Agro faz Índice de Commodities do Banco Central subir 12,30% em maio

Publicado em 03/06/2020 16:45

O Índice de Commodities do Banco Central (IC-Br) subiu 12,30% em maio ante abril, informou nesta quarta-feira, 3, a instituição. O indicador passou de 200,81 pontos para 225,52 pontos.

Para efeito de comparação, o BC também divulga em seu documento o indicador internacional de commodities, o CRB, que avançou 4,76% na mesma relação mensal.

A alta do IC-Br na margem em maio foi resultado direto do avanço dos três segmentos que compõem o indicador: Agropecuária (12,32%), Metal (9,36%) e Energia (14,09%).

Em Agropecuária, estão incluídos itens como carne de boi, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café, arroz e carne de porco. Já o segmento de Metal reúne alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel. Por sua vez, em Energia estão inclusos os preços de gás natural, carvão e petróleo.

No acumulado do ano até maio, o IC-Br exibe alta de 9,72%, com Agropecuária em alta de 15,36%, Metal com elevação de 22,81% e Energia com queda de 21,08%. O CRB no período avançou 33,49%.

Em 12 meses até maio deste ano, o indicador do BC mostra alta de 17,91%, com Agropecuária em alta de 31,24%, Metal com elevação de 21,22% e Energia com queda de 24,93%. CRB do mesmo período avançou 28,04%.

BC: posição cambial líquida está em US$ 299,282 bilhões

A posição cambial líquida do Banco Central atingiu US$ 299,282 bilhões no dia 29 de maio, conforme dados divulgados nesta quarta-feira, 3, pela instituição. No fim de dezembro de 2019, essa posição estava em US$ 327,801 bilhões e, em abril deste ano, em US$ 303,410 bilhões.

A posição traduz o que está disponível para que o BC faça frente a alguma necessidade de moeda estrangeira - como fornecer liquidez ao mercado em momentos de crise como a atual, por exemplo.

A posição leva em conta as reservas internacionais, o estoque de operações de linha do BC (venda de dólares com compromisso de recompra), a posição da instituição em swap cambial e os Direitos Especiais de Saque (DES) do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI).

Maio

Após o prejuízo de R$ 8,340 bilhões com as operações de swap cambial em abril, o Banco Central registrou ganhos de R$ 3,538 bilhões em maio com sua posição pelo critério caixa.

Pelo conceito de competência, houve lucro de R$ 5,627 bilhões. O resultado pelo critério de competência inclui ganhos e perdas ocorridos no mês, independentemente da data de liquidação financeira. A liquidação financeira desse resultado (caixa) ocorre no dia seguinte, em D+1.

O BC obteve ainda um lucro de R$ 4,311 bilhões com a rentabilidade na administração das reservas internacionais no ano passado. Entram nesse cálculo ganhos e prejuízos com a correção cambial, a marcação a mercado e os juros.

Já o resultado líquido das reservas, que é a rentabilidade menos o custo de captação, ficou negativo em R$ 866 milhões em maio. O resultado das operações cambiais no período ficou positivo em R$ 4,760 bilhões.

No acumulado de 2020 até 29 de maio, o prejuízo com swaps somou R$ 51,281 bilhões pelo resultado caixa e R$ 53,875 bilhões pelo competência. Já a rentabilidade das reservas internacionais ficou positiva em R$ 561,316 bilhões, com resultado líquido positivo de R$ 515,268 bilhões e operações cambiais também positivas de R$ 461,392 bilhões.

O BC sempre destaca que, tanto em relação às operações de swap cambial quanto à administração das reservas internacionais, não visa ao lucro, mas fornecer hegde ao mercado em tempos de volatilidade e manter um colchão de liquidez para momentos de crise.

Fluxo cambial ao Brasil fecha maio positivo após 9 meses de saídas

SÃO PAULO (Reuters) - O fluxo cambial líquido ao Brasil fechou maio positivo em mais de 3 bilhões de dólares, no primeiro mês de superávit desde julho do ano passado, em resultado sustentado pela conta comercial.

Houve entrada líquida de 3,080 bilhões de dólares em maio, com sobra de 3,962 bilhões de dólares na conta comercial e déficit de 882 milhões de dólares nas operações financeiras, mostraram dados do Banco Central nesta quarta-feira.

Desde julho de 2019 (+2,912 bilhões de dólares) o país não concluía um mês com saldo positivo no fluxo de câmbio contratado. O resultado é o melhor desde fevereiro do ano passado (+8,626 bilhões de dólares).

Entre agosto de 2019 e abril de 2020 --período de sucessivos meses de fluxo negativo--, o país perdeu 55,290 bilhões de dólares.

Maio de 2020 começou com ingresso de recursos e se manteve assim até dia 14. Contudo, entre os dias 15 e 20 mais dinheiro deixou o país do que entrou. Nos dias seguintes até o fim de maio o fluxo voltou a se recuperar, com ingresso líquido de 1,830 bilhão de dólares no acumulado dos dias 21 e 29. Nesse mesmo período, o dólar caiu 6,15% ante o real.

No ano, porém, o saldo no câmbio contratado ainda é negativo em 9,651 bilhões de dólares, ante resultado positivo de 3,164 bilhões de dólares um ano antes.

Também em maio deste ano o BC liquidou a venda de 520 milhões de dólares das reservas. A combinação entre fluxo cambial positivo e venda de moeda spot levou os bancos a reduzir para 25,505 bilhões de dólares a posição líquida vendida em dólar à vista, menor patamar desde novembro do ano passado (23,804 bilhões de dólares).

O BC contabilizou em maio a recompra de 3,800 bilhões de dólares em linhas de moeda com compromisso de recompra.

Considerando outras operações da autoridade monetária no mercado --entre as quais venda de swaps cambiais e operações compromissadas em moeda estrangeira--, a posição cambial líquida do BC caiu ao fim de maio para 299,282 bilhões de dólares, ante 303,410 bilhões de dólares em abril e 329,850 bilhões de dólares em janeiro. É o menor nível desde pelo menos janeiro de 2018.

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Fonte:
Estadão Conteúdo/Reuters

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