S&P 500 e Nasdaq encerram em alta com esperanças de vacina e dados melhores

Publicado em 01/07/2020 21:07

NOVA YORK (Reuters) - Os índices S&P 500 e Nasdaq iniciaram o terceiro trimestre em alta nesta quarta-feira, à medida que o crescente otimismo sobre uma vacina segura e eficaz contra o Covid-19 atenuou preocupações sobre chances de outra rodada de paralisações dos negócios.

As ações da Pfizer subiram mais de 3%, depois de a farmacêutica dizer que uma vacina contra o Covid-19, em desenvolvimento com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech, mostrou-se promissora e foi bem tolerada em testes em humanos em estágio inicial.

As ações da Pfizer estiveram entre os maiores impulsionadoras do S&P 500 e do Dow Jones, ajudando a melhorar o sentimento em Wall Street depois de o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do país informar 43.644 novos casos do coronavírus. As ações da BioNTech listadas nos EUA chegaram a saltar 18,9% antes de perderem força e fecharem em queda de 3,9%.

"As notícias da Pfizer certamente deram impulso para o mercado subir ainda mais, mas no geral este é um ímpeto muito positivo, olhando para além dessa nova disseminação do vírus, olhando para além dos eventuais tratamentos, eventuais vacinas e eventuais aberturas seguras da economia", disse Tim Ghriskey, estrategista-chefe de investimentos da Inverness Counsel, em Nova York.

Investidores também foram encorajados por alguns dados econômicos, já que as paralisações induzidas pelo coronavírus diminuíram. Um relatório divulgado nesta quarta-feira mostrou que a queda na produção global diminuiu em junho, com uma medida da produção manufatureira nos EUA atingindo o maior nível em mais de um ano.

Na quinta-feira, todos os olhares estarão voltados para o relatório do mercado de trabalho dos EUA fora o setor agrícola.

O Dow Jones caiu 0,3%, para 25.734,97 pontos, o S&P 500 ganhou 0,50%, para 3.115,86 pontos, e o ​​Nasdaq valorizou 0,95%, para 10.154,63 pontos.

Petróleo sobe mais de 1% após dados sobre estoque dos EUA e manufatura

NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo subiram mais de 1% nesta quarta-feira, apoiados pela queda nos estoques da commodity nos Estados Unidos após máximas recordes e por uma série de dados positivos de manufatura, embora o aumento no número de casos de coronavírus tenha limitado os ganhos.

O petróleo Brent fechou em alta de 0,76 dólar, ou 1,8%, a 42,03 dólares por barril. Já o petróleo dos EUA (WTI) avançou 0,55 dólar, ou 1,4%, para 39,82 dólares o barril.

Os estoques de petróleo dos EUA tiveram queda além do esperado na semana passada, de 7,2 milhões de barris, depois de atingirem máximas históricas por três semanas consecutivas, mostraram dados da Administração de Informação sobre Energia (AIE). Analistas projetavam um recuo de 710 mil barris. [nZON000KYS]

"As importações provenientes da Arábia Saudita foram praticamente zeradas, e eu acredito que esse recuo (dos estoques) seja o primeiro de uma série de quedas", disse Phil Flynn, analista sênior do Price Futures Group em Chicago.

A melhora na atividade econômica global também deu apoio aos preços. A atividade manufatureira dos EUA teve recuperação em junho, atingindo o maior nível em mais de um ano, enquanto a atividade industrial da China se expandiu em ritmo mais forte no mês passado. [nL1N2E81HA] [nL1N2E80G3]

Ainda assim, investidores seguem cautelosos após uma forte alta no número de casos de coronavírus nos EUA, seguida por um alerta do principal especialista em doenças infecciosas do governo norte-americano sobre a possibilidade de os casos dobrarem em breve no país.

Fed revisita ideia de prometer taxas de juros baixas

WASHINGtON (Reuters) - As autoridades do Federal Reserve estão estudando reviver uma estratégia da era da Grande Recessão para manter as taxas de juros baixas até que certas condições sejam atendidas, em uma tentativa de proporcionar uma recuperação mais rápida da recessão desencadeada pela pandemia do coronavírus.

Os formuladores de política monetária "de forma geral indicaram apoio" para vincular a política de taxas de juros a resultados econômicos específicos, de acordo com a ata do BC dos EUA de sua reunião dos dias 9 e 10 de junho, divulgada nesta quarta-feira.

Alguns membros do Fed se mostraram favoráveis à promessa de deixar as taxas de juros baixas até que a inflação atinja ou até ultrapasse modestamente a meta do Fed, de 2%.

Outros preferiram vincular a política da taxa de juros a uma taxa de desemprego específica; "alguns poucos" queriam garantir uma política de afrouxamento até uma data específica no futuro --abordagem que o Fed utilizou efetivamente em 2012 e em 2013.

No entanto, outros alertaram para o risco de se adotar quaisquer políticas, mencionando os riscos à estabilidade financeira. A ata mostrou que os formuladores de política monetária apoiaram de forma geral conceder ao público mais orientações explícitas acerca da trajetória futura, tanto para os juros quanto para compra de títulos, "à medida que mais informações sobre a trajetória da economia se tornam disponíveis".

O documento mostrou muito menos apoio e muitas perguntas sobre formas alternativas de suporte, incluindo o controle da curva de rendimento, estratégia em uso por outros bancos centrais globais.

As autoridades do Fed esperam a pior contração econômica desde a Segunda Guerra Mundial e não têm a intenção de desistir do fornecimento de estímulo no futuro próximo.

"Os membros notaram que esperam manter essa meta de intervalo de juros até que estejam confiantes de que a economia superou os eventos recentes e está a caminho de cumprir as metas de emprego máximo e estabilidade de preços", disse o Fed na ata.

 

HORIZONTE INCERTO

O Fed tem afirmado repetidamente que as perspectivas econômicas dos EUA permanecem altamente incertas e reiterou que uma recuperação econômica total depende de o vírus, que já matou mais de 127 mil pessoas nos Estados Unidos, ser controlado.

Desde a reunião, um salto em casos de Covid-19 nos EUA levou várias autoridades a alertar que sinais de uma recuperação econômica nas últimas semanas podem já estar ameaçados uma vez que os Estados mais afetados suspendem ou revertem a reabertura de suas economias.

A economia entrou em recessão em fevereiro e, apesar de uma recuperação conforme as restrições eram retiradas, a produção econômica e o emprego ainda estão muito abaixo dos níveis pré-crise. Mais de 30 milhões de pessoas estavam recebendo cheques de desemprego na primeira semana de junho, cerca de um quinto da força de trabalho.

Na reunião do mês passado, o Fed sinalizou que planejava anos de suporte extraordinário para a economia, com as autoridades projetando que a atividade encolheria 6,5% em 2020 e a taxa de desemprego ficaria em 9,3% no final do ano.

Além de reduzir a taxa de juros, o banco central também injetou trilhões de dólares na economia para manter o crédito a empresas e famílias.

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Fonte:
Reuters

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