Biden apoia mais ajuda militar à Ucrânia; Ocidente mostra unidade contra guerra russa
![]()
Por Jarrett Renshaw e Sabine Siebold
BRUXELAS (Reuters) - Líderes ocidentais mostraram unidade contra a guerra do Kremlin na Ucrânia, nesta quinta-feira, quando Washington buscou mais ajuda militar à Ucrânia, Londres impôs novas sanções contra Moscou e a aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) designou mais tropas para seu flanco leste.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, pediu aos países da Otan, da União Europeia e do G7 reunidos em Bruxelas para ajudar Kiev a combater a invasão da Rússia, que matou milhares e expulsou um quarto dos 44 milhões de ucranianos de suas casas.
"Estamos determinados a continuar impondo custos à Rússia para trazer o fim desta guerra brutal", disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, aos líderes reunidos na sede da aliança militar ocidental.
"Discutiremos o apoio aliado à Ucrânia. Também abordaremos os esforços da Otan para fortalecer nossas defesas agora e nos próximos anos."
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse na sessão a portas fechadas que é a favor do envio de mais tropas para o flanco leste da Otan, informou uma autoridade graduada do governo dos EUA, acrescentando que Washington está trabalhando para apoiar a Ucrânia com mísseis antinavio.
A Otan, no entanto, rejeitou repetidos apelos de Kiev para defender os céus da Ucrânia de ataques aéreos russos, e Zelenskiy --que se juntou à cúpula da Otan por meio de uma videochamada-- reclamou que o Ocidente não forneceu tanques ou sistemas antimísseis modernos.
A Otan também não enviará tropas ou aviões para a Ucrânia, reiterou Stoltenberg, que permanecerá como chefe da aliança até 30 de setembro de 2023, além do final de seu mandato atual no final de 2022, devido à guerra.
"A Otan ainda não mostrou o que a aliança pode fazer para salvar as pessoas", disse Zelenskiy na cúpula, acrescentando acreditar que o presidente russo, Vladimir Putin, também quer atacar membros do leste da Otan --Polônia e os países bálticos.
Putin diz que sua "operação militar especial" visa desarmar a Ucrânia, cujas aspirações de se juntar à Otan e à UE são repreendidas por Moscou.
A Otan aumentou presença em suas fronteiras orientais, com cerca de 40.000 soldados espalhados do Báltico ao Mar Negro. A cúpula concordou em implantar quatro novas unidades de combate na Bulgária, Romênia, Hungria e Eslováquia.
Uma autoridade da Otan estimou que até 15.000 soldados russos foram mortos na Ucrânia até agora e que um total de até 40.000 foram mortos, feridos, feitos prisioneiros ou estão desaparecidos.
O Reino Unido sancionou nesta quinta-feira outra onda de bancos russos, incluindo Gazprombank e Alfa Bank, bem como uma mulher que Londres disse ser enteada de Sergei Lavrov, veterano ministro das Relações Exteriores de Putin.
"Putin já cruzou a linha vermelha para a barbárie", disse o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, acrescentando: "Quanto mais duras nossas sanções... quanto mais pudermos fazer para ajudar a Ucrânia... mais rápido isso pode acabar".
0 comentário
Putin disse a Trump que posição da Rússia mudará após ataque de drones ucranianos à residência presidencial
Wall Street cai com ações de tecnologia vacilando na última semana de 2025
Ibovespa recua com Vale e ajustes mas segue a caminho de alta de mais de 30% em 2025
Taxas dos DIs oscilam perto da estabilidade com liquidez reduzida
Dólar sobe no Brasil em dia de liquidez reduzida nos mercados
Minério de ferro sobe com promessa da China de políticas fiscais mais proativas em 2026