Congresso derruba vetos de Bolsonaro contra prorrogação de incentivos à indústria química
![]()
SÃO PAULO (Reuters) - O Congresso derrubou nesta quinta-feira vetos do presidente Jair Bolsonaro contrários à prorrogação de incentivos tributários à indústria química, o chamado Reiq. Com isso, haverá novo direito a crédito presumido para centrais petroquímicas e indústrias químicas que se comprometerem em ampliar capacidade ou a instalar novas fábricas que usam gás natural na produção de fertilizantes.
Segundo a Agência Senado, o crédito será equivalente a 0,5% de PIS/Pasep e PIS/Pasep-Importação e a 1% de Cofins e de Cofins-Importação, incidentes sobre a base de cálculo desses tributos. O uso do crédito será permitido de janeiro de 2024 a dezembro de 2027 e limitado ao valor investido pelas empresas.
Apesar da aprovação, as ações da Braskem seguiam em queda nesta quinta-feira, exibindo baixa de 4% às 16h25, após corte de recomendação por analistas do UBS BB. No mesmo horário, o Ibovespa exibia leve alta de 0,4%.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), o fim do incentivo colocaria "em risco 85 mil postos de trabalho no país". A entidade também afirma que a extinção do Reiq levaria a uma redução de 5,7 bilhões de reais no PIB nacional.
"Além disso, a capacidade competitiva do Brasil em relação ao mercado internacional se tornaria ainda mais fragilizada, gerando também um ambiente de extrema insegurança jurídica", afirmou a entidade.
O Congresso também prorrogou até 2027 as alíquotas de 1,52% para o PIS/Pasep e de 7% para a Cofins sobre a receita bruta decorrente de venda de nafta às centrais petroquímicas e da importação de nafta e de gases para petroquímicas e indústrias químicas. Com os vetos de Bolsonaro, essas alíquotas reduzidas valeriam apenas para os fatos geradores ocorridos no ano de 2024, segundo a Agência Senado.
(Por Alberto Alerigi Jr.)
0 comentário
Wall Street cai conforme nervosismo sobre financiamento de IA pressiona ações de tecnologia
Ibovespa fecha em queda com nova correção tendo juros e eleição no radar
Dólar sobe pela quarta sessão e supera R$5,50 sob influência do cenário eleitoral
Índice STOXX 600 fecha estável com persistência de preocupações sobre valuations de tecnologia
STF forma maioria contra marco temporal para demarcação de terras indígenas
Brasil tem fluxo cambial positivo de US$3,108 bi em dezembro até dia 12, diz BC