Ibovespa avança após duas quedas puxado por Vale

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava nesta quinta-feira, após duas quedas seguidas, com as ações da Vale em destaque, favorecidas pelo avanço dos futuros do minério de ferro na China.

Às 10:56, o Ibovespa subia 0,31 %, a 117.921,32 pontos, tendo no radar também vencimento de opções sobre ações na bolsa na sexta-feira. O volume financeiro somava 3,1 bilhões de reais.

Investidores do mercado brasileiro monitoram nesta sessão o lançamento da agenda de reformas econômicas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Rio de Janeiro.

No radar está uma lista com 17 propostas selecionadas pelo governo para colocar em debate uma agenda de reformas financeiras, incluindo mudanças em instrumentos de crédito, seguros, previdência e mercado de capitais.

No exterior, Wall Street abriu sem uma tendência única, com o Nasdaq e o S&P 500 em baixa, após resultados de Netflix e Tesla desagradarem, enquanto o Dow Jones subia, com dados dos Estados Unidos também no radar.

De acordo com a equipe da Nova Futura, a agenda relativamente vazia no Brasil deixa o mercado local "exposto aos ventos externos", com potencial efeito positivo da alta de commodities.

DESTAQUES

- VALE ON avançava 1,32%, a 68,13 reais, acompanhando a alta dos futuros do minério de ferro na China, em meio a otimismo relacionado a eventuais medidas para ajudar o setor imobiliário.

- ITAÚ UNIBANCO PN recuava 0,29%, a 27,89 reais, e BRADESCO PN cedia 0,12%, a 16,49 reais.

- PETROBRAS PN perdia 0,31%, a 29,01 reais, apesar da alta dos preços do petróleo no exterior, tendo no radar declarações de que os dividendos do segundo trimestre devem ser decididos sob nova regra.

- NATURA&CO ON subia 4,39%, a 16,63 reais, ampliando a recuperação após queda de 6% na semana passada. O Bradesco BBI reiterou "outperform" para a ação e elevou o preço-alvo de 16 para 24 reais.

- SÃO MARTINHO ON caía 1,47%, a 32,75 reais, tocando uma mínima intradia desde o começo de maio, a 32,23 reais.

- MÉLIUZ ON perdia 1,44%, a 7,51 reais, na terceira queda seguida, após salto na semana anterior, quando acumulou alta de mais de 3%, puxada principalmente por um ganho de mais de 13% no dia 14.