Bolsonaro critica 'desinformação' e 'pânico disseminado' por causa da pandemia

Publicado em 12/07/2020 12:36

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo, 12, que o combate à pandemia da covid-19 foi marcado pela "desinformação" e "pânico". Em publicação em suas redes sociais, intitulada "a hora da verdade", o presidente também falou sobre a situação econômica do País.

"A desinformação foi uma arma largamente utilizada. O pânico foi disseminado fazendo as pessoas acreditarem que só tinham um grave problema para enfrentar", disse. Desde o início da pandemia, o presidente tem repetido o discurso que é preciso enfrentar o vírus e também o desemprego. "Sempre disse que o efeito colateral do combate ao vírus não poderia ser pior que o próprio vírus."

Na última terça-feira (7), Bolsonaro disse ter testado positivo para a covid-19. Em manifestações via redes sociais, Bolsonaro afirmou estar se tratando com cloroquina, (medicamento sem eficácia comprovada contra a doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), diz o Estadão.

"A realidade do futuro de cada família brasileira deve ser despolitizada da pandemia. Os números reais dessa guerra brevemente aparecerão", declarou o presidente, que tem criticado medidas de distanciamento social tomadas por prefeitos e governadores para combater o avanço da covid-19.

Bolsonaro não esclareceu na publicação a que "números reais" se referia. Procurada, a Secretaria Especial de Comunicação informou que o Planalto não comentará o assunto.

A pandemia já registrou no Brasil 71.469 mortes pela doença e 1 839.850 casos confirmados em todas as unidades da federação, segundo o Ministério da Saúde. O País completa neste domingo 58 dias sem um titular na pasta, que está sendo comandada interinamente pelo general Eduardo Pazuello.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse no último sábado, 11, que o Exército está se associando a um "genocídio", ao se referir à crise sanitária instalada no País em meio à pandemia do novo coronavírus, agravada pela falta de um ministro efetivado no cargo.

Recessão

O presidente também disse que o País se encontra "na beira da recessão" com "milhões de empregos destruídos e dezenas de milhões de informais sem renda". "Não será fácil, mas havemos de recomeçar", acrescentou.

O chefe do Executivo afirmou que a situação só não está pior em função das ações do governo federal. Ele mencionou a liberação de crédito para pequenas e médias empresas e do socorro fiscal de R$ 60,1 bilhões para Estados e municípios, além do auxílio emergencial de R$ 600.

Como revelado pelo Estadão/Broadcast, passados 80 dias do início do programa, há ainda 10 milhões de brasileiros na fila para receber o auxílio emergencial. Esse grupo da população que aguarda o resultado da análise ou reanálise do Executivo para concessão do benefício.

Bolsonaro: “Temos o país na beira da recessão” (em O Antagonista)

Jair Bolsonaro usou o Facebook neste domingo para reforçar sua preocupação com a economia do país em meio à pandemia da Covid-19.

“Milhões de empregos destruídos, dezenas de milhões de informais sem renda e um país na beira da recessão”, afirmou.

“Sempre disse que o efeito colateral do combate ao vírus não poderia ser pior que o próprio vírus. A realidade do futuro de cada família brasileira deve ser despolitizada da pandemia. Os números reais dessa guerra brevemente aparecerão.”

O presidente afirmou ainda que o “pânico foi disseminado fazendo as pessoas acreditarem que só tinham um grave problema para enfrentar.”

Pela primeira vez,Trump usa máscara em visita a centro médico militar

(Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem evitado usar máscaras em público mesmo com o coronavirus se disseminando, usou uma no sábado em um centro médico militar perto de Washington, onde encontrou soldados feridos e profissionais de saúde que estão na linha de frente da pandemia. 

A visita ao Walter Reed National Military Medical Center marcou a primeira aparição pública de Trump com uma máscara desde que o vírus começou a se espalhar pelos Estados Unidos neste ano. 

Trump já havia se recusado a usar máscaras em público anteriormente, ou a pedir que outros norte-americanos o fizessem, dizendo que era uma escolha pessoal, apesar de dizer que usaria se estivesse em uma multidão e não pudesse manter distância de outras pessoas.

"Eu acho que quando você está em um hospital, especialmente naquele local, em que você está conversando com vários soldados, em alguns casos pessoas que acabaram de sair de uma mesa de cirurgia, eu acho que usar uma máscara é uma coisa boa", disse Trump a repórteres na Casa Branca, um pouco antes de sua visita ao Walter Reed.

No centro médico, Trump passou pela imprensa, cuidadosamente posicionada para aproveitar uma oportunidade para fotos, usando uma máscara azul marinho com um selo presidencial estampado em dourado. Ele disse apenas “obrigado” enquanto passava. 

 

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Fonte:
Estadão Conteúdo

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