Bolsas da Europa fecham em queda 4% em meio a pessimismo sobre recuperação

As bolsas da Europa tiveram um pregão de robustas perdas nesta quinta-feira, 11, com todos os principais índices acionários dos continentes encerrando nas mínnimas do dia. As previsões pessimistas para a recuperação da economia global, reforçadas ontem pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), pesaram sobre os negócios e o índice intercontinental Stoxx 600 fechou em baixa de 4,10%, a 353,07 pontos.
Após decisão de manter a taxa básica de juros inalterada, o presidente da autoridade monetária dos Estados Unidos, Jerome Powell, sinalizou que a trajetória para a retomada da atividade econômica ainda é muito incerta e afirmou que os dados do payroll de maio podem ter subestimado o nível do desemprego em três pontos percentuais.
Em comunicado, o Fed também se comprometeu a manter os juros na faixa atual (entre 0% e 0,25%) por um longo tempo, mas não anunciou novas medidas. "Para o mercado alimentado apenas pela liquidez do Fed, a atitude de "esperar para ver" do presidente Powell foi um amortecedor claro do sentimento dos investidores, empurrando os ativos de risco hoje para baixo", analisa o BK Asset Management.
Nesse cenário, o índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, recuou 3,99%, a 6.076,70 pontos. A petroleira BP despencou 6,84%, puxada pela forte queda nos preços do petróleo hoje, na esteira do quadro de aversão ao risco, que pressiona as commodities.
Em Frankfurt, o DAX teve baixa de 4,47%, a 11.970,29 pontos. A ação da Lufthansa foi destaque negativo, com tombo de 9,09%, após a companhia aérea informar que cortará mais de 22 mil postos de trabalho, como resultado dos efeitos da pandemia no setor de aviação
Em outras praças, o CAC 40, de Paris, cedeu 4,71%, a 4.815,60 pontos, enquanto o FTSE MIB, de Milão, caiu 4,81%, a 18.806,86 pontos. Em Madri, o Ibex 35 desabou 5,04%, a 7.278,00 pontos e, em Lisboa, o PSI 20 caiu 2,84%, a 4.356,08 pontos.
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