Atolado em escândalo, Boris Johnson busca fortalecer autoridade
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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, buscava nesta sexta-feira reforçar sua autoridade depois que uma assessora próxima pediu demissão por falsa alegação do premiê de que o líder do Partido Trabalhista, de oposição, não processou um notório abusador sexual infantil.
Johnson, que em 2019 conquistou a mais ampla maioria conservadora desde Margaret Thatcher, tem se recusado repetidamente a renunciar devido a revelações de que ele e alguns de seus aliados participaram de festas na residência oficial de Downing Street durante o lockdown para conter a disseminação da Covid.
Essas revelações levantaram questões sobre o estilo de liderança muitas vezes caótico de Johnson e levaram à maior ameaça a ele desde que assumiu o cargo. Elas ocorrem após uma série de outros escândalos.
Johnson admitiu que problemas precisam ser resolvidos no coração de Downing Street, que serve tanto como sua casa quanto o centro do Estado britânico.
Munira Mirza, sua chefe de política que trabalhou com ele por 14 anos, deixou o cargo na quinta-feira devido à alegação de Johnson de que o líder trabalhista, Keir Starmer, não processou o pedófilo Jimmy Savile durante seu período como diretor de promotoria pública (DPP).
O ministro das Finanças de Johnson, Rishi Sunak, disse incisivamente que ele não teria feito tal observação. Starmer classificou o comentário de Johnson como um insulto ridículo --e teoria da conspiração-- que mostra que Johnson não é adequado para ser líder britânico.
Ministros apresentaram três demissões adicionais, seguindo Mirza, como evidência de que Johnson estava resolvendo os problemas em Downing Street e "assumindo o comando", embora permanecesse uma irritação considerável contra Johnson dentro de seu próprio partido.
"Estou profundamente preocupado com o que está acontecendo", disse Huw Merriman, parlamentar conservador que preside o comitê seleto de transporte, à rádio BBC.
Merriman disse que, se um primeiro-ministro não se encaixou, ele teria que partir, acrescentando que muitos eleitores conservadores estavam chateados e entristecidos com os recentes eventos nos mais altos níveis do Estado britânico.
Um integrante da unidade política de Johnson também se demitiu na sexta-feira, disse o editor do site Conservative Home. Downing Street se recusou a fazer comentários imediatos.
(Reportagem de Guy Faulconbridge e Kate Holton)
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