Haddad defende reformas de tributos sobre consumo e sobre renda aprovadas neste ano
![]()
Por Bernardo Caram
(Reuters) - O governo busca aprovar a reforma de tributos que incidem sobre o consumo ainda neste semestre e quer votar a reforma do Imposto de Renda no segundo semestre deste ano, disse nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
“No segundo semestre, nós queremos votar uma reforma tributária sobre a renda para desonerar as camadas mais pobres do imposto e onerar quem hoje não paga imposto, muita gente no Brasil não paga imposto, precisamos reequilibrar o sistema tributário para melhorar a distribuição de renda”, disse.
Em painel do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, Haddad afirmou que se as receitas e despesas federais voltarem ao nível pré-pandemia, o governo conseguirá zerar o déficit primário em dois anos.
"Pretendemos voltar despesas e receitas ao mesmo patamar pré-crise da pandemia, que é 18,7% (do PIB). Se nós conseguirmos isso em dois anos, a gente consegue zerar o déficit", afirmou.
O nível de 18,7% do PIB mencionado pelo ministro, no entanto, refere-se ao nível de receita do governo federal em 2022, segundo dados do Ministério da Fazenda. Em 2019, antes da pandemia, o patamar estava em 18,2% do PIB.
Na apresentação, Haddad afirmou que a extrema direita se organizou no Brasil, se viabilizou eleitoralmente em períodos recentes e governou por quatro anos, ressaltando que não é confortável para o governo ter agora uma oposição extremista.
Na avaliação do ministro, porém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma coalizão ampla de forças e conta com uma base de sustentação que, apesar de relativa fragilidade por conta da forma de organização partidária no Brasil, “é robusta o suficiente” para enfrentar os atuais desafios.
(Por Bernardo Caram em Brasília)
0 comentário
Ibovespa fecha em alta e retorna aos 160 mil pontos com política e inflação no radar
Brasil vive pior crise institucional desde a democratização e 2026 ainda não deve trazer mudança profunda
Dólar tem baixa firme ante o real com cancelamento de entrevista de Bolsonaro
Taxas dos DIs fecham com baixas leves em reação positiva após Bolsonaro cancelar entrevista
STF autoriza cirurgia de Bolsonaro no dia 25 de dezembro
Ações europeias fecham em nova máxima recorde com impulso de Novo Nordisk a setor de saúde