Wall St avança sob esperanças de estímulo, com S&P e Nasdaq batendo máximas em meses

Publicado em 20/05/2020 19:06

NOVA YORK (Reuters) - Os três principais índices de Wall Street tiveram o quarto ganho em cinco sessões nesta quarta-feira, conforme investidores voltaram a apostar em uma rápida recuperação econômica após paralisações causadas pelo coronavírus e no potencial de mais medidas de estímulo do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos).

O S&P 500 está na máxima em dois meses e ficou brevemente acima da média móvel de 100 dias, indicador técnico observado de perto que tem atuado como um nível de resistência. O Nasdaq terminou no seu maior nível em três meses e estava 4,5% abaixo do seu recorde de 19 de fevereiro, com as ações do Facebook Inc e Amazon.com Inc saltando a máximas históricas.

Os ganhos foram amplos, com cada um dos 11 principais setores do S&P avançando. O índice Russell 2000, de pequenas empresas, que geralmente obtém ganhos de uma recessão, superou os índices de alta capitalização.

A ata da mais recente reunião do Fed mostrou que o banco central comprometeu-se a agir conforme apropriado para suportar a economia até que ela esteja no caminho da recuperação, uma opinião que o chairman do Fed, Jerome Powell, expressou nos últimos dias.

"Temos taxas de juros muito mais baixas para o futuro próximo, então isso afeta o múltiplo em que temos que comprar ações com desconto", disse Kim Forrest, diretor de investimentos da Bokeh Capital Partners, em Pittsburgh. "E se você se der um pouco mais de tempo, é loucura pensar que tudo voltará em dois anos e você vai segurar de três a cinco anos?"

Ainda assim, com os dados econômicos provavelmente vindo desanimadores nas próximas semanas, existe a preocupação de que as ações podem ter se adiantado, com o S&P subindo quase 33% em relação ao seu menor fechamento, em 23 de março.

O Dow Jones subiu 1,52%, para 24.575,9 pontos, o S&P 500 ganhou 1,67%, para 2.971,61 pontos, e o Nasdaq Composite acrescentou 2,08%, para 9.375,78 pontos.

Preços do petróleo sobem diante de redução nos estoques dos EUA

NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo subiram mais de 3% nesta quarta-feira, diante de sinais de melhora na demanda e de um recuo nos estoques da commodity nos Estados Unidos, embora os ganhos tenham sido limitados por temores quanto às consequências econômicas da pandemia de coronavírus e pelas margens reduzidas para refino.

O petróleo Brent fechou em alta de 1,10 dólar, ou 3,2%, a 35,75 dólares por barril, enquanto o contrato julho do petróleo dos EUA, novo vencimento de primeiro mês, avançou 1,53 dólar, ou 4,8%, para 33,49 dólares o barril.

Ambos os valores de referência chegaram a subir mais de 5% durante a sessão.

No mês passado, o contrato maio do WTI foi negociado em território negativo na iminência do vencimento, diante do rápido preenchimento dos estoques nos EUA.

Agora, porém, as reservas de petróleo dos EUA tiveram queda de 5 milhões de barris na semana passada, segundo dados da Administração de Informação sobre Energia (AIE), enquanto as reservas em Cushing, Oklahoma, centro de distribuição do WTI, recuaram em 5,6 milhões de barris.

"O que esse relatório confirmou é que nosso pior pesadelo --ficar sem espaço para armazenamento-- não vai se concretizar", disse Phil Flynn, analista sênior do Price Futures Group.

Bolsas de NY fecham em alta, com papéis de energia e tecnologia em destaque

LOGO estadao

As bolsas de Nova York fecharam com ganhos, nesta quarta-feira, 20. Ações de energia foram apoiadas pela alta do petróleo e os setores de tecnologia e serviços de comunicação também se destacaram, com investidores atentos ao noticiário sobre a retomada econômica dos Estados Unidos.

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,52%, em 24.575,90 pontos, o Nasdaq subiu 2,08%, a 9.375,78 pontos, e o S&P 500 teve ganho de 1,67%, a 2.971,61 pontos.

O petróleo registrou ganhos fortes hoje, após a China e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sinalizarem trabalho conjunto para estabilizar o mercado. Com isso, o subíndice do setor de energia puxou as altas no S&P 500, com avanço de 3,82%. Entre destaques no setor, Chevron subiu 3,78% e ExxonMobil, 3,25%.

Papéis de tecnologia e serviços de comunicação se saíram bem, ajudando o Nasdaq. Facebook se destacou, em alta de 6,04%, após lançar uma plataforma de compras online voltada para pequenos negócios. Alphabet subiu 2,53%, Apple ganhou 1,94% e Microsoft, 1,39%, enquanto Amazon (+1,98%) também avançou.

Entre outros setores, Boeing subiu 2,21% e, entre os bancos, Bank of America avançou 3,15% e Citigroup, 2,34%.

Ainda no noticiário, a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) mostrou certa cautela dos dirigentes com a reabertura econômica, mas também a reafirmação do compromisso de apoiar o quadro. O governo do presidente Donald Trump, por sua vez, exibiu mais otimismo com o processo de reabertura econômica, com a porta-voz dizendo que ela já acontece em vários Estados.

 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters/Estadão Conteúdo

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário