Aras diz rejeitar atos que afetem normalidade institucional e critica fake news

Publicado em 01/06/2020 08:26

LOGO REUTERS

Por Eduardo Simões

SÃO PAULO (Reuters) - O procurador-geral da República, Augusto Aras, divulgou nota no domingo em que afirma que o Ministério Público rejeita "atos que possam afetar o ambiente de normalidade institucional" e cita especialmente as fake news, "que criam estados artificiais de animosidade entre as pessoas".

Na nota, assinada em conjunto com o presidente do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG), Fabiano Dallazen, Aras diz que a estabilidade do país depende do respeito à Constituição, especialmente pelos Poderes constituídos.

"Repudiamos atos que possam afetar o ambiente de normalidade institucional preservado desde a Lei Maior de 1988. Por isso, rejeitamos a intolerância, especialmente as fake news que criam estados artificiais de animosidade entre as pessoas, causando comoção social em meio a uma calamidade pública, com riscos de trágicas consequências para a povo", afirma a nota.

"O Ministério Público brasileiro está preocupado com este estado de coisas e cumprirá com os seus deveres constitucionais na salvaguarda da ordem jurídica que sustenta as instituições do país."

A nota de Aras vem depois de mais um fim de semana em que o presidente Jair Bolsonaro participou em Brasília de manifestações favoráveis a seu governo e com ataques aos outros Poderes da República: Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional.

Também no domingo, paralelamente aos atos a favor do presidente, aconteceram em algumas cidades manifestações contrárias a Bolsonaro e a favor da democracia. Em São Paulo, houve confronto com a Polícia Militar.

Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou mandados de busca e apreensão contra aliados de Bolsonaro no inquérito das fake news que tramita na corte, o que provocou forte reação do presidente, ao afirmar que não mais aceitaria medidas como aquela.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário