Custo da alimentação em casa sobe quase 4% no 1º semestre, afirmam pesquisadores

Publicado em 04/08/2020 14:21

A partir do início da quarentena em virtude da Covid-19, muitas pessoas foram colocadas em regime de teletrabalho, alterando alguns hábitos, entre os quais a opção de preparar as refeições no lar, comentam Vagner Martins e Celso Vegro, pesquisadores da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que atuam no Instituto de Economia Agrícola (IEA).

Sendo assim, o famoso "PF" (prato feito), refeição largamente consumida no Brasil, geralmente composta por arroz, feijão, salada (alface e tomate), batata e uma proteína animal (carne bovina, suína, frango ou ovo), começou a ser preparado em casa.Sendo assim, o famoso "PF" (prato feito), refeição largamente consumida no Brasil, geralmente composta por arroz, feijão, salada (alface e tomate), batata e uma proteína animal (carne bovina, suína, frango ou ovo), começou a ser preparado em casa.

Nessa abordagem, foram analisados os preços médios dos seguintes itens: arroz, feijão, carne bovina, carne suína, carne de frango, ovos, tomate e alface para a salada, batata, cebola e óleo de soja. O preço médio dos produtos foi ponderado pelos tipos, variedades, local de aquisição e fatores socioeconômicos regionalizados, explicam os pesquisadores, ressaltando que os itens: cebola e óleo de soja fazem parte do cálculo por serem indispensáveis na montagem do prato. Lembrando que, os dados se referem apenas ao dispêndio com os itens alimentícios para o preparo da refeição feita na residência, pedidos delivery não se enquadram. Assim como, os custos com gás de cozinha, energia elétrica, dentre outros, não foram considerados.Nessa abordagem, foram analisados os preços médios dos seguintes itens: arroz, feijão, carne bovina, carne suína, carne de frango, ovos, tomate e alface para a salada, batata, cebola e óleo de soja. O preço médio dos produtos foi ponderado pelos tipos, variedades, local de aquisição e fatores socioeconômicos regionalizados, explicam os pesquisadores, ressaltando que os itens: cebola e óleo de soja fazem parte do cálculo por serem indispensáveis na montagem do prato. Lembrando que, os dados se referem apenas ao dispêndio com os itens alimentícios para o preparo da refeição feita na residência, pedidos delivery não se enquadram. Assim como, os custos com gás de cozinha, energia elétrica, dentre outros, não foram considerados.

Em relação à variação simples de preços dos produtos, entre os meses de janeiro e junho, observa-se que dois itens (carne suína e frango) tiveram seus valores médios de venda reduzidos em 3,09% e 6,51%, respectivamente. Os demais nove produtos em análise seguiram caminho oposto, com destaque para as variações positivas de cebola (50,96%), feijão (37,61%) e batata (29,95%). Com estes resultados, é possível observar claramente que os produtos de origem vegetal pressionaram mais o dispêndio do que os de origem animal, exceção feita aos preços médios de ovos, que variaram 21,58%, sendo a proteína que mais aumentou na comparação entre janeiro e junho deste ano (permanecendo no prato, porém, por ser ainda a mais barata delas).Em relação à variação simples de preços dos produtos, entre os meses de janeiro e junho, observa-se que dois itens (carne suína e frango) tiveram seus valores médios de venda reduzidos em 3,09% e 6,51%, respectivamente. Os demais nove produtos em análise seguiram caminho oposto, com destaque para as variações positivas de cebola (50,96%), feijão (37,61%) e batata (29,95%). Com estes resultados, é possível observar claramente que os produtos de origem vegetal pressionaram mais o dispêndio do que os de origem animal, exceção feita aos preços médios de ovos, que variaram 21,58%, sendo a proteína que mais aumentou na comparação entre janeiro e junho deste ano (permanecendo no prato, porém, por ser ainda a mais barata delas).

Ponderando o peso proporcional de cada um dos ingredientes na preparação do prato, foi detectado um aumento de 3,91% entre janeiro e junho, quando o custo para preparação do prato feito no domicílio passou de um valor mensal de R$ 186,70 para R$ 194,00. Comparativamente ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IPCA/IBGE), que em igual período acumulou -0,47%, verifica-se que ao final do 1º semestre de 2020, houve um aumento real no dispêndio com a alimentação.Ponderando o peso proporcional de cada um dos ingredientes na preparação do prato, foi detectado um aumento de 3,91% entre janeiro e junho, quando o custo para preparação do prato feito no domicílio passou de um valor mensal de R$ 186,70 para R$ 194,00. Comparativamente ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IPCA/IBGE), que em igual período acumulou -0,47%, verifica-se que ao final do 1º semestre de 2020, houve um aumento real no dispêndio com a alimentação.

A propagação da pandemia pelas distintas regiões do País desorganiza as cadeias produtivas e afeta a procura pelos gêneros alimentares. Os preços reagem a esses novos modelos de negócio que vêm se estabelecendo neste período, assim como às maiores exigências quanto a segurança do alimento a ser consumido. Esse tipo de oscilação continuará ocorrendo a depender da sensibilidade de cada cadeia de produção aos reflexos da pandemia e de sua capacidade de recuperação no ambiente pós-pandêmico. "Mantida essa tendência de sucessivos incrementos nos preços dos alimentos, o momento da refeição passará a ser conhecido como o do prato (des)feito", concluem os pesquisadores.A propagação da pandemia pelas distintas regiões do País desorganiza as cadeias produtivas e afeta a procura pelos gêneros alimentares. Os preços reagem a esses novos modelos de negócio que vêm se estabelecendo neste período, assim como às maiores exigências quanto a segurança do alimento a ser consumido. Esse tipo de oscilação continuará ocorrendo a depender da sensibilidade de cada cadeia de produção aos reflexos da pandemia e de sua capacidade de recuperação no ambiente pós-pandêmico. "Mantida essa tendência de sucessivos incrementos nos preços dos alimentos, o momento da refeição passará a ser conhecido como o do prato (des)feito", concluem os pesquisadores.

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Fonte:
Sec. de Agricultura de SP

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