Estoque de crédito no Brasil sobe 0,8% em junho e 4,2% no 1º semestre, diz BC

Publicado em 29/07/2020 13:26 e atualizado em 29/07/2020 13:56

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O estoque total de crédito no Brasil subiu 0,8% em junho sobre maio, a 3.625 trilhões de reais, resultado guiado principalmente pelo aumento de financiamentos e empresas em meio de operação de programas mais recentes voltados para pequenos negócios, divulgou o Banco Central nesta quarta-feira.

Com isso, o estoque total passou 50,4% do Produto Interno Bruto (PIB).

Enquanto entre empresas ou crescimento de crédito foi de 1% em junho ante maio, entre famílias e aumento foi de 0,7%.

Na parte de crédito direcionado, em que as taxas de juros são fixadas pelo governo, houve um aumento de 1,7% no mês para pessoas jurídicas, num reflexo da concessão de financiamento em programas como o Pronampe, voltado para micro e pequenas empresas.

Por conta do programa, uma linha "outros créditos direcionados" teve alta de 6,8% em maio, informou o BC, um acréscimo de 6,2 bilhões de reais. Os destinos, cerca de 5 bilhões de reais, podem ser atribuídos ao Pronampe, informados pelo chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha.

O Pronampe nasceu com um orçamento de 15,9 bilhões de reais para garantir até 100% das operações de crédito e negócios de menor porte e, em julho, os bancos já localizados e informando que uma linha seria exaurida.

Na primeira metade do ano, o crédito às pessoas jurídicas teve aumento de 8,3%, ao passo que entre as pessoas físicas a expansão foi bem mais tímida, de 1,2%.

De maneira geral, um crédito de alta no país foi de 4,2% no primeiro semestre, chegando em 12 meses a 9,8%.

Para 2020, o BC previu no mês passado uma alta de crédito de 7,6%, acima dos 4,8% antes de uma revisão puxada pela expectativa de mais financiamentos para empresas em função da sua necessidade de caixa exibida nas próximas vendas em meio à pandemia de coronavírus.

Em relação ao custo dos financiamentos no país, os juros médios caíram 27,9% no ano em junho, contra 29,6% no mês anterior, dados que consideram apenas o segmento de recursos livres, sem qualificações de taxas disponíveis livremente pelas instituições financeiras.

O spread, que mede a diferença entre os taxa de captação de bancos e a cobrança de seus clientes, recebe 1,3 ponto no mesmo período, a 23,4 pontos percentuais.

Por sua vez, uma inadimplência em recursos livres diminuiu 3,7%, cerca de 4,0% em maio.

SINAIS DE RECUPERAÇÃO

Rocha, do BC, chamou a atenção para uma reação em junho nos cartões de crédito com vista para compras feitas por pessoas físicas, com aumento de 3,4%, após retração na vista em abril e maio.

"Houve um crescimento, mas essa é uma recuperação gradual que ocorre na economia", ponderada, após destacar que, mesmo com uma expansão, o estoque nessa modalidade, agora em 168,7 bilhões de reais, segue adiante do patamar visto até março, de 192,1 bilhões de reais.

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Fonte:
Reuters

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