Trump não deve ser denunciado nesta quarta-feira em caso de suposto suborno a atriz pornô, diz fonte
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Por Karen Freifeld
NOVA YORK (Reuters) - O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump não deve se tornar alvo de denúncia criminal nesta quarta-feira, depois que uma fonte com conhecimento do caso disse que um grande júri que julga supostos pagamentos ilegais de suborno à atriz pornô Stormy Daniels não se reuniria novamente antes de quinta-feira.
O grande júri tem se reunido regularmente às segundas e quartas-feiras para avaliar as evidências em uma das muitas investigações que giram em torno de Trump enquanto ele prepara uma tentativa de volta à disputa presidencial com a nomeação republicana em 2024.
Mas os membros do grande júri foram instruídos a ficar em casa nesta quarta-feira, disse a fonte, que falou sob condição de anonimato para discutir os procedimentos secretos do comitê.
A conclusão da investigação de um ano foi antecipada para esta semana, o que poderia resultar nas primeiras denúncias contra um ex-presidente ou presidente em exercício norte-americano.
O gabinete do promotor distrital de Manhattan Alvin Bragg está investigando o pagamento de 130 mil dólares à atriz pornô Stormy Daniels nas últimas semanas da campanha eleitoral de Trump em 2016. O ex-empresário de Trump Michael Cohen disse que fez os pagamentos sob ordens de Trump para comprar o silêncio dela sobre o caso extraconjugal de Trump.
Trump negou que o caso tenha ocorrido, e outros em seu entorno disseram que Cohen agiu por conta própria.
A segurança foi reforçada nos arredores do tribunal onde o grande júri tem se reunido, com autoridades do tribunal saindo cedo e barricadas ao redor do prédio. Na terça-feira, dia que Trump previu que seria preso, nenhuma ação aconteceu no local.
Cerca de metade dos norte-americanos acredita que a investigação de Nova York tem motivações políticas, mas a grande maioria acha crível que ele tenha pago suborno a uma estrela pornô, de acordo com uma pesquisa de opinião Reuters/Ipsos concluída na terça-feira.
Cohen foi para a prisão depois de se declarar culpado de acusações federais decorrentes do pagamento, mas os promotores desse caso não acusaram Trump. A promotoria de Manhattan iniciou e interrompeu sua própria investigação sobre o assunto várias vezes.
Se as denúncias forem apresentadas, Trump terá que viajar para Nova York de sua casa na Flórida para tirar sua foto e impressões digitais. Autoridades de segurança estão se preparando para possíveis distúrbios, mas até agora poucos apoiadores de Trump atenderam à sua convocação por protestos.
Na segunda-feira, o grande júri ouviu uma testemunha, o advogado Robert Costello, que disse que Cohen agiu por conta própria. Cohen disse publicamente que Trump o instruiu a fazer os pagamentos e compareceu duas vezes perante o grande júri.
Os colegas republicanos de Trump criticaram a investigação de Bragg, um democrata, dizendo que tem motivações políticas.
(Reportagem adicional de Jason Lange, Alexandra Ulmer e David Morgan)
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