Dólar recua ante real com possibilidade de veto a fundo eleitoral
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O dólar voltava a cair contra o real nesta terça-feira, com investidores repercutindo notícia de que o presidente Jair Bolsonaro poderia vetar o "fundão" eleitoral aprovado pelo Congresso, enquanto aguardavam a votação da reforma do Imposto de Renda.
Bolsonaro afirmou nesta terça-feira ter intenção de vetar parcialmente o valor do fundo, atualmente de 5,7 bilhões de reais, mas, se não for possível o veto parcial, optará pelo veto completo.
"Bolsonaro quer vetar os gastos com o 'fundão' e, ao mesmo tempo, os investidores estão na expectativa de que o projeto do Imposto de Renda seja aprovado sem taxação de dividendos, e isso fortalece o real frente ao dólar", disse à Reuters Lucas Schroeder, diretor de operações da Câmbio Curitiba.
A Câmara dos Deputados vota nesta terça-feira o projeto que altera regras do Imposto de Renda, parte do conjunto de medidas que integram a reforma tributária em tramitação no Congresso.
Às 13:02, o dólar recuava 0,45%, a 5,2572 reais na venda, após tocar 5,2367 reais na mínima intradiária. Mais cedo, a moeda chegou a ser negociada brevemente em território positivo, indo a 5,3003 reais na máxima do dia, alta de 0,36%.
Depois de superar os 5,30 reais, o dólar logo começou a devolver os ganhos, em parte devido a um movimento de realização de lucros, disse Schroeder, uma vez que esse é um patamar técnico importante.
Enquanto isso, no exterior, a moeda norte-americana apresentava comportamento inverso, ganhando força contra a maioria de seus pares. O índice do dólar subia 0,5% nesta manhã.
"As preocupações dos investidores com os possíveis impactos da variante Delta sobre o processo de reabertura pesam sobre os negócios nesta manhã", explicaram em nota analistas do Bradesco.
Ao mesmo tempo, a tensão geopolítica no Afeganistão tem sido fator de estresse internacional, levando investidores internacionais a buscar refúgio no dólar, apontou Schroeder, da Câmbio Curitiba.
O contrato mais líquido de dólar futuro rondava estabilidade, a 5,2700 reais. A taxa de câmbio no mercado futuro pouco se mexia depois de na véspera ter quase zerado a alta até o fim dos negócios, às 18h (de Brasília).
A cotação no mercado spot, porém, manteve-se em firme alta, uma vez que encerrou às 17h --não acompanhando, assim, a correção vista nos contratos de dólar da B3. O dólar à vista subiu 0,67%, a 5,2812 reais, maior nível desde 26 de maio (5,3127 reais).
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