento para a doença pode variar de acordo com os sinais e sintomas e a fase em que o paciente se encontra. Esses dois medicamentos já eram indicados para casos graves, hospitalizados". ... ... ... Quando você "aceita" o "distanciamento social". É recomendação de quem? da OMS, correto? ... ... A prescrição nos casos leves só estavam sendo realizados na rede particular para, os Drs. Uip da vida... ... Na rede pública a recomendação de casos leves era dipirona e isolamento social, inclusive domiciliar! Como? ... ... Uma pessoa que mora em dois cômodos com mais quatro pessoas da família, vai conseguir fazer isolamento?... Mas, vamos a maior das maldades! ... Aqueles que, depois de infectarem todos que estiverem próximos e, migrar para um estado critico ... deve procurar um hospital para receber o atendimento de Terapia Intensiva...

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Veja a carta que Donald Trump enviou para o Diretor Geral da OMS ... FONTE JORNAL DA CIDADE ... ... ... CASA BRANCA

      WASHINGTON, DC

      18 de maio de 2020

      À sua excelência

      Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus

      Diretor Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS)

      Genebra, Suíça

      Estimado Dr. Tedros:

      Em 14 de abril de 2020, eu suspendi as contribuições dos Estados Unidos da América à Organização Mundial da Saúde enquanto meu governo investiga a falha da Organização em responder ao surto da COVID-19. Essa investigação confirma muitas das sérias preocupações que apontei mês passado e identificou outras que a OMS deveria ter se ocupado, especialmente com a alarmante falta de independência da Organização em relação à República Popular da China. Baseado nessa investigação, agora nós sabemos o seguinte:

      A OMS ignorou consistentemente relatórios confiáveis do surto do vírus e Wuhan, no princípio de dezembro de 2019 – ou até antes disso, incluindo relatórios do jornal médico Lancet. A OMS falhou em investigar com independência relatórios confiáveis que conflitavam diretamente com a versão oficial do governo chinês, até aqueles que vinham de fontes da própria Wuhan.

      Ainda em 30 de dezembro de 2019, o escritório da organização em Pequim sabia que havia uma grande preocupação de saúde pública em Wuhan. Entre 26 e 30 de dezembro, a imprensa da China destacou a evidência do surgimento de um novo vírus em Wuhan, baseando-se em dados de um paciente enviados a várias empresas chinesas que trabalham com genomas. Além disso, durante esse período, o Dr. Zhang Jixian – médico do Hospital Provincial de Medicina Chinesa e Ocidental, de Hubei – disse às autoridades médicas da China que um novo coronavírus estava causando uma nova doença que, àquela altura, afligia aproximadamente 180 pacientes.

      No dia seguinte, autoridades taiwanesas repassaram à OMS informações que indicavam a transmissão entre seres humanos do novo vírus. Ainda assim, a Organização resolveu não compartilhar nenhumas dessas informações ao resto do mundo, provavelmente por razões políticas.

      As Regulações Sanitárias Internacionais exigem dos países que informem o risco de uma emergência sanitária dentro do prazo de 24 horas. Mas a China não informou à OMS sobre os casos severos de pneumonia de origem desconhecida em Wuhan até 31 de dezembro de 2019, embora seja provável que tivessem conhecimento desses casos dias ou semanas antes.

      De acordo com o Dr. Zhang Yongzhen, do Centro Clínico Público de Shanghai, ele próprio contou às autoridades chinesas, em cinco de janeiro de 2020, que havia sequenciado o genoma do vírus. Não havia publicação dessa informação senão seis dias depois, em onze de janeiro de 2020, quando o Dr. Zhang, de per si, postou a descoberta na internet. No dia seguinte, as autoridades chinesas interditaram seu laboratório para "retificações". Até mesmo a OMS reconheceu a postagem do Dr. Zhang como um grande ato de "transparência". Mas a Organização tem estado visivelmente calada tanto em relação ao fechamento do laboratório do Dr. Zhang como em relação à sua afirmação de que ele havia notificado as autoridades chinesas sobre sua descoberta seis dias antes.

      A Organização Mundial da Saúde tem feito repetidas afirmações sobre o coronavírus que são grosseiramente imprecisas ou enganosas.

      Em 14 de janeiro de 2020, a OMS gratuitamente reiterou a agora refutada tese da China de que o coronavírus não era transmissível entre seres humanos, afirmando que "investigações preliminares conduzidas pelas autoridades chinesas não encontraram evidências claras de uma transmissão entre seres humanos do novo coronavírus (2019-nCov) identificado em Wuhan, China". Essa afirmação estrava em conflito direto com os relatórios censurados vindos de Wuhan.

      Em 21 de janeiro de 2020, o presidente chinês Xi Jinping supostamente pressionou você a não declarar o surto do coronavírus uma emergência. Você cedeu a essa pressão no dia seguinte e disse ao mundo que o coronavírus não configurava uma Emergência de Saúde Pública de Preocupação Internacional. Apenas uma semana depois, em 30 de janeiro de 2020, evidências acachapantes indicando o contrário forçou-o a mudar de curso.

      Em 28 de janeiro de 2020, após encontro com o presidente Xi em Pequim, você elogiou o governo chinês por sua "transparência" em relação ao coronavírus, anunciando que a China havia estabelecido um "novo padrão para o controle de surtos" e "deu tempo ao mundo". Você não mencionou que a China tinha, àquela altura, silenciado ou punido diversos médicos por denunciarem o vírus nem mencionaram a restrição às instituições chinesas de publicar informações sobre ele.

      Mesmo após tardiamente declarar o surto uma Emergência de Saúde Pública de Preocupação Internacional em 30 de janeiro de 2020, você falhou em não pressionar a China pelo imediato acolhimento de uma equipe de especialistas em medicina da OMS. Como resultado, essa equipe emergencial não desembarcou na China senão duas semanas depois, em 16 de fevereiro de 2020. E mesmo então, a equipe não foi autorizada a visitar Wuhan até os dias finais de sua estada na China. Destaque-se que a OMS se calou quando a China negou a dois membros norte-americanos da equipe o pleno acesso a Wuhan.

      Você, também, enalteceu as restrições que a China impôs sobre as viagens domésticas, mas, inexplicavelmente, foi contra o meu fechamento das fronteiros dos Estados Unidos, ou a proibição de ingresso, em relação às pessoas vindas da China. Eu estabeleci a proibição de ingresso independentemente do seu desejo. O seu jogo político nessa questão foi mortal, já que outros governantes, confiando nas suas recomendações, demoraram em impor restrições que teriam salvo vidas em relação a viagens para e da China. Inacreditavelmente, em três de fevereiro de 2020, você reiterou sua posição, opinando que, em razão de a China estar fazendo um grande trabalho protegendo o mundo do vírus, as restrições de viagens estavam "causando mais mal do que bem". Ainda àquela altura o mundo soube que, antes de fechar a cidade de Wuhan, as autoridades chinesas permitiram que mais de cinco milhões de pessoas deixassem a cidade e muitas dessas pessoas embarcaram para diversos destinos internacionais ao redor do mundo.

      Em 03 de fevereiro de 2020, a China estava pressionando países fortemente a suspender ou evitar restrições de viagem. Essa campanha de pressão foi impulsionada pelas afirmações incorretas que você fez naquele dia, dizendo ao mundo que a disseminação do vírus fora da China era "mínima e lenta" e que "as chances da disseminação fora da China [eram] bem pequenas".

      Em 03 de março de 2020, a OMS citou dados oficiais chineses para minimizar o seríssimo risco de disseminação assintomática, dizendo ao mundo que "a COVID19 não é tão transmissível como a influenza" e que, diferentemente da influenza, essa doença não era prioritariamente transmitida por "pessoas que estavam infectadas mas não estavam ainda doentes". A evidência chinesa que a OMS trouxe ao mundo, "demonstrou que somente um por centro dos casos reportados não apresentam sintomas, e a maioria deles desenvolvem sintomas dentro de dois dias". Muitos especialistas, entretanto, citando dados do Japão, da Coreia do Sul e de outros países, questionaram fortemente essas afirmações. Agora está claro que as afirmações da China, repetidas ao mundo pela OMS, estavam extremamente erradas.

      Quando você finalmente declarou que havia uma pandemia do vírus, em onze de março de 2020, ele havia matado mais de quatro mil pessoas e infectado mais de cem mil pessoas em ao menos 114 países ao redor do mundo.

      Em 11 de abril de 2020, diversos embaixadores africanos informaram ao Ministério de Relações Exteriores chinês a respeito do tratamento discriminatório dispensado a africanos com relação à pandemia em Guangzhou e outras cidades na China. Você estava ciente de que as autoridades chinesas estavam implementando uma campanha de quarentenas forçadas, despejos e negando serviços a cidadãos desses países. Você não comentou sobre as ações de discriminação racial por parte da China. Porém, sem base alguma, você rotulou como racistas as reclamações bem fundamentadas de Taiwan sobre a má condução feita por você dessa pandemia.

      Durante toda essa crise, é curioso que a OMS venha insistindo em elogiar a China por sua suposta "transparência". Consistentemente, você tem se somado a esses elogios, a despeito da China ter sido qualquer coisa menos transparente. No começo de janeiro, por exemplo, a China ordenou a destruição de amostras do vírus, desprovendo o mundo de informação essencial. Mesmo agora, a China continua a minar as Regulações Sanitárias Internacionais ao recusar-se a compartilhar dados precisos e de forma ágil, amostras virais e isoladas e por reter informações vitais sobre o vírus e sua origem. E, até hoje, a China continua a negar acesso internacional a seus cientistas e laboratórios relevantes, isso tudo enquanto segue ampla e imprudentemente culpando e censurando seus próprios especialistas.

      A OMS tem falhado em publicamente exigir da China que permita uma investigação independente sobre as origens do vírus, apesar do recente endosso dessa investigação pelo seu próprio Comitê de Emergência. A falha da OMS em exigir essa investigação levou estados membros da OMS a adotar a resolução "COVID-19 Response" na Assembleia Mundial da Saúde, a qual ecoa a solicitação dos Estados Unidos e muitos outros por uma pesquisa imparcial independente e abrangente de como a OMS lidou com a crise. A resolução também pede por uma investigação sobre as origens do vírus, a qual é necessária para o mundo saber a melhor forma de combater a doença.

      Talvez pior do que todas essas falhas é o fato de sabermos que a OMS poderia ter feito muito melhor. Poucos anos atrás, sob a direção de uma outra Diretora Geral, a OMS mostrou ao mundo o tanto que tem a oferecer. Em 2003, em resposta ao surto da SARS na China, a Diretora Geral Harlem Brundtland anunciou corajosamente o primeiro aviso de emergência em viagens da OMS em 55 anos, recomendando evitar viagens para o e do epicentro da doença no sul da China. Ela também não hesitou em criticar a China por ameaçar a saúde global ao tentar esconder o surto através de seu expediente usual de prender quem denuncia algo e ao censurar a imprensa.

      Muitas vidas poderiam ter sido salvas se você tivesse seguido o exemplo da Dra. Brundtland.

      Está claro que os seus repetidos erros e da sua organização na resposta à pandemia têm sido extremamente custosos ao mundo. O único caminho à frente para a OMS é se ela puder de fato demonstrar sua independência da China. Meu governo já começou tratativas com você sobre como reformar a Organização. Mas uma ação é necessária, rapidamente. Não temos tempo a perder.

      É por isso que é meu dever, como presidente dos Estados Unidos, informar a você que, se a OMS não se comprometer com melhorias substantivas nos próximos 30 dias, eu irei alterar para permanente o meu congelamento temporário da contribuição dos Estados Unidos à OMS e irei reconsiderar nossa filiação na Organização. Não posso permitir que os dólares dos pagadores de impostos norte-americanos continuem a financiar uma Organização que, no seu formato atual, claramente não está servindo aos interesses dos Estados Unidos da América.

      Atenciosamente,

      Donald Trump. ... ... ...

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Acredito que "essa" carta deve ter muitas mentiras, né Sr. Tiago? ... Ou você, também, ignorava esse fato? Enfim é só uma carta enviada por um agente público para outro agente público, né?

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