Brasil registrou neste domingo 653 mortes em razão da Covid-19

Publicado em 24/05/2020 19:58 e atualizado em 25/05/2020 07:18

(Reuters) - O Brasil registrou neste domingo 653 mortes em razão da Covid-19, o que eleva o total de óbitos para 22.666 no país, de acordo com o Ministério da Saúde.

Em relação ao número de casos, foram mais 15.813 notificações em 24 horas, com o total de infecções pelo vírus no Brasil atingindo 363.211 pessoas.

A divulgação dos números pelo Ministério da Saúde não indica que as infecções e óbitos tenham necessariamente ocorrido nas últimas 24 horas, mas sim que os registros foram inseridos no sistema no período.

Na última sexta-feira, o Brasil passou a ocupar o segundo lugar com maior número de casos do Covid-19 no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

Neste domingo, Casa Branca anunciou que está proibindo estrangeiros de viajar para os EUA se eles estiveram no Brasil nas últimas duas semanas, dois dias após o país se tornar o número 2 no mundo em casos de Covid-19.

De acordo com os dados do ministério, São Paulo segue como o Estado mais afetado pelo coronavírus, atingindo 82.161 casos e 6.163 mortes.

Veja um gráfico de casos pelo mundo: https://graphics.reuters.com/CHINA-HEALTH-MAP/0100B59S43G/index.html

Brasil tem 653 mortes e 15 mil novos casos de coronavírus em 24 horas

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O Brasil registrou 653 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, o que aumentou o total de óbitos pela doença para 22.666 no País, segundo balanço divulgado na noite deste domingo, 24, pelo Ministério da Saúde. De ontem para hoje, 15.813 novos casos de infecção pelo novo coronavírus foram registrados e agora já são 363.211 pessoas contaminadas.

Embora os números sejam inferiores aos registrados ao longo da última semana, quando o volume de contaminados e mortos bateu recorde, com 20.803 novas infecções na sexta-feira e 1.188 novos óbitos na quinta, ainda não é possível dizer que há desaceleração da pandemia no País pois o total de confirmações aos fins de semana costuma ser mais baixo que o dos dias úteis. Isso ocorre por causa da redução no funcionamento das estruturas de notificação.

Do total de óbitos confirmados ontem, somente 275 ocorreram nos últimos três dias. O restante aconteceu em período anterior, mas só teve agora a confirmação. O ministério informou que outros 3 544 óbitos estão em investigação por suspeita de covid-19.

O Brasil segue ocupando a segunda posição entre as nações com mais casos de covid-19 no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que acumula mais de 1,6 milhão de infectados, segundo dados compilados pela plataforma da Universidade Johns Hopkins até as 19h deste domingo.

Na lista de países com mais mortes acumuladas, o Brasil ocupa a sexta posição. Só fica atrás de Estados Unidos (97.672), Reino Unido (36.875), Itália (32.785), Espanha (28.752) e França (28 219).

Em todo o mundo, a covid-19 já infectou 5,3 milhões de pessoas, causando a morte de 343 mil delas, também de acordo com os dados da Universidade Johns Hopkins. Depois do início do surto na China em dezembro, pico na Europa e nos Estados Unidos em março e abril, a América do Sul passou a ser considerada o novo epicentro da doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Estado brasileiro mais afetado segue sendo São Paulo, que, neste domingo, 23, chegou a 6.163 mortos pela doença e mais de 82 mil infectados. Segundo balanço da Secretaria Estadual da Saúde, 91,8% dos leitos da Grande São Paulo dedicados para covid-19 na rede pública paulista estava ocupada neste domingo. É o segundo índice mais alto desde o início da pandemia.

O índice de ocupação dos leitos de UTI de todo o Estado segue inferior ao observado na região metropolitana de São Paulo, mas bateu recorde neste domingo, o que mostra o avanço da pandemia para o interior e o litoral. Hoje, 75,7% de todos os leitos de UTI da rede pública paulista dedicados para pacientes com coronavírus estão ocupados.

No ranking de unidades da federação mais atingidas pela pandemia aparecem, depois de São Paulo, os Estados do Rio de Janeiro, com 37.912 casos e 3.993 mortes e Ceará, com 35.595 infecções e 2 324 óbitos, segundo os números do ministério.

Colombianos acampados em aeroporto de Guarulhos aguardam ajuda para deixar o Brasil

GUARULHOS (Reuters) - Colombianos que querem voltar para casa aguardam, acampados no aeroporto internacional de Guarulhos, voos para seu país, sem perspectiva de uma saída imediata e em meio a uma escalada da disseminação do novo coronavírus no Brasil.

No terminal 2 do aeroporto, cerca de 200 pessoas, muitas delas crianças, se acomodam nas cadeiras e no chão do terminal, onde estão desde a semana passada. No banheiro, uma pequena mangueira passou a ser o chuveiro para banhos.

Alguns deles alegam ser turistas que estavam no Brasil quando a disseminação do coronavírus se agravou e levou ao cancelamento dos voos de volta; outros, imigrantes que ficaram sem recursos no país em meio à pandemia. Em comum, apenas um desejo: voltar para a Colômbia.

O turista Gustavo Rollae indica que são quase 200 os compatriotas que ocupam três alas do terminal. "Precisamos voltar para casa", disse ele, vestido com uma camisa da seleção de seu país e checando o celular periodicamente.

A alimentação ocorre por meio de marmitas e doações. Parte deles se reveza na preparação dos alimentos em uma cozinha improvisada na área externa do aeroporto, a cerca de 1 quilômetro das alas ocupadas – um grupo faz a comida do dia, outro prepara a janta.

"O que acontece é que, há mais ou menos 15 dias, compatriotas colombianos estão vindo ao aeroporto porque não recebem uma resposta da Embaixada (da Colômbia) sobre os voos humanitários. Houve um voo humanitário há pouco tempo, mas não foi possível embarcar todas as pessoas", contou o turista Daniel Gallo, logo após tomar o banho improvisado.

Segundo o Consulado da Colômbia em São Paulo, entre 26 de abril e 14 de maio foram organizados três voos, que levaram de volta ao país 346 pessoas. Os custos das viagens foram pagos pelos passageiros.

"Neste momento não temos a confirmação da realização de outro possível voo", disse o consulado em comunicado divulgado no sábado, descartando a possibilidade de que haja um voo sem custos para aqueles que aguardam no aeroporto.

Pela contagem da missão diplomática, o grupo – que começou com 21 pessoas – era formado por 180 cidadãos na última sexta-feira. O consulado afirma, porém, que a maior parte deles possui residência na capital paulista e não precisa pernoitar no aeroporto, limitando a cerca de 30 os que passam as noites no local e afirmando que foram oferecidas a eles vagas em albergues municipais de São Paulo.

"(Eles estão) solicitando o retorno ao país em voo humanitário sem custo… Pela normatividade vigente, essa solicitação não é possível… Os compatriotas se recusaram a ser transportados para os albergues dispostos para sua acolhida e manifestaram que a única solução aceitável é que sejam retornados à Colômbia de forma gratuita", completou o consulado.

Em meio a lágrimas, pouco depois de higienizar algumas cadeiras com um spray de álcool recebido pelo grupo, Stefany Carvallido disse ter medo de que a situação chegue ao limite de não haver alimentação para as pessoas instaladas no aeroporto.

"Nessa situação, nós queremos estar com nossas famílias. Minha filha quer estar com sua família, também. É muito, muito difícil… Como mães, também pensamos nos nossos filhos, de estar aqui nesse confinamento", lamentou.

A GRU Airport, que administra o aeroporto, afirmou em nota que acompanha a situação e já efetuou os devidos contatos com as autoridades e o Consulado da Colômbia.

O Ministério Público Federal (MPF) informou, em comunicado neste domingo, que foi convocada uma reunião virtual de emergência na quarta-feira, para discutir a situação de aproximadamente 180 cidadãos colombianos que se alojaram no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP).

"O próprio MPF abriu procedimento para acompanhar a situação desse grupo de pessoas que não consegue voltar para seu país de origem. São imigrantes que, devido à pandemia, perderam suas fontes de renda ou estão preocupados com o avanço da Covid-19 no Brasil, além de turistas cujos voos foram cancelados", afirmou o MPF.

Hospitais do Chile estão quase no limite com casos de coronavírus perto de 70.000

SANTIAGO(Reuters) - O sistema de saúde do Chile está sob pressão e "muito perto do limite", disse o presidente Sebastián Piñera neste domingo, quando o número de infecções confirmadas por coronavírus se aproximava de 70.000 após um rápido aumento nos últimos dias.

O Ministério da Saúde registrou 3.709 novos casos no último dia, elevando o total para 69.102. O número de mortos é de 718.

"Estamos muito perto do limite, porque tivemos um aumento muito grande nas necessidades e demandas de atendimento médico e de leitos em unidades de terapia intensiva e ventiladores", disse Piñera durante visita a um hospital em Santiago.

Mais de 1.000 pessoas foram hospitalizadas por doenças associadas ao coronavírus, segundo o governo.

O Chile, maior produtor mundial de cobre, confirmou seu primeiro caso de coronavírus no início de março e ultrapassou 50.000 infecções nesta semana.

Um terço da população de cerca de 19 milhões está em quarentena obrigatória no Chile depois que o governo colocou Santiago e várias outras cidades em isolamento total.

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Fonte:
Reuters/Estadão Conteúdo

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