Queiroga, que acompanhava Bolsonaro em Nova York, está com Covid-19 e ficará de quarentena nos EUA

Publicado em 22/09/2021 08:33

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Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, teve resultado positivo para a Covid-19 nesta terça-feira, em Nova York, onde acompanhava o presidente Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas.

Em nota, a Secretaria de Comunicação da Presidência informou que Queiroga não retornou ao Brasil com a comitiva brasileira e ficará em isolamento em Nova York por cerca de 15 dias. Os demais membros da comitiva --no total, 15 pessoas acompanharam Bolsonaro na viagem--, segundo a Presidência, já teriam sido testados, com resultado negativo.

Pouco depois, o próprio Queiroga comentou sua situação.

"Comunico a todos que hoje testei positivo para #Covid19. Ficarei em quarentena nos #EUA, seguindo todos os protocolos de segurança sanitária. Enquanto isso, o @minsaude seguirá firme nas ações de enfrentamento à pandemia no Brasil", disse o ministro no Twitter.

Desde domingo, Queiroga teve convivência próxima, inclusive em locais fechados e em que ficou sem máscara, com vários membros da delegação, inclusive o próprio presidente e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Na noite de domingo, o ministro foi fotografado com o presidente e outros membros da delegação comendo uma pizza na calçada em Nova York. Na segunda, participou de encontros com investidores e uma ação sobre doenças raras com a primeira-dama Michelle Bolsonaro --nessas ocasiões, foi fotografado de máscara.

Queiroga também era um dos membros da delegação que esteve na reunião bilateral com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, na segunda. À noite, esteve no jantar oferecido pelo representante do Brasil na Missão Brasileira na ONU, embaixador Ronaldo Costa Filho. Na saída, foi filmado dentro de uma van com os demais ministros fazendo um gesto obsceno para manifestantes contrários ao governo --também de máscara.

De acordo como uma fonte, Queiroga está sem sintomas. A infecção foi detectada em testes de rotina, antes da viagem de volta ao Brasil. O ministro, que é médico cardiologista, foi vacinado no início da campanha no Brasil, como profissional de saúde.

Apesar da afirmação da Secom de que os demais membros da delegação foram já testados, o tempo não é suficiente para detectar a contaminação. Especialista alertam que, em casos assintomáticos, é necessário esperar pelo menos três dias após o contato para garantir um resultado mais preciso.

Em Nova York, o trabalho presencial na Missão Brasileira na ONU foi suspenso e os servidores, enviados para home office. Apesar da Assembleia-Geral estar em plena atividade, o Brasil não terá representantes nos próximos dias.

Já o presidente e sua comitiva embarcaram esta noite em Nova York. A chegada em Brasília está prevista para às 7h da manhã de quarta-feira.

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Fonte:
Reuters

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