Rússia quer que empresas chinesas substituam companhias ocidentais, diz Putin a Xi
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MOSCOU (Reuters) - Moscou está pronta para ajudar as empresas chinesas a substituírem empresas ocidentais que deixaram a Rússia por causa do conflito na Ucrânia, disse o presidente Vladimir Putin ao líder chinês Xi Jinping, nesta terça-feira, durante conversas no Kremlin.
Falando no segundo dia da visita de Estado de Xi a Moscou, Putin também afirmou que os dois líderes discutiram a proposta do gasoduto Power of Siberia 2, que enviaria gás russo para a China.
O gasoduto planejado forneceria 50 bilhões de metros cúbicos (bcm) de gás natural por ano da Rússia para a China via Mongólia. Moscou apresentou a ideia muitos anos atrás, mas ela ganhou urgência quando a Rússia se voltou à China para substituir a Europa como seu grande cliente de gás.
"Estou convencido de que nossa cooperação multifacetada continuará a se desenvolver para o bem dos povos de nossos países", disse Putin a Xi em comentários televisionados, acrescentando que a Rússia é um "fornecedor estratégico" de petróleo, gás e carvão para a China.
Xi declarou que a China e a Rússia devem trabalhar mais estreitamente para promover uma maior "cooperação prática".
"O resultado inicial da (nossa) cooperação pode ser visto, e mais cooperação está avançando", disse Xi a Putin, de acordo com a televisão a cabo de Hong Kong.
A russa Gazprom já fornece gás para a China por meio do gasoduto Power of Siberia, sob um acordo de 30 anos e 400 bilhões de dólares lançado no final de 2019. Esse gasoduto se estende por cerca de 3.000 km.
As exportações de gás da Rússia para a China ainda representam uma pequena fração do recorde de 177 bilhões de metros cúbicos entregues à Europa em 2018-19. Desde o início do conflito na Ucrânia em fevereiro de 2022, os volumes para a Europa encolheram, atingindo cerca de 62 bcm em 2022.
Putin disse nesta terça-feira que a Rússia forneceria pelo menos 98 bcm de gás para a China até 2030.
Espera-se que os presidentes russo e chinês discutam em detalhes a crise na Ucrânia ainda nesta terça-feira, depois que Putin forneceu alguns "esclarecimentos" sobre a posição de Moscou a Xi em uma primeira rodada de conversas na segunda-feira.
(Reportagem da Reuters)
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