Clarida, do Fed, defende aumento dos juros em 2023

Publicado em 04/08/2021 11:35

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WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve deveria se preparar para começar a aumentar a taxa de juros em 2023, disse o vice-chair do Fed, Richard Clarida, nesta quarta-feira, prevendo que a economia dos Estados Unidos permanecerá no caminho certo para cumprir as metas de emprego e inflação do banco central norte-americano.

"Acredito que essas... condições necessárias para aumentar a faixa para a meta da taxa básica de juros terão sido alcançadas até o final de 2022", disse Clarida em comentários preparados para uma discussão virtual do Peterson Institute for International Economics. "O início da normalização da política (monetária) em 2023 será, sob essas condições, totalmente consistente com nosso novo quadro flexível de meta de inflação média."

As autoridades do Fed têm uma série de visões sobre quando começar a aumentar a taxa de juros de referência do banco central, que atualmente está perto de zero, mas várias delas aceleraram a previsão para fazê-lo.

De acordo com as projeções trimestrais divulgadas na reunião de política monetária do Fed de junho, 13 das 18 autoridades agora veem os juros mais altos em 2023, com sete delas apontando um aumento das taxas já no próximo ano.

Em seus comentários preparados nesta quarta-feira, Clarida disse que espera que a meta de pleno emprego do Fed seja alcançada até o final de 2022. Embora ele ainda espere que as atuais leituras de inflação alta se moderem, caso o indicador de inflação favorito do Fed fique acima de 3% este ano, ele também disse que consideraria isso mais do que uma ultrapassagem moderada da meta de inflação do Fed.

"Acredito que os riscos às minhas perspectivas para a inflação são altistas", disse Clarida.

Ele também observou que a rápida disseminação da variante Delta do coronavírus é "claramente" um risco negativo, mas acrescentou que as projeções atuais para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA neste ano, se confirmadas, "seriam o retorno mais rápido após uma recessão" em 50 anos para a tendência do nível do PIB real.

(Por Lindsay Dunsmuir e Ann Saphir)

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Fonte:
Reuters

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