Guedes reitera plano de criação de nova base tributária e diz ser favorável à reforma ampla

Publicado em 29/07/2020 13:23 e atualizado em 29/07/2020 14:45

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, reiterou nesta quarta-feira o plano econômico da equipe de criação de uma nova base tributária ampla, acrescentando que, se uma ideia prosperar, será possível reduzir e excluir outros impostos.

"Não vamos aumentar os impostos, redistribuir, criar uma nova base ampla. Se você criar uma nova base ampla e tributar um pouco ali, poderá reduzir o Imposto de renda, remover alguns IPI, pode reduzir até cinco, seis, sete , oito, dez impostos se você tiver uma base ampla onde você pode criar uma nova incidência para pessoas que não pagam ", afirmou.

Em comunicado à imprensa após participar no Palácio do Planalto da primeira reunião técnica para discutir pontos do texto da reforma tributária, o ministro defendeu que essa base ampla consegue obter tanto economia paralela quanto informal quanto novos novos que estão surgindo na economia digital que atualmente não são tributados.

Os membros da equipe econômica já sinalizaram para estudar um imposto sobre taxas, que seria instituído nos moldes da extensa CPMF, para bancar a desoneração da folha - um plano antigo antigo de Guedes para impulsionar a geração de empregos.

Nesta quarta-feira, ele afirmou que o projeto de lei de autoria do executivo já encaminhado na semana passada representa apenas um primeiro passo.

O ministro disse estar muito confiante em uma reforma ampla "como consultar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição)" que já tramita no Congresso. Após uma proposta de junção de PIS e Cofins enviados pela equipe econômica, ele declarou que o governo tratará de temas como impostos seletivos, imposto sobre renda e desoneração da folha.

Sobre uma reunião, Guedes avaliou que a manhã foi produtiva e que governo e parlamentares estão ficando "na mesma página" em relação aos princípios da reforma.

Ao lado do ministro, o relator da Câmara PEC 45, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse que as audiências públicas sobre reforma tributária começam a ser iniciadas na próxima semana e que estão conversando em curso para Guedes participar da primeira audiência.

Também participou da reunião nesta quarta-feira do ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e o secretário especial da Receita Federal, José Tostes.

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Fonte:
Reuters

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1 comentário

  • Gilberto Rossetto Brianorte - MT

    Eu não sei se o Governo Federal está brincando ou fazendo um teste, porque é lamentável que, após um ano e meio de governo, apresente para ser discutido um proposta capenga, onde a única coisa que consegui vislumbrar é aumento de impostos. Não enfrenta os impostos estaduais, nem municipais. Muito menos alivia o inferno burocrático da escrituração contábil. Se não quer fazer nada, pelo menos que o Governo Federal apoie a proposta do ex-deputado Hauly que está lá no Senado para ser examinada (faz mais de ano). Esta proposta não diminui a arrecadação, mas extingue completamente a burocracia e a loucura que é nosso sistema tributário. O crescimento do Brasil dependerá do seu sistema tributário, se ficar no mesmo, estaremos fadados a pobreza, até que um governo tenha a coragem de mudar. No momento que tirarem as amarras do sistema tributário e trabalhista, o Brasil crescerá 10% ao ano. Prá variar serão os políticos a decidiram o destino do Brasil.

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