Xangai endurece lockdown, e mantém pessoas presas em seus apartamentos por mais 3 dias, “em silêncio”

Publicado em 14/05/2022 18:55

XANGAI/PEQUIM (Reuters) – Xangai apertou seu lockdown contra a Covid-19 em o que espera ser sua última semana de batalha contra o vírus antes de começar a gradualmente aliviar as restrições, enquanto Pequim continua enfrentando seu surto bem menor, mas persistente.

O polo comercial da China de 25 milhões de habitantes quer deixar para trás o seu doloroso lockdown de seis semanas no fim deste mês. Autoridades neste sábado manifestaram a esperança de que uma última rodada de restrições erradicará as últimas infecções do pior surto de Covid-19 do país durante a pandemia.

Muitos moradores da cidade mais populosa da nação, que puderam sair de suas casas cerca de uma semana atrás para curtas caminhadas ou rápidas compras no mercado, receberam orientações recentemente para ficar em casa por três dias em um período “de silêncio”.

Muitos prédios foram informados ao longo da noite que as restrições seriam estendidas até sexta-feira. O período “de silêncio” significa que moradores não podem sair de casa e, em alguns casos, também significa que não pode haver entregas.

Centenas de milhões de chineses em dezenas de cidades estão vivendo sob restrições contra a Covid-19 de algum nível. As medidas estão prejudicando o consumo e a produção da segunda maior economia do mundo e abalando o comércio global e as cadeias de abastecimento.

Autoridades de Xangai disseram no sábado que o número de pacientes em hospitais de quarentena caiu para 50.000, um quinto do pico registrado no mês passado.

A cidade registrou mais de 1.500 casos diários de coronavírus, abaixo dos mais de 2.000 do dia anterior –todos em áreas sob os controles mais rígidos.

Pequim registrou 56 casos diários, acima dos 50. A capital detectou algumas dezenas de novos casos quase todos os dias desde que as primeiras infecções de seu surto foram descobertas em 22 de abril.

Autoridades da capital negaram nesta semana os rumores de um bloqueio iminente, pedindo às pessoas que não entrem em pânico, mas que fiquem em casa. Os moradores pareciam estar prestando atenção ao conselho, já que muitas das ruas de Pequim estavam estranhamente silenciosas.

Testes em massa na maior parte da cidade se tornaram uma rotina quase diária. As autoridades da capital já haviam proibido serviços de refeições em restaurantes, fecharam alguns shoppings, locais de entretenimento e turísticos, suspenderam seções dos sistemas de ônibus, metrô e táxi e impuseram bloqueios em alguns edifícios residenciais.

Surtos de COVID-19 na China continuam a ser controlados, diz Comissão de Saúde

Beijing, 14 mai (Xinhua) — O recente ressurgimento da COVID-19 na China continuou a diminuir, disse Lei Zhenglong, da Comissão Nacional de Saúde (CNS), em uma coletiva de imprensa na sexta-feira.

Novas infecções locais diárias em todo o país foram inferiores a 5.000 desde 5 de maio, e o número caiu abaixo de 2.300 na quinta-feira, disse a CNS.

Shangai está vendo um declínio constante nos novos casos diários, enquanto Jilin está trazendo a situação sob controle, acrescentou Lei.

Com as medidas de contenção do vírus mostrando efeitos em Beijing, o número de novas infecções diárias caiu do pico de mais de 70 para 47 na quinta-feira, disse a comissão, alertando sobre o risco de propagação do vírus em áreas sem restrições de mobilidade.

China relata 253 novos casos locais de COVID-19, diz a Xinhua (agência estatal chinesa)

Beijing, 14 mai (Xinhua) — A parte continental da China registrou na sexta-feira 253 casos confirmados de COVID-19 transmitidos localmente, dos quais 194 em Shanghai, de acordo com o relatório da Comissão Nacional de Saúde (CNS) no sábado.

Além de Shanghai, 12 outras regiões de nível provincial no continente também registraram novos casos locais de COVID-19, incluindo 32 em Beijing.

Shanghai registrou 1.487 infecções assintomáticas transmitidas localmente de COVID-19 na sexta-feira, de um total de 1.726 portadores assintomáticos locais recém-identificados.

Um total de 866 pacientes com COVID-19 receberam alta hospitalar após recuperação na parte continental da China na sexta-feira, informou a CNS.

Isso elevou o número total de pacientes com COVID-19 no continente que receberam alta hospitalar após a recuperação para 210.006 na sexta-feira.

Uma nova morte por COVID-19 foi relatada em Shanghai, de acordo com a comissão.

Coreia do Norte:  Kim diz que País vive “grande turbulência” com Covid-19

SEUL (Reuters) – O líder norte-coreano, Kim Jong Un, disse neste sábado que a disseminação da Covid-19 levou seu país a uma “grande turbulência” e defendeu uma batalha abrangente para superar o surto, com a notificação de 21 novas mortes.

A Coreia do Norte reconheceu um surto de Covid-19 pela primeira vez esta semana, impondo um lockdown nacional. Mas não há sinais de um regime rigoroso de testes ou campanhas de tratamento no rudimentar sistema de saúde do país.

“A disseminação desta epidemia maligna é uma das grandes turbulência a se abater sobre nosso país desde a fundação”, disse Kim, em uma reunião de emergência do Partido dos Trabalhadores, segundo a agência de notícias estatal KCNA.

“Mas se não perdermos o foco na implementação de políticas da epidemia, mantermos um forte poder e controle organizacional baseado na obstinada unidade do partido e do povo e fortalecermos nossa batalha epidêmica, nós mais do que podemos superar a crise”.

Os números reportados provavelmente representam uma fração dos casos totais, dada a capacidade limitada de testagem da Coreia do Norte, e o surto pode levar a milhares de mortes em um dos poucos países do mundo sem uma campanha de vacinação, disseram especialistas.

(Publicado por Notícias Agrícolas  //  Fonte: Reuters e Xinhua, agencia estatal chinesa).

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