Diretoria do FMI aprova novo programa de US$45 bi para a Argentina, dizem fontes
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Por Jorgelina do Rosario e Rodrigo Campos
NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional aprovou nesta sexta-feira um novo programa de 45 bilhões de dólares para a Argentina, disseram três fontes à Reuters, o que permitirá ao país reestruturar sua dívida com a instituição.
O programa, acordado após um ano de negociações de forma consensual, segundo duas das fontes, será o 22º para a Argentina desde que o país se uniu ao Fundo, em 1956. Ele substitui um programa anterior de 57 bilhões de dólares de 2018 que havia sido o maior na história do organismo, e para o qual a Argentina ainda deve mais de 40 bilhões de dólares.
Um porta-voz do FMI não comentou o tema de imediato.
Reduzir o déficit fiscal, aumentar as taxas de juros e cortar os subsídios à energia são demandas centrais do acordo, que não exige reformas trabalhistas ou previdenciárias.
A aprovação ocorre depois que o Congresso da Argentina aprovou em 17 de março o aspecto de financiamento do acordo técnico, que não incluía as políticas que devem ser adotadas para manter a economia nos trilhos e a dívida sustentável.
As divisões políticas dentro da coalizão de centro-esquerda governista da Argentina se ampliaram com o acordo e há temores de que as restrições econômicas prejudiquem ainda mais a população, que lida com uma inflação acima de 50%.
"É muito improvável que isso desencadeie o choque positivo de confiança, o aumento do investimento privado e o acesso aos mercados de capitais internacionais de que o país tanto precisa", disse Alejo Czerwonko, CIO de mercados emergentes para as Américas do UBS Global Wealth Management.
O Fundo também corre o risco de danos à reputação se o programa não for bem-sucedido. O acordo da Argentina de 2018 foi o maior da história do FMI.
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