Dólar reverte perdas e supera R$5,20 na contramão do exterior
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar voltava a ser negociado em alta na tarde desta segunda-feira, depois de trocar de sinal várias vezes ao longo da sessão, ora acompanhando a fragilidade da moeda norte-americana no exterior, ora refletindo reajustes de posições no mercado de câmbio doméstico.
Às 14:33 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,49%, a 5,1980 reais na venda. A moeda norte-americana oscilou entre queda de 0,87%, a 5,1277 reais --nível não visto desde 22 de junho-- e alta de 0,57%, para 5,2020 reais.
Na B3, às 14:33 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,42%, a 5,2440 reais.
Os menores patamares do dia refletiram movimento internacional de venda de dólares, com um índice da moeda norte-americana frente a uma cesta de rivais fortes caindo 0,55% nesta tarde, conforme investidores moderavam apostas sobre a trajetória de aumentos de juros pelo banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve.
Mas compras de dólares por importadores e uma recomposição de posições defensivas de agentes financeiros --que aproveitavam o recente barateamento da moeda norte-americana-- levaram a uma reversão das perdas de mais cedo no mercado brasileiro, explicou Jefferson Rugik, presidente executivo da Correparti Corretora.
O dólar teve baixa acumulada de 5,91% na semana passada, e, no mês de julho, a moeda cedeu 1,12%, revertendo ganhos depois de ter chegado a contabilizar alta de até 5,09% no período.
A política monetária também era foco no mercado local nesta segunda-feira, com investidores à espera da reunião de dois dias do Banco Central, que se encerrará na quarta. No encontro, a taxa Selic deve ser elevada em 0,50 ponto percentual, a 13,75% ao ano, mostrou pesquisa da Reuters com economistas.
(Por Luana Maria Benedito)
0 comentário
Dívida pública federal cai 1,25% em setembro, para R$6,948 tri, diz Tesouro
Ibovespa fecha em queda afetado por Wall St e sem novidades fiscais; Bradesco PN cai mais de 4%
Wall Street fecha em baixa conforme Meta e Microsoft destacam custos de IA
Dólar fecha outubro com alta de 6,10% e no maior nível desde março de 2021
Juros futuros sobem com desconfiança na área fiscal e acumulam quase 60 pontos-base no mês
Consumo nos supermercados cresce 2,52% no acumulado do ano