CNA avalia perspectivas entre Brasil e China nos próximos 10 anos

Publicado em 28/05/2020 17:03

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu uma transmissão ao vivo para analisar as perspectivas da relação comercial entre Brasil e China nos próximos 10 anos.

O encontro contou com a participação da superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra, e do superintendente técnico, Bruno Lucchi.

As discussões foram baseadas em um relatório organizado pelo escritório da CNA em Xangai, a partir do documento “China Agricultural Outlook 2020-2029”. O estudo é resultado da 7ª Conferência sobre as Perspectivas Agrícolas da China 2020, realizada em abril deste ano, em Pequim.

O levantamento analisa 18 produtos agropecuários em aspectos como produção, consumo, comércio e preço para os próximos 10 anos. Na lista estão arroz, trigo, milho, soja, culturas oleaginosas, algodão, açúcar, legumes, batatas, frutas, carne suína, carne aviária, carnes bovina e ovina, ovos, lácteos, pescados e rações.

Lígia Dutra falou que a China é o principal parceiro comercial do Brasil e que nesse ano o país já vendeu mais de US$ 11 bilhões em produtos do agro para o país asiático, o que representa quase 38% de tudo que foi comercializado internacionalmente.

“É um país extremamente importante para nós e precisamos saber o que está acontecendo na agricultura chinesa para saber o espaço que nós teremos no futuro. A CNA está de olho e muito próxima do que está acontecendo na China para poder orientar os nossos produtores e a nossa produção”, disse ela.

O documento aponta que o PIB chinês deverá ter um crescimento médio anual de 5%, o que indica uma necessidade de parcerias comerciais com outros países, entre eles o Brasil, para manter as importações de produtos agropecuários.

Para Bruno Lucchi, as informações do documento serão importantes para a elaboração de políticas públicas e para que a agropecuária brasileira possa aproveitar um mercado tão importante para o produtor rural brasileiro.

“A crise do coronavírus vai impactar todo o agro e afetar o consumo interno. A exportação será importantíssima para que possamos equilibrar essa produção. Além de gerar divisas para o País, ela permite dar escala aos produtores, garantir que o pacote tecnológico seja melhorado constantemente e diversificar a renda do produtor rural”, afirmou ele.

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Fonte:
CNA

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1 comentário

  • Washington Campos Morada Nova de Minas - MG

    Mapa, CNA, FPA, políticos eleitos às custas de Bolsonaro estão alegres com a "parceria" de comunistas e traíras.....na China os traíras utilizados pelo partido tem o mesmo fim dos contrários ao PCC...ou vc acham que usa irá aceita Los com as moedas de judas???

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      OLHEM PESSOAL E APRENDAM COM A MAFIA --- NUNCA MISTUREM SENTIMENTOS COM NEGOCIOS -----PAREM DE FAZER REFERENCIAS A CHINA PORQUE ISSO FICA GRAVADO PARA SEMPRE ----NAO MISTUREM IDEOLOGIAS COM NEGOCIOS----NEGOCIOS SAO NEGOCIOS

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    • Gilberto Rossetto Brianorte - MT

      No passado, quando o PT estava governando, eu e a maioria dos colegas do Noticias Agricolas, condenavamos a política do Itamaraty daquele (des)governo, que priorizava negócios com Cuba, Venezuela e outros paises totalitários. Diziamos que, independentemente de quem estivesse no governo (esquerda ou direita), deveríamos preservar os negócios comerciais com todos os paises. Ai ganhamos a eleição e passamos a governar. Esperava então que os companheiros continuassem a pensar como antigamente; FAZER NEGÓCIOS COM TODOS OS PAISES. Mas, infelizmente o que vejo é que a maioria dos companheiros mudou de pensamento, agora só devemos priorizar os negócios com paises de direita e rechaçar os outros paises, mesmo que isso nos leve a maltratar nosso maior parceiro comercial. Espero que a China não leve a mal nosso destempero e venha a dar nos retaliar. Só para informar: a Africa possui 3 vezes a quantidade de nosso cerrado, aptos ao plantio de grãos, só não tem tecnologia e dinheiro, mas a China tem e fica bem mais perto dela.

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    • Washington Campos Morada Nova de Minas - MG

      O Vietnam não produzia café... Nossos consultores tornaram=se consultores deles... A preocupação não é deixar de vender pra China. A questão é a influência política da china no Brasil... Quanto à savana africana, ela também deve se desenvolver pois os africanos devem ter vida digna.

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    • Petter Zanotti Assis - SP

      Muitos comentários aqui são realmente válidos: negócios são negócios, amigos à parte! Lembrem sempre de um princípio de geopolítica: países não tem amigos somente interesses! Ou seja, precisamos priorizar nossos interesses acima de qualquer ideologia! Se a China é totalitária ou não, isso não é nosso problema. Temos que cuidar dos interesses do Brasil, e já temos problemas demais para ficar nos preocupando com o que ocorre lá fora. Criticar qualquer país que seja pela sua ideologia e basear nisso o comércio de nossos produtos é um tiro no pé!

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    • Luiz Alberto Garcia Rio de Janeiro - RJ

      Oportunidades são para serem aproveitadas. A China nos convida para sermos parceiros de seu desenvolvimento. Temos capacidade de abastecer, em grande parcela, todos os 18 produtos da lista apresentada. Não podemos ficar preso a assuntos ideológicos ou que não têm a mínima importância..., quanto à tecnologia a ser empregada, estamos no caminho certo, desenvolvendo e aprendendo. Somente não podemos negligenciar duas coisas das mais importantes, o desenvolvimento industrial- industria de ponta - e dos serviços nas mais diversas formas, pois poderemos ter que devolver tudo o que amealhamos no agronegócio, na aquisição dos demais bens e serviços.

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