Merkel diz que pandemia vai piorar e que vacina é crucial para volta à normalidade

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse nesta sexta-feira que a pandemia de coronavírus deve piorar nos próximos meses e que a vida não voltará ao normal até se desenvolver uma vacina para combatê-la.
Embora a Alemanha não vá saldar totalmente a dívida em que incorreu devido às medidas de alívio adotadas para compensar o impacto econômico do vírus antes de 2058, tal estímulo foi essencial, porque não se podia permitir que a economia travasse, disse ela.
Em reação à pandemia, seu governo também trabalhará no espírito da coesão social, acrescentou, exortando os cidadãos a não baixarem a guarda contra o vírus.
"Este é um assunto sério, tão sério quanto sempre foi, e é preciso continuar levando-o a sério", disse ela em uma coletiva de imprensa.
Enquanto isso, a Comissão Europeia está trabalhando para assinar contratos adicionais com farmacêuticas para obter vacinas contra Covid-19, disse ela.
Como nenhuma das muitas vacinas em desenvolvimento em todo o mundo já passou pelos testes de estágio avançado, a Comissão Europeia fez um pagamento inicial de 336 milhões de euros à farmacêutica britânica AstraZeneca para garantir ao menos 300 milhões de doses de sua vacina contra Covid-19 em potencial.
"Mais destes contratos estão sendo elaborados", disse Merkel.
A Alemanha tem conseguido manter os casos e mortes de Covid-19 relativamente baixos na comparação com outros grandes países europeus.
Mas, alinhado à tendência vista na maior parte do mundo, seu número de infecções diárias novas vem aumentando desde o início de julho e se acelerou nas últimas semanas.
A coesão social é um fator central no combate à ameaça, já que o vírus afeta alguns grupos, como idosos e famílias de baixa renda, mais do que outros, explicou a chanceler.
Seu governo também "fará tudo para que nossas crianças não sejam as perdedoras da pandemia. Escolas e creches precisam ser as coisas mais importantes".
Merkel se reuniu com os líderes dos Estados alemães na quinta-feira para combinar padrões comuns para conter a disseminação do vírus.
Eles concordaram sobre a necessidade de manter as escolas abertas e sobre a decisão de proibir grandes eventos, como partidas esportivas e concertos, ao menos até o final do ano, além de adotar regras de quarentena mais rígidas para viajantes voltando de países na lista de alto risco da Alemanha --a maioria de fora da Europa e algumas regiões dentro da União Europeia, como Paris e a maior parte da Espanha.
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